Grupo letão Joom vai investir mais 160 milhões em Portugal

Holding de e-commerce inaugurou esta quarta-feira a sede em Lisboa, depois de ter deixado a base de Riga. No edifício da WeWork, no centro da capital, ocupam dois pisos com cerca de 2.000 m2.

O grupo Joom, que nasceu na Letónia, vai investir mais 160 milhões de euros em Portugal, depois de, nos últimos dois anos, ter realizado um investimento de cerca de 41 milhões de euros, quando decidiu mudar a sede de Riga para Lisboa. A holding de empresas de comércio eletrónico (e-commerce) mudou-se esta semana para uma nova localização na capital portuguesa para se posicionar para a próxima estratégia de expansão nacional e além-fronteiras.

A Joom inaugurou esta quarta-feira o escritório em plena Rua Alexandre Herculano, uma das principais artérias da cidade, tornando-se vizinha da WeWork com um espaço de 2.023 m2 dividido em dois pisos com zonas de trabalho, reuniões, copa com barista privado durante a manhã e auditório.

Depois de mais de um ano à procura de um espaço que reunisse as condições para ser chamado de sede, a Joom – que tem uma loja online onde contratualiza com comerciantes e vende para consumidores finais – vai focar-se no desenvolvimento tecnológico a partir de Portugal, para onde decidiu mudar a sede em 2023. “Precisávamos de um sítio para onde as pessoas quisessem ir”, fundador e CEO, em conferência de imprensa.

O comércio global é a maior indústria do mundo. Queremos torná-la mais tecnológica. Acredito que a história portuguesa, de mais de 500 anos, no comércio mundial, com os Descobrimentos, ainda está presente. Depois das caravelas, navegadores, mapas e astrolábios… Agora os navegadores qualificados são o talento. Escolhemos Portugal pelo talento. Estes fatores ainda têm um papel”, afirmou Ilya Shirokov aos jornalistas.

A Joom emprega 400 pessoas, das quais 160 em Portugal, e está preparada para contratar mais 50 trabalhadores no país até ao final deste ano. Fundado há nove anos em Riga, na Letónia, o grupo tem também escritórios na China, Brasil, Estados Unidos e Alemanha.

A consultora imobiliária Savills esteve por detrás da transição da Joom para o novo espaço de escritórios, supervisionando a seleção e a adaptação do edifício às necessidades da empresa. Sofia Costa, consultora sénior da Savills, destacou a tecnológica como “um exemplo notável de como uma empresa pode crescer rapidamente e consolidar a sua presença em Portugal”.

“É um privilégio trabalhar com uma marca que abraça uma visão tão clara de crescimento e inovação”, referiu a especialista em imobiliário, acrescentando que “Lisboa continua no mapa e a afirmar-se como um polo de inovação”.

Atualmente, o grupo internacional inclui os seguintes negócios: Joom (plataforma de compras internacional), JoomPro (mercado B2B transfronteiriço a partir do Brasil e em expansão para outros mercados), JoomPulse (programa digital dados para análises e recomendações para vendedores do mercado) e Onfy (mercado farmacêutico com sede na Alemanha). No entanto, não divulga resultados financeiros.

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Apagão. Parlamento espanhol aprova constituição de duas comissões de inqúerito

  • Lusa
  • 28 Maio 2025

Por falta de entendimento entre os dois maiores partidos haverá duas comissões parlamentares de inquérito ao apagão de há um mês.

O parlamento de Espanha aprovou esta quarta-feira a constituição de duas comissões de inquérito ao apagão elétrico de 28 de abril na Península Ibérica, por falta de entendimento entre os dois maiores partidos para que avançasse uma única proposta.

Uma das comissões foi proposta pelo Partido Popular (PP, direita) e teve 180 votos a favor, enquanto a outra iniciativa, aprovada por 175 deputados, foi dos dois partidos de esquerda que estão na coligação do Governo, Socialista (PSOE) e Somar. Partidos como o Juntos pela Catalunha (independentistas de direita) e Podemos (extrema-esquerda) votaram a favor das duas propostas.

Após a aprovação das iniciativas, segue-se o processo de constituição das comissões, com a imprensa espanhola a recuperar casos semelhantes anteriores em que, nessa fase posterior, acabou por formar-se apenas uma comissão, por algum tipo de entendimento entre os partidos. No entanto, no debate parlamentar, que precedeu a votação das duas propostas, PP e PSOE trocaram várias acusações e assumiram que haverá duas comissões.

A deputada do PSOE Cristina Narbona, presidente do partido e ex-ministra do Ambiente, sublinhou que o parlamento espanhol viveu hoje um episódio “bastante inédito” com a discussão de duas propostas para serem criadas duas comissões sobre o mesmo tema e com a alta probabilidade de serem chamadas as mesmas pessoas e entidades a ambas.

A deputada socialista questionou o sentido de haver duas comissões e acusou o PP de não querer “efetivamente conhecer a verdade, saber que responsabilidades poderão existir ou ouvir peritos”.

“Pelo que ouvi no debate de hoje, não precisam de uma comissão de inquérito, têm claro desde o primeiro minuto que a culpa foi da política energética irresponsável, suicida, fundamentalista do Governo de Pedro Sánchez. Se já sabem por que aconteceu, para que querem uma comissão de inquérito?”, questionou Cristina Narbona.

Na intervenção anterior, o deputado do PP Mariscal Anaya considerou que uma “política suicida” do atual governo liderado pelo socialista Pedro Sánchez “gerou as condições que levaram ao apagão” e, agora, o PSOE e o Somar “querem controlar” a comissão de inquérito no parlamento.

“Os espanhóis querem e devem saber a verdade. O que se fez mal, o que não se fez para evitar [o apagão], qual a cadeia de decisões durante a crise, se houve informação fidedigna à população”, disse o deputado do PP, que reiterou acusações de “fundamentalismo ideológico” ao Governo, por querer apresentar sucessivos “recordes de geração de energia renovável”, sem ouvir alegados alertas sobre a instabilidade que provoca no sistema elétrico, ao mesmo tempo que “demonizou as centrais nucleares”, estabelecendo um calendário de encerramento de todos os reatores.

As nucleares, como outras fontes de geração de energia não renovável, “são indispensáveis para absorver as flutuações na rede de transporte”, disse o deputado. Mariscal Anaya acusou a atual vice-presidente da Comissão Europeia Teresa Ribera, ex-ministra com a tutela da Energia no Governo de Espanha, de ser “a autora intelectual” do que considerou ser “o desastre” do sistema elétrico espanhol e disse que o PP a chamará à comissão de inquérito.

O objeto das duas comissões é muito semelhante e ambas pretendem averiguar o que ocorreu em 28 de abril, assim como retirar conclusões que permitam apurar eventuais responsabilidade e adotar medidas para que não se repita um apagão como o que afetou a Península Ibérica naquele dia.

O apagão ocorreu às 11:33 (hora de Lisboa) de 28 de abril e teve origem em território espanhol. Um mês depois, Espanha continua a investigar o apagão e revelou que houve três falhas no sistema elétrico segundos antes do corte de energia, mas não há explicação para o ocorrido.

O debate político em Espanha em torno do apagão tem-se centrado no cada vez maior peso das renováveis na produção de energia, com a oposição de direita a criticar o Governo de esquerda pela intenção de fechar as centrais nucleares. A oposição tem também acusado o Governo de ignorar alertas de operadores para a instabilidade que causam grandes quantidades de renováveis no sistema.

O executivo tem dito que o consumo de eletricidade era relativamente baixo no momento do apagão, que o peso das renováveis era semelhante ao de dias anteriores e que a rede elétrica está preparada para responder às oscilações.

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BCP paga dividendo de três cêntimos a 20 de junho

É um dos mais de 120 mil acionistas do BCP? Aponte esta data: 20 de junho. Dividendo de três cêntimos por ação começa a ser pago a partir daquela data.

É um dos mais de 120 mil acionistas do BCP BCP 0,26% ? Então aponte o dia 20 de junho no seu calendário. É a data a partir da qual estará a pagamento o dividendo de três cêntimos por ação, anunciou o banco esta quarta-feira.

Ao todo, o banco liderado por Miguel Maya vai distribuir mais de 450 milhões de euros pelos seus acionistas, correspondendo a 50% do resultado obtido no ano transato.

O BCP adianta ainda que as ações deixam de conferir direito ao dividendo a partir de 18 de junho (inclusive).

A Fosun é o maior acionista do banco português, com 20,03% do capital, segundo da Sonangol, que detém 19,49%.

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Chega ganha emigração e passa a líder da oposição

O PS passa, pela primeira vez na história, a terceira força política com o partido de André Ventura a alcançar o segundo lugar, ao eleger dois deputados no estrangeiro e a AD os restantes dois.

É oficial. O PS passa, pela primeira vez na história, a terceira força política com o partido de André Ventura a subir para segundo lugar e líder da oposição, graças aos votos dos emigrantes. O Chega ganhou dois dos quatro mandatos de estrangeiro, tal como há um ano, e a AD – coligação PSD/CDS elegeu os restantes dois, mais um do que em 2024.

Já os socialistas não conseguiram, de forma inédita, mandato algum, segundo a contagem dos votos que esteve e decorrer esta terça e quarta-feira na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa. No ano passado, o partido de Pedro Nuno Santos ainda tinha segurado um lugar pela emigração, no círculo pela Europa, com Paulo Pisco.

Feitas as contas, a bancada da AD de Luís Montenegro passa a ocupar 91 cadeiras no Parlamento, duas quais pela emigração e as restantes 89 pelos círculos nacionais, incluindo os três dos Açores. E o grupo parlamentar do partido de extrema-direita cresce para 60 deputados, 58 escolhidos por eleitores residentes em Portugal e dois no estrangeiro.

Até aos votos dos emigrantes, Chega e PS estavam empatados no número de cadeiras no hemiciclo (58). Agora, o partido de André Ventura descola ao ganhar mais dois assentos e os socialistas mantêm-se reduzidos aos 58.

Desta vez, a AD conseguiu José Manuel Fernandes pela Europa, lugar que tinha falhado no ano passado, e o Chega vai ter novamente José Dias pelo mesmo círculo. No resto do mundo, a AD garante a reeleição de José Cesário e o Chega a de Manuel Magno Alves.

O Chega ganhou os votos da emigração, tanto no círculo pela Europa como por Fora da Europa. Ficou à frente com 26,15% dos votos, seguido pela AD com 16,02% e PS com 13,53%, segundo os dados finais do site da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

Círculo da Europa: Chega dá cinco a três à AD e PS consegue um golo

No círculo da Europa, o Chega venceu em cinco consulados (Bélgica, França, Luxemburgo, Reino Unido e Suíça), enquanto a AD obteve a vitória em quatro (Alemanha, Espanha, e Países Baixos). O PS só conseguiu manter a liderança na mesa dos “restantes países da Europa”.

Na secção do Luxemburgo, pelo círculo da Europa, que foi a primeira a encerrar, o Chega ficou à frente com 31,27% dos votos, seguido da AD com 17,8% e do PS com 11,71%. A IL teve 2,23% dos votos e o PAN 1,17%. Tanto o Chega como a AD – coligação PSD/CDS cresceram em votos face às legislativas de há um ano, quando alcançaram 19,61% e 14,27%, respetivamente. Já o PS viu o seu eleitorado minguar, uma vez que o resultado anterior tinha sido melhor: 12,97%.

A Bélgica, que o PS tinha ganho há um ano perdeu agora, com a vitória do partido de extrema-direita que alcançou com 23,74% de votos, ficando à frente da AD, que teve 16,07% e dos socialistas, que se ficaram pelos 15,11%. O Livre conseguiu o quarto lugar nesta secção consular com 6,4%, seguido da IL com 4,94%. Nas legislativas de 2024, o PS tinha ficado em primeiro com 17,93 dos boletins, seguindo do Chega com 17,36% e da AD com 16,65%.

A AD de Luís Montenegro ganhou a Alemanha, com 19,60% dos votos. O PS perde assim o primeiro lugar de há um ano, ficando agora em segundo, com 18,90% dos votos. E o Chega mantém-se na terceira posição, com 18,80%, mas com uma diferença muito ténue em relação aos socialistas. O Livre sobe para o quarto degrau, que era do BE, com 3,78% dos votos, seguido pela IL com 3,22%. No ano passado, os socialistas tinham vencido com 20,07% dos votos. Em segundo, ficou a AD com 18,08%, seguido pelo Chega com 13% e o BE com 4,01%.

Em França, o PS soma mais uma derrota, ao perder o primeiro lugar, desta vez, para o Chega. O partido de André Ventura ganha este consulado com 28,85% dos votos e os socialistas são derrubados para a segunda posição com 14,41%. Em terceiro, mantém-se a AD, com 12,81%. Nas legislativas de 2024, os socialistas tinham vencido com 18,59%. O partido de extrema-direita estava em segundo, com 16,75%, e a AD em terceiro, com 12,63%.

O Chega repete a vitória na Suíça, mas, desta vez, ganha quase metade dos votos (45,72%), uma subida estrondosa face ao resultado de há um ano, de 32,62%. A AD mantém-se em segundo, com uma ligeira subida dos votos para 13,67%. E o PS, ainda que continue na terceira posição, perde, passando de 11,98% para 8,69%, em comparação com as legislativas de 2024.

O Reino Unido, país onde os socialistas tinham a liderança, passou para as mãos do Chega, que conquistou com 16% dos votos, quando há um ano estava apenas em terceiro lugar, com 10,12%. O PS segue agora na segunda posição com 13,21% e a AD em terceiro com 13,07%.

Nos Países Baixos, a AD vence com 18,65% dos votos a uma curta distância do Chega, em segundo, com 17,24%. O PS, em terceiro, captar 13,77 dos eleitores emigrantes residentes na Holanda.

Em Espanha, a coligação PSD/CDS garante e liderança, com 22,19% dos votos, mas numa disputa renhida com PS (17,55%) e Chega (13,11%). Há um ano, com 24,65%, tinha conseguido uma distância maior face aos socialistas (16,91%) e ao partido de André Ventura (9,38%).

Nos restantes postos consulares da Europa, o PS é a força política vencedora, com 18,05%, atirando a AD para segundo lugar, com 17,92%. O Chega surge logo colado em terceiro, com 16,52%. A distância entre os três encurta-se mais face há um ano e os socialistas, embora tenham passado para a posição cimeira, perderem votos, passando de 2.270, nas legislativas de 2024, para 1.805, nas eleições de 18 de maio deste ano.

Círculo Fora da Europa: AD vence em seis e Chega em apenas um

O grande vencedor no resto do mundo foi a coligação PSD/CDS, que conseguiu ganhar em seis mesas (África, Canadá, EUA, China, e restantes países da América, da Ásia e Oceânia), enquanto o partido de André Ventura só ficou em primeiro lugar no Brasil, repetindo o feito de há um ano.

Nos EUA, pelo círculo Fora da Europa, a AD voltou a ganhar, com 21,62% dos votos, ligeiramente acima do resultado anterior (20,11%). E o Chega mantém-se em segundo, mas ganhou vantagem, ao subir de 11,17% para 17,08%, em comparação com a ida às urnas de há um ano. O PS cresceu residualmente, de 10,89% para 10,96%, permanece confinado na terceira posição.

AD segura ainda a liderança em África, no Canadá e na China. No consulado dos países africanos, Montenegro alcançou 31,90% dos votos, mas o Chega conseguiu subir para o segundo lugar, com 20,35%, atirando assim o PS para a terceira posição, com 16,24%.

No Canadá, o cenário repete-se. A coligação, liderada por Luís Montenegro, consegue garantir o primeiro lugar, com 19,80% dos votos e o partido de André Ventura alcança a segunda posição, com 17,23%, destronando os socialistas que se vêm reduzidos à terceira força política naquele consulado, com 11,78%.

Na China, a AD volta a ganhar, com 33,36% dos votos, mas perdeu pontos para o PS, que alcançou 21,21%, e se mantém na segunda posição. Nesta região, o Chega continua a ter pouca expressão, embora tenha ganho alguma vantagem. Permanece em terceiro lugar, com 6,85% dos boletins, ligeiramente acima dos 5,36% obtidos há um ano.

Já no Brasil, o Chega reforça a primeira posição, com 25,35% dos votos mas sem uma subida significativa face aos 24,61% alcançados na ida às urnas do ano passado. A AD, que permanece em segundo, perde vantagem, ao cair de 20,45% para 15,51%. O PS, em terceiro, também recua de 15,30% para 13,67%.

Nos restantes países da América, a AD consegue segurar a maioria do eleitorado, obtendo 28,28% dos votos. Ainda assim, trata-se de um resultado inferior face às eleições de 2024, quando conquistou 34,46%. O Chega alcançou agora o segundo lugar, com 14,64%, atirando o PS para a terceira posição, com 11,86%.

A última mesa a fechar a contagem dos votos foi a dos “restantes países da Ásia e Oceânia”, com a vitória pela segunda vez consecutiva da AD, com 24,27%, ainda que com perda de votos. Há ano, a coligação de Montenegro tinha tido mais votos, 31,5%. Nestas regiões, o Chega ultrapassou o PS, com 15,71%, contra os 13,37% alcançados pelo PS.

Os votos nulos voltaram a ter uma grande expressão este ano – 32,18% dos votos que chegaram via carta foram anulados, com o sistema de vários envelopes, com o voto e a identificação do eleitor, a ser mais uma vez criticado. Nas legislativas do ano passado, 36,68% tinham sido anulados.

(Notícia atualizada às 22h41)

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Tribunal de Contas chumba seguro municipal por duplicar os serviços do SNS

  • ECO
  • 28 Maio 2025

O Tribunal de Contas chumbou o contrato de aquisição de seguros pelo municipio de Idanha-a-Nova. Em causa está a violação princípios da concorrência e da proporcionalidade.

O Tribunal de Contas (TC) recusou o visto ao contrato de “aquisição de serviços de seguro para Cartão Raiano de Saúde 0 – 114”, documento outorgado pelo Município de Idanha-a-Nova com a RNA Seguros por 769.012 euros acrescidos de IVA e teria uma prazo de execução de 730 dias, avançou o jornal albicastrense Reconquista.

No acórdão os juízes concluem que o acordo viola os princípios da concorrência e da proporcionalidade previstos no Código dos Contratos Públicos, uma vez que a autarquia impôs às seguradoras uma comissão de 20% a um mediador único por si escolhido – Pedro Agapito Mediação de seguros -, exigência que “condiciona a capacidade dos interessados apresentarem propostas” e chegou mesmo a afastar a “proposta mais vantajosa para o município”, apresentada pela Lusitania.

O tribunal entendeu ainda que a câmara não tem base legal para criar um seguro de saúde extensível a toda a população. A Lei 75/2013 apenas lhe permite apoiar iniciativas de promoção de saúde em articulação com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), não substituir-se a ele. Ao duplicar coberturas já asseguradas pelo SNS, o município incorre, segundo o TC, numa despesa pública proibida pelas regras de não cumulabilidade de benefícios. “Os serviços contratados (…) são já assegurados pelo Estado, estando vedado, nomeadamente, às autarquias locais a cumulabilidade das mesmas prestações, no caso através do seguro contratado”, lê-se no acórdão.

Esses dois fundamentos – inexistência de competência municipal e infração dos princípios da contratação pública – bastaram para que o contrato fosse declarado nulo.

A decisão tem impacto imediato. Para além de perder o seguro, a autarquia verá cair o compromisso inscrito no seu orçamento. O município tem 15 dias para recorrer da decisão, indica o jornal.

Oposição promete vigilância e põe hipótese de responsabilidade criminal

O partido da oposição já teceu críticas ao presidente da autarquia, Armindo Jacinto, do Partido Socialista. O Movimento Por Todos (Mov.PT) defende que “quem votou este contrato, deve agora responder politicamente e, se for o caso, financeira e criminalmente”, garantindo que vai manter-se “vigilante”, porque “fazer política não é distribuir cartões em vésperas de eleições. É defender o interesse público todos os dias”, cita o jornal.

“O Caderno de Encargos obrigava as seguradoras a aceitar um mediador nomeado pela câmara – o mesmo que, imagine-se, não aceitava comissões abaixo de 20%. Resultado? A proposta mais barata foi afastada por não alinhar neste modelo de ‘concorrência orientada’. Uma espécie de concurso com vencedor pré-definido”, afirmou o movimento independente citado pelo jornal.

O cartão de saúde foi lançado em 2021 por Armindo Jacinto.“Os cuidados de saúde passaram a ser prestados em carrinhas ambulantes sem quaisquer condições de dignidade, desvalorizando ainda mais a saúde pública no conselho”, refere a oposição.

“Desde 2021 que o Movimento Para Todos alertava que este seguro era uma ferramenta de campanha eleitoral e uma tentativa descarada de comprar votos com fundos públicos. Distribuiu-se o cartão de saúde como se fosse uma rifa eleitoral, porta a porta, enquanto se fechavam extensões de saúde nas freguesias e se ignorava o essencial: criar condições para que essas extensões se mantivessem ou reabrissem”, refere o Mov.PT.

A oposição questiona “quem vai devolver os valores pagos com base neste contrato”, acrescentando que “o contrato anterior, que era igual e já está concluído com todos os pagamentos feitos, que lhe vai acontecer? Os pagamentos ilegais vão ser devolvidos?”.

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Estado tem que ajudar empresas a “ir a jogo” na captação de investimento na defesa

AICEP e representantes da indústria dizem que é "responsabilidade" do Estado eliminar custos de contexto para permitir às empresas portuguesas concorrer por investimentos a nível europeu.

A Europa vai precisar de reforçar fortemente o investimento no setor da defesa, o que vai implicar investimentos de milhares de milhões de euros. Uma oportunidade para as empresas portuguesas, mas que vai exigir uma frente unida nacional, para competir por capital a nível europeu. Para a AICEP, a “maior responsabilidade” é do Estado, ajudando a criar condições para que as empresas portuguesas “vão a jogo”.

Portugal tem uma oportunidade” para ganhar com os novos investimentos no setor da defesa, reconhece Paulo Rios de Oliveira, administrador da AICEP, num painel dedicado a debater as oportunidades para a indústria nacional, numa conferência organizada pela AEP dedicada à indústria da defesa, que decorreu esta tarde na Exponor, no Porto.

Segundo adiantou o responsável, “Portugal está a construir uma estratégia de defesa nacional“, um projeto no qual a AICEP está envolvido e que será fundamental para facilitar o acesso a financiamento.

Compete ao Estado português ter uma estratégia de defesa clara (…) a maior responsabilidade não é das empresas, a maior responsabilidade é do Estado ajudar a que as empresas vão a jogo.

Paulo Rios de Oliveira

Administrador da AICEP

Compete ao Estado português ter uma estratégia de defesa clara“, reforçou, acrescentando que, neste processo, “a maior responsabilidade não é das empresas, é do Estado para ajudar a que as empresas vão a jogo”, eliminando alguns custos de contexto, uma opinião partilhada pelos representantes empresariais.

Rafael Campos Pereira, vice-presidente da CIP e vice-presidente executivo da AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, a associação que representa o setor mais exportador da economia nacional, defende que “precisamos de estar a trabalhar de forma coesa, para chegarmos a centros de decisão como a NATO“.

É fundamental que o Estado português nos ajude a desbloquear custos de contexto e dificuldades burocráticas que muitas vezes constrangem capacidade competitiva das nossas empresas.

Rafael Campos Pereira

Vice-presidente da AIMMAP

O responsável sublinhou que “estamos nessa fase de crescimento exponencial”, em que a procura vai ser maior que a oferta, e “é fundamental que o Estado português nos ajude a desbloquear custos de contexto e dificuldades burocráticas que muitas vezes constrangem capacidade competitiva das nossas empresas“.

Em termos de oportunidades, Rafael Campos Pereira notou que no setor da metalomecânica e metalurgia alguns segmentos de tecnologias de produção “fizeram, nos últimos anos, algumas pequenas revoluções silenciosas” que dotaram as empresas de “condições excecionais” para poderem ser fornecedores de setores como aeronáutica, aeroespacial, ou defesa.

Por outro lado, há vários “segmentos onde já trabalhamos que são muito semelhantes às da área da defesa”.

Um dos setores onde isso também acontece é no automóvel. Isabel Furtado, presidente do conselho de administração do CEiiA e CEO da TMG Automotive, que fornece o setor automóvel, refere que “a mais valia de ter a defesa a puxar pela tecnologia é aproveitar para a indústria de dia-a-dia estas vantagens”. “Se me pedirem para fazer fornecimentos de veículos de guerra também sou capaz de o fazer“, destacou.

“Temos excelente conhecimento que nos pode ajudar a dar esse salto qualitativo que nos faça crescer”, contudo, alertou também que é preciso facilitar o caminho às empresas”, destacou a empresária. “Quando qualquer regra europeia é traduzida para o sistema português tem por tendência complicar as coisas”, disse, notando que os “cadernos de encargo da defesa essencialmente são focados no preço“.

Isabel Furtado, CEO da TMG AutomotiveRicardo Castelo/ECO

Isabel Furtado defende ainda que Portugal terá que concorrer a estes fundos europeus numa estratégia de colaboração, em consórcio, aproveitando os clusters que existem em Portugal.

Se há uma coisa que o PRR fez foi habituar-nos a trabalhar em colaboração“, notou, acrescentando que não deverão ser empresas individuais a concorrer a mercados europeus.

Já Fernando Sousa, CEO da CEI/ZIPOR e vice-presidente do Conselho Geral da AEP, destacou a magnitude dos investimentos que terão que ser realizados – apenas Portugal terá que gastar 29 mil milhões de euros nos próximos cinco anos para chegar a 2% do PIB na defesa – e a Europa deve mobilizar-se para reter esta produção na Europa.

Todos concordamos que os investimentos vão ser feitos. Temos que os fazer e ponto final, mas temos que o fazer na Europa“, rematou.

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WTW em Espanha faz acordo com MPM Software e reforça a digitalização da sua rede

  • ECO Seguros
  • 28 Maio 2025

A rede de corretoras fica com condições especiais de acesso a um software de gestão que automatiza processos internos, uma ferramenta IA de precificação, e outra que facilita contacto com clientes

As corretoras associadas à rede da Willis Tower Watson (WTW) Networks em Espanha vão passar a aceder, sob condições especiais, às soluções tecnológicas da MPM Software. O acordo entre as duas companhias foi anunciado em comunicado esta terça-feira e contempla que uma das soluções será incorporada na plataforma a WTW.

José Ángel Saldaña, brokers account manager da MPM Software, Javier Gausí, head of WTW Networks & diretor dos acordos de distribuição da WTW, Josep María Masana, chief sales officer de MPM Software.

Graças ao acordo, as corretoras ligas à WTW poderão beneficiar de um software de planeamento de recursos empresariais. Trata-se de uma plataforma de software as a service (Saas) que permite a gestão integral do negócio de seguros e automatização dos processos operacionais e comerciais. O modelo chama-se segElevia Plus e, além de solução base, há ainda módulos avançados: CRM Avançado, BPM Avançado, Integração Avançada de Empresas e BI (Estatísticas e Dashboards).

As corretoras associadas passam também a ter acesso em condições vantajosas ao TarifAI, uma ferramenta que utiliza inteligência artificial (IA) que permite comparar “de forma rápida e eficiente” várias ofertas de seguros a partir de um único ambiente, “otimizando o processo de cotação”.

Os clientes também poderão beneficiar diretamente do acordo através do eClient, um portal Web destinado aos clientes finais, desenhado para oferecer uma experiência autónoma, cómoda e transparente.

Software de gestão incorporado na plataforma da WTW

As características da segElevia passam a estar incorporadas na plataforma central da WTW Networks para a gestão e desenvolvimento das suas corretoras associadas – a Willplatine.

A Willplatine é uma ferramenta digital que permite gerir de forma centralizada as oportunidades comerciais, realizar análises personalizadas através de painéis de controlo e aceder a ferramentas de formação e comparação de coberturas.

“Esta colaboração com a MPM reforça o nosso compromisso de oferecer às nossas corretoras as melhores ferramentas do mercado para enfrentar com sucesso os desafios da digitalização, da eficiência operacional e da excelência no serviço ao cliente”, afirma Maria Fernanda Simeone, Business Support da Willplatine.

A WTW Networks na Espanha é uma rede de corretoras de seguros independentes – que faz parte e tem o apoio da Willis Towers Watson, empresa global de consultoria de seguros – visa oferecer aos seus membros acesso a recursos e suporte para impulsionar o seu negócio e o da WTW

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Rock in Rio Lisboa é o festival com maior impacto em media e redes sociais

  • + M
  • 28 Maio 2025

Além de liderar em media, o Rock in Rio também conseguiu a primeira posição em redes sociais, "demonstrando uma capacidade única de mobilização e interação com o público", refere a análise da Cision.

O Rock in Rio Lisboa é líder entre os festivais portugueses, no que diz respeito ao impacto em media e redes sociais. Segundo uma análise da Cision, em 2024 o Rock in Rio Lisboa apresentou o maior valor de potencial (0,29), ao conseguir o maior volume noticioso (6.501 notícias), audiência (455 milhões de impressões), retorno financeiro (94 milhões de euros) e tempo de exposição em rádio e televisão (109 horas).

O festival que se realiza de dois em dois anos liderou também nas redes sociais, “demonstrando uma capacidade única de mobilização e interação com o público, e registando um potencial (0,38) bem acima dos restantes festivais. Em social media, o Rock in Rio gerou cerca de 16 mil menções e uma audiência impactada de 284 milhões, revela o ranking final da Maratona dos Festivais de Verão 2024.

O índice de potencial, que sustenta o ranking, é “uma métrica composta desenvolvida pela Cision para avaliar o desempenho dos festivais de música em Portugal, integrando dados dos media tradicionais e das redes sociais”. Nos media, a análise tem por base o volume de notícias, a audiência alcançada (Outreach), o valor equivalente de publicidade (AVE) e o tempo de exposição em televisão e rádio. Já nas redes sociais, o potencial resulta da análise do número de menções identificadas, do alcance potencial, do retorno financeiro estimado e da taxa de engagement (interação ativa dos utilizadores), explica a Cision.

O Nos Alive, que registou um retorno financeiro de 56 milhões de euros, surge em segundo lugar no ranking, tanto em media como em redes sociais. Em media conseguiu 4.508 notícias e 329 milhões de impressões, alcançando um potencial de 0,15, e um tempo de exposição em rádio de televisão de quase 28 horas. Nas redes sociais, o festival que tem a Everything Is New como promotora, teve um elevado número de menções (6.143) e um alcance de 58 milhões de impressões.

Já o Vodafone Paredes de Coura alcança a terceira posição em media (com um potencial de 0,071), mas fica de fora do top 10 nas redes sociais, “revelando que nem sempre a presença em media acompanha a presença e menções nas redes sociais”. O festival registou 1.946 notícias e uma audiência acumulada de 184 milhões, gerando um retorno financeiro de cerca de 21 milhões de euros. O tempo de exposição em rádio e televisão foi de 16 horas.

A fechar o top cinco em media, surge o Primavera Sound e o Super Bock Super Rock com um potencial muito perto do Vodafone Paredes de Coura (0,067 e 0,066, respetivamente). Os primeiros 10 lugares do ranking de media ficam completos com o Meo Kalorama, Sol da Caparica, Meo Marés Vivas, Sudoeste e CA Vilar de Mouros.

Já em redes sociais, o Marés Vivas conseguiu assegurar a terceira posição, seguido pelo Meo Kalorama e Ageas Cooljazz. Os restantes cinco lugares do ranking são ocupados pelo Super Bock Super Rock, RFM Somnii Intermarché, Primavera Sound, North Music Festival e Sudoeste.

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9.500 profissionais dos hospitais privados têm aumento salarial de 75 euros

O novo contrato coletivo de trabalho, válido para 2025 e 2026, representa um aumento salarial médio de 75 euros, para 9.500 trabalhadores de 90 empresas.

A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) assinou esta quarta-feira um novo contrato coletivo de trabalho com o Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços (SITESE) e o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (SINDITE). O acordo representa um aumento salarial médio de 75 euros mensais, para 9.500 trabalhadores de 90 empresas.

“Este novo instrumento de regulamentação coletiva reflete o compromisso contínuo da APHP com a valorização dos profissionais de saúde e com a estabilidade nas relações laborais no setor da hospitalização privada”, afirma Ana César Machado, secretária-geral da APHP, citada em comunicado.

O novo contrato coletivo de trabalho, válido para 2025 e 2026, contempla atualizações remuneratórias, com aumentos médios de 75 euros mensais, e ajustamentos em matérias de natureza laboral. “Procuramos acompanhar a evolução das exigências profissionais e o contexto socioeconómico atual”, explica Ana César Machado.

A porta-voz da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada realça que o acordo “assegura um equilíbrio entre os legítimos interesses dos trabalhadores e a sustentabilidade das unidades privadas prestadoras de cuidados de saúde”.

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Restauro das muralhas “abre porta” à concessão de antiga fortaleza em Alandroal

  • Lusa
  • 28 Maio 2025

Iniciada em 2021, a obra envolveu o restauro dos três níveis de muralha – islâmica, medieval e seiscentista – e a instalação de iluminação cénica, num investimento de 5,3 milhões de euros.

O restauro agora concluído das muralhas da antiga Fortaleza de Juromenha, no concelho de Alandroal, distrito de Évora, “abre a porta” à concessão do imóvel, através do programa Revive, para reabilitação do restante e instalação de um hotel.

A convicção foi manifestada esta quarta-feira à agência Lusa pelo presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo, a propósito da cerimónia de inauguração das obras de restauro das muralhas, marcada para sábado em Juromenha. “Era uma daquelas obras consideradas quase impossíveis, mas conseguimos fazê-la e este restauro das muralhas abre a porta a uma série de possibilidades, entre as quais um projeto [de concessão no âmbito do programa] do Revive”, afirmou.

Iniciada em 2021, a obra envolveu o restauro dos três níveis de muralha, nomeadamente a islâmica, a medieval e a seiscentista, e a instalação de iluminação cénica, num investimento de 5,3 milhões de euros, com apoio de fundos europeus.

“A empreitada não incidiu sobre o interior e todo o interior está por reabilitar, mas colocamos a expectativa do Revive” para que seja encontrada “uma solução para reabilitar o que falta e instalar uma unidade hoteleira”, disse o autarca.

Fortaleza de Juromenha, AlandroalCâmara Municipal de Alandroal

João Grilo realçou que o projeto de restauro das muralhas e a candidatura a fundos europeus já pressupunham este objetivo, pois, “sem esta reabilitação, nunca a fortaleza seria atrativa para privados, pelo grau de investimento que seria necessário”.

“Agora, acredito que é extremamente atrativa, uma vez que o trabalho de consolidação está todo feito”, sublinhou. De acordo com o presidente da câmara, o imóvel já está integrado no Revive, programa que prevê a concessão a privados de imóveis históricos degradados para que sejam recuperados, faltando a abertura do concurso.

Antes do lançamento do concurso, referiu o autarca, é necessário concluir um estudo, que está em curso, para entregar a potenciais promotores, sobre os locais no imóvel “onde é viável ou não reconstruir ou instalar novas infraestruturas”.

“Estamos a utilizar técnicas de varrimento laser e outras para garantir que não há surpresas para o investidor e entregamos a quem concorrer um documento no qual os seus projetos se podem basear com segurança para desenvolver a intervenção”, adiantou.

A cerimónia do próximo sábado inclui também a apresentação de iniciativas do projeto “5G.RURAL – 5G for rural smart communities of tomorrow”, liderado pela empresa dstelecom, a inauguração do novo Centro Interpretativo de Juromenha e um concerto do maestro Martim Sousa Tavares.

Quanto ao centro interpretativo, localiza-se numa sala no interior das muralhas da fortaleza e foi criado ao abrigo do projeto “5G.RURAL – 5G for rural smart communities of tomorrow”.

“Recorrendo à tecnologia 5G combinada com realidade aumentada, será possível tornar a experiência de visita ao território mais interativa, imersiva, multiexperiencial e permitirá acima de tudo recriar o imaginário de quem a visita”, descrevem os promotores. As primeiras muralhas de Juromenha datam do período da ocupação romana, tendo sido erguidas em 44 antes de Cristo por ordem de Júlio César.

Em 1167, foi conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques, tendo ocupado um lugar de relevo na defesa da nacionalidade portuguesa. Atualmente, a fortaleza da povoação está classificada como Imóvel de Interesse Público.

A fortificação acolhe no seu interior um conjunto de edificações em estado de ruína, das quais se destacam as igrejas da Misericórdia e Matriz, a cadeia e os antigos paços do concelho.

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Fim do adicional da banca “é Estado de Direito a funcionar”, dizem bancos

Tribunal deverá declarar inconstitucionalidade do adicional de solidariedade que se aplica à banca desde 2020. Associação do setor diz que é o "Estado de Direito a funcionar".

A associação que representa o setor da banca regozija-se com o pedido do Ministério Público ao Tribunal Constitucional para apreciar o adicional de solidariedade, que deixa esta medida mais perto do fim.

O Ministério Público solicitou ao Tribunal Constitucional a apreciação, “em sede de fiscalização abstrata sucessiva”, de duas das normas que regulam o Adicional de Solidariedade sobre o Setor Bancário (ASSB), avançou o Jornal de Negócios esta terça-feira.

O pedido surge numa altura em que se contabilizam já 32 decisões, entre acórdãos e decisões sumárias, que concluíram pela inconstitucionalidade das normas em causa.

“Quer as sucessivas decisões judiciais, quer este pedido, confirmam o que sempre foi o entendimento do setor sobre o assunto. É simplesmente o Estado de Direito a funcionar“, reage assim a Associação Portuguesa de Bancos (APB), liderada por Vítor Bento.

Os especialistas dão praticamente como certo que os juízes do Palácio Ratton decidirão pela inconstitucionalidade com força obrigatória geral do ASSB, uma medida criada em 2020 no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) e que representou, até 2024, uma receita na ordem dos 180 milhões de euros.

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Marriott abre duas novas unidades hoteleiras em Albufeira

  • Lusa
  • 28 Maio 2025

As duas novas unidades hoteleiras Marriott na Herdade dos Salgados, em Albufeira, tem um total de 228 quartos e 192 residências turísticas.

O grupo Highgate Portugal anunciou esta quarta-feira a abertura de duas novas unidades hoteleiras Marriott na Herdade dos Salgados, em Albufeira, no distrito de Faro, com um total de 228 quartos e 192 residências turísticas.

Em comunicado, o grupo refere que uma das unidades oferece 228 quartos e suítes, quatro piscinas exteriores inseridas num espaço verde projetado com espécies autóctones da região algarvia e quatro restaurantes.

Segundo o grupo, a estrutura integra “espaços versáteis” para a realização de conferências, reuniões e espetáculos, incluindo um auditório com capacidade para 1.596 pessoas e um espaço exterior com jardins com capacidade para mil pessoas.”

“Este é um hotel com uma oferta muito abrangente, mas também muito personalizada, que irá criar memórias inesquecíveis nos nossos hóspedes”, refere Pedro Neto, diretor do hotel citado na nota.

a outra unidade hoteleira, o Marriott Residences, integra 192 residências, com tipologias T1 e T3, “sendo espaços ideais para estadias prolongadas”, prossegue a nota. A propriedade inclui 10 piscinas exteriores, dois restaurantes, campos de ténis e de minigolfe, instalações para voleibol e futebol e zonas interiores e exteriores para desporto.

“Pretendemos que os hóspedes sintam que encontraram o seu espaço no Algarve, um local para criar memórias inesquecíveis, durante uma estadia perfeita, seja em lazer ou trabalho”, aponta Joana Pinteus, diretora-geral do empreendimento, também citada na nota.

O grupo hoteleiro norte-americano conclui que as duas novas propriedades “reforçam a presença da Marriott em Portugal, enquanto estabelecem um padrão de requinte para a hotelaria de lazer e de negócios no Algarve”.

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