Redução do custo da gestão de resíduos
As organizações devem antecipar o aumento do custo com gestão de resíduos, percebendo os fatores que estão a motivar este efeito ascendente nos custos e atuando sobre eles.
A produção de resíduos está a aumentar rapidamente em todo o mundo. Só em 2016, as cidades, a nível mundial, geraram mais de 2 mil milhões de toneladas de resíduos sólidos, o que corresponde a uma pegada de 0,74 quilogramas por pessoa, por dia. Com o rápido crescimento populacional e a urbanização, espera-se que a produção anual de resíduos aumente 70% dos níveis de 2016 para 3,40 mil milhões de toneladas em 2050.
Com o aumento da produção, aumenta também o custo da eliminação e gestão de resíduos, que cresce a um ritmo bem acima da inflação e deverá aumentar ainda mais durante 2021, apesar da desaceleração económica.
Nestas situações a proatividade é a chave. Assim, as organizações devem antecipar o aumento do custo com gestão de resíduos, percebendo os fatores que estão a motivar este efeito ascendente nos custos e atuando sobre eles. Entre os motivos, podemos destacar as alterações, ou ameaças de, na legislação internacional motivadas pela pandemia. Com o custo do combustível a aumentar, acompanhado da escassez de contentores de transporte marítimo vazios na Ásia e dos estrangulamentos nos portos, os resíduos que são classificados como mercadorias sentem mais este efeito.
Além deste motivo, também a procura de materiais reciclados, uma fonte de receitas em rápido crescimento nos últimos anos, tem sido severamente afetada pela redução da produção industrial global. Por exemplo, os reprocessadores chineses, que historicamente pagaram grandes quantidades por certos materiais fecharam as suas fronteiras ao lixo de outros países. Claro que logo foram identificados pontos de escoamento alternativos, mas isto fez subir o custo da eliminação de resíduos.
E, por fim, o aumento da taxa de Gestão de Resíduos, que passou para o dobro do ano passado e que é paga pelas empresas e por todos os consumidores na fatura da água. Para agravar ainda mais a questão, a capacidade dos aterros está a diminuir à medida que os locais se estão a encher mais rapidamente do que novas instalações de eliminação de resíduos estão a entrar em funcionamento, levando os operadores a aumentar as suas taxas noutras áreas.
Assim, compreensivelmente, as empresas de gestão de resíduos têm também que refletir estes aumentos de custos nos seus preços finais.
Por isso, as empresas devem procurar frequentemente a melhor solução através de uma análise detalhada da situação atual e das opções possíveis, caso contrário, o efeito cumulativo de aumentos regulares poderá impactar na competitividade. Para garantir que tem a melhor solução com o equilíbrio necessário entre qualidade, serviço e preço, pode ser interessante realizar uma auditoria detalhada dos resíduos para assegurar uma segregação e reciclagem ótimas, minimizando assim os vários custos associados à gestão dos resíduos.
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