
Um plano de ação em Lisboa
Lisboa não pode parar a meio do caminho. A cidade merece uma ambição renovada, um plano de trabalhos realista, e uma equipa de gestão para fazer acontecer.
Mais do que um programa eleitoral, mais do que um manifesto de intenções, Carlos Moedas apresentou um plano de ação para a cidade. Com uma visão bem determinada, com prioridades claras, com iniciativas estruturadas, com medidas detalhadas. Um compromisso firme, que define caminhos concretos, e que servirá como métrica de avaliação para o futuro executivo, ao dispor dos lisboetas.
A gestão da capital não é tarefa fácil. Requer conhecimento específico de temas técnicos, requer têmpera para lidar com situações complexas, requer experiência na administração de grandes instituições, requer persistência para ultrapassar interesses instalados, requer a arte de escutar para incorporar pontos de vista diversos. Requer pragmatismo em vez de ideologia, diálogo em vez de arrogância, equilíbrio em vez de radicalismo, agilidade executiva em vez de oratória partidária.
A filosofia para o futuro próximo de Lisboa, apresentada por Moedas, assenta em três pilares: cuidar da cidade, defender a alma da cidade, possibilitar todos os sonhos para a cidade. São bem conhecidos os desafios que Lisboa enfrenta. Estão abundantemente indetificadas as legítimas preocupações das pessoas. O plano de ação do projeto “Por ti, Lisboa” aponta de frente, sem rodeios, sem hesitação e sem máscaras, aos temas incontornáveis: a qualificação e melhoria da conservação do espaço público; a consolidação da aposta na habitação, mobilizando todas as formas de investimento; a prossecução de políticas modernas na área dos transportes, tanto no miolo da cidade, como à escala metropolitana; a afirmação de Lisboa como uma das cidades mais vibrantes do mundo nos domínios da oferta cultural, inovação, economia do talento, e turismo com carácter; e a melhoria dos serviços municipais, almejando patamares de referência em termos de previsibilidade, simplicidade, e facilidade no acesso pelos cidadãos.
O plano de ação proposto reconhece que muitas das políticas atualmente em curso têm gerado efeitos positivos, mas em vários aspetos ainda estamos aquém dos níveis de qualidade alvo, pois há transformações de fundo que requerem modelos verdadeiramente distintos, nomeadamente quando implicam a inversão das descentralizações mal feitas por executivos anteriores e o combate à linha woke que a esquerda gostaria de impôr aos lisboetas. Por isso mesmo, Carlos Moedas apresenta uma robusta bateria de iniciativas para corrigir, acelerar, realizar, melhorar. Desde o assumir das responsabilidades da Câmara na higiene urbana ao aumento da intensidade diária da recolha do lixo, ao fim do licenciamento zero e defesa do comércio com alma, à libertação de 700 imóveis municipais nos bairros históricos para que os jovens possam voltar a viver no centro, ao novo elétrico para Loures, metrobus para Oeiras e frota da Carris totalmente verde, ao reforço da segurança com guardas-noturnos, mais policiamento e vídeo-proteção, ao investimento na requalificação de 250 hectares de terrenos municipais para nova habitação e parques verdes com uma escala como não acontece há décadas na capital, entre muitas outras medidas, concretas, pormenorizdas e fazíveis, em tantas áreas.
Lisboa não pode parar a meio do caminho. A cidade merece uma ambição renovada, um plano de trabalhos realista, e uma equipa de gestão para fazer acontecer.
Nota do Editor: Gonçalo Reis integra a lista de Carlos Moedas à Câmara de Lisboa.
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