ECO lança o EContas, marca de informação sobre contabilidade, fiscalidade e auditoria

  • ECO
  • 18 Junho 2025

O novo jornal digital tem como objetivo ser uma referência para profissionais e decisores, com informação rigorosa, análise especializada e temas que fazem a diferença no dia-a-dia das empresas.

O jornal ECO lançou uma nova marca de informação, o EContas, especializada nas áreas de contabilidade, fiscalidade e auditoria. Este projeto nasce com o objetivo de ser uma referência para profissionais e decisores, com informação rigorosa, análise especializada e temas que fazem a diferença no dia-a-dia das empresas, sob a liderança da editora do ECO, Rita Atalaia.

“É uma marca de informação que visa dar resposta às necessidades de uma comunidade financeira que é exigente e quer acesso a notícias rigorosas e independentes, em tempo oportuno. É, além disso, uma marca que acrescenta valor ao universo ECO”, afirmou António Costa, diretor editorial do ECO.

O EContas, que conta com a DFK e o Grupo Your como parceiros fundadores, junta-se assim às outras marcas verticais do grupo, nomeadamente Advocatus, Trabalho, ECOseguros, Capital Verde, Fundos Europeus, Local Online, +M e ECO Avenida. E, como as outras marcas, terá também uma newsletter, enviada à segunda feira.

Para marcar o lançamento do novo projeto, o ECO vai realizar no dia 25 de junho, em parceria com a DFK, Grupo Your e SOVOS Saphety, e o apoio da Ordem dos Contabilistas Certificados, a conferência “Política Fiscal como agenda de transformação da economia”. Pode consultar o programa e inscrever-se aqui.

Pode ainda inscrever-se aqui para receber a newsletter dedicada do EContas.

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EDP Renováveis vende posição em portefólio solar em Espanha por 81 milhões

Energética concluiu acordo de compra e venda com a Tion Renewables para alienar os 100% que tinha num portefólio de 82 MWac nas regiões espanholas de Aragão e Andaluzia.

A EDP, através da EDP Renováveis, concluiu a venda de uma participação que tinha num conjunto de quatro parques solares em Espanha por 81 milhões de euros. A energética informou esta quarta-feira que assinou um acordo de compra e venda com a Tion Renewables GmbH para alienar a posição de 100% num portefólio solar de 82 MWac (megawatts corrente alternada).

A operação envolve quatro parques solares que estão operacionais, sendo que um localiza-se em Aragão e está a funcionar há cerca de dois anos e os outros três encontram-se na região da Andaluzia e entrou no ativo em novembro de 2024. Os projetos têm contratos – Power Purchase Agreements (PPA) – com a duração de 15 anos.

A EDP Renováveis “já assinou acordos para dois outros negócios de rotação de ativos com conclusão expectável em 2025, um nos Estados Unidos da América e outro em França e na Bélgica, que se espera que totalizem cerca de 0,4 mil milhões de euros de proveitos”, recorda a empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade, em comunicado divulgado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)

Em causa está um processo de venda iniciado em meados de dezembro de 2024 e que resultou num encaixe em linha com o que estava inicialmente previsto (80 milhões de euros).

A transação surge no contexto do programa de cerca de seis mil milhões de euros para rotação de ativos da EDPR previsto o triénio de 2024-2026 e apresentado na revisão do Plano de Negócios de maio de 2024. O objetivo é permitir à empresa “acelerar a criação de valor enquanto recicla capital para reinvestir em crescimento rentável”.

Na bolsa de Lisboa, as ações da EDP Renováveis fecharam a sessão desta quarta-feira com uma queda de 0,26% para 9,56 euros.

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Governo admite recorrer a programas europeus para cumprir 2% do PIB em defesa, avança PS

Presidente dos socialistas pediu mais detalhes sobre o impacto da medida e alertou que investimentos superiores "não são compatíveis com a realidade orçamental". Chega "concorda genericamente".

O aumento de 2% do PIB em defesa é acomodável no Orçamento do Estado, mas o Governo admite recorrer a “programas comunitários”, revelou esta quarta-feira o presidente do PS, Carlos César, à saída de uma reunião com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, em São Bento, no âmbito da preparação da Cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), que decorre de 24 a 26 de junho em Haia, nos Países Baixos.

“Não está de excluir o recurso por parte do Estado português a programas comunitários, desde logo o Fundo Europeu da Defesa e outros programas que existam de reequipamento militar”, afirmou o responsável socialista, acompanhado pelo candidato único à liderança do PS, José Luís Carneiro. No entanto, sublinhou, “da parte do Governo é garantido que existe possibilidade de acomodação desse investimento” até 2% do PIB em defesa.

O primeiro-ministro já tinha sinalizado que o Governo iria “acomodar” o investimento em defesa “com verbas do Orçamento do Estado”, pelo que “não será necessário um Orçamento retificativo”, afirmou esta quarta-feira no Parlamento. Luís Montenegro acrescentou ainda, em resposta aos jornalistas: “Nunca poremos em causa o financiamento das despesas sociais e o equilíbrio das contas públicas”.

Carlos César, que assumiu as funções de secretário-geral interino do PS após Pedro Nuno Santos se demitir da liderança, indicou que o partido está “em convergência” com o Governo “do ponto de vista dos valores e dos objetivos” relativamente ao investimento em defesa. Mas é preciso mais informação.

“Para nós, é fundamental que o Governo nos faça uma leitura mais precisa da que hoje tem sobre o impacto económico e financeiro, quer em termos das capacidades militares que devem ser acrescidas, quer em termos da nossa economia nacional”, sublinhou.

Além disso, César considera que o país não aguenta um investimento superior a 2%, como já veio acenar o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel. “Esta cimeira da NATO colocará um acento tónico nesse acréscimo de defesa, mas também colocará alguns desafios para o futuro que, temos a ideia, o país não poderá de imediato satisfazer: um aumento além dos 2%, uma vez que há propostas de 5% – ainda que 3,5% para despesas tradicionais militares e outra componente para infraestruturas e segurança – é um esforço que não parece compatível com a realidade orçamental portuguesa”, avisou.

No entanto, Paulo Rangel já garantiu que Portugal irá cumprir as “duas etapas” do compromisso de chegar aos 5% de gastos em defesa, segundo afirmou a 26 de maio, numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo alemão, Johann Wadephul.

“Obviamente que há aqui duas etapas, uma etapa é a etapa dos 2% [do PIB], em que Portugal não estava ainda no nível que é exigível para os países da NATO. Além disso, temos depois esta proposta dos 5%, mas, como sabe, o secretário-geral, Mark Rutte, dividiu isso em 3,5%, que será justamente de investimento na defesa no sentido mais clássico e tradicional do termo, e depois 1,5% em infraestruturas”, especificou.

O presidente do PS avisou que “estes esforços não devem prejudicar a sustentabilidade das finanças públicas” nem “prejudicar a manutenção do Estado social e a despesa média” nessas áreas.

Chega “genericamente” de acordo com plano do Governo

O presidente do Chega desvendou menos detalhes sobre a conversa com o primeiro-ministro, mas garantiu que o Governo pode contar com o partido e disse que concorda “genericamente” com o caminho traçado por Luís Montenegro para atingir as metas da defesa.

Transmiti ao primeiro-ministro que nesta matéria pode contar com o Chega para pragmatismo e decisão. Esta área obriga ação rápida do Governo de Portugal, visto que estamos muito atrasados“, referiu André Ventura, após a reunião com o primeiro-ministro, no Palacete de São Bento, que antecede à próxima cimeira da NATO.

Questionado sobre se o aumento da despesa para a defesa é possível sem pôr em causa as contas públicas, André Ventura disse apenas que Luís Montenegro lhe apresentou “dentro do possível” o programa de como o investimento será realizado, embora não esteja “completamente definido em termos orçamentais”.

André Ventura ressalvou que não cabe à oposição revelar todos os detalhes da conversa e que, mesmo concordando, o Chega não se está a desviar “um milímetro do seu percurso”, porque considera necessário que Portugal tenha uma indústria de defesa preparada para enfrentar os conflitos mundiais. Ademais, vê a defesa como uma das “três ou quatro” áreas de soberania que tem de estar dissociada do “jogo político”.

“Da parte do Chega, a garantia que deixei foi que, enquanto segundo maior partido, estava alinhado com estas preocupações. Do ponto de vista orçamental, caso a questão se venha a colocar, como certamente virá, o Chega está alinhado com a preocupação de modernizar as nossas Forças Armadas, a nossa estrutura de defesa e que deve estar atenta a ameaças reais à soberania e ao espaço português“, referiu o líder do Chega aos jornalistas.

Notícia atualizada às 18h29 com as declarações do presidente do Chega

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Jornal do Centro em Viseu avança com despedimento coletivo mas assegura continuidade

  • Lusa
  • 18 Junho 2025

A equipa do jornal fica reduzida à diretora e a uma estagiária. São abrangidos pelo despedimento coletivo três jornalistas, um comercial e "pessoas ligadas à multimédia e vídeo".

O administrador do Jornal do Centro revelou esta quarta-feira que um despedimento coletivo foi a “decisão que tinha de ser tomada” para a sobrevivência deste meio de comunicação social com sede em Viseu.

“Não haverá ninguém que goste mais do que eu do jornal e, por isso, é um momento muito triste para mim, mas era a única decisão que tinha de ser tomada para o Jornal do Centro poder continuar”, justificou João Cotta.

À agência Lusa o administrador disse ainda que a equipa ficou reduzida “à diretora e a uma estagiária, os restantes trabalhadores foram abrangidos pela decisão” e são “três jornalistas, um comercial e pessoas ligadas à multimédia e vídeo”.

“O Jornal do Centro sempre foi um projeto livre e independente e vai continuar a ser. Nunca foi um projeto de poder ou com a ambição de ter receitas enormes, sabíamos que não era possível”, admitiu.

Até porque, continuou, “não era sustentável continuar como estava, era impossível, ou seja, as perdas económicas eram importantes, pesadas, na ordem dos 100 mil euros ao ano e, por isso, a decisão foi muito ponderada e teve de ser tomada”.

João Cotta assumiu que para o futuro – “porque o jornal vai continuar, não vai acabar” – estão a ser trabalhadas “parcerias com outras entidades. O objetivo é reestruturar o jornal, reduzindo a atividade ao mínimo, enquanto se procuram parceiros”.

O objetivo não é recrutar, mas é procurar parceiros complementares”, acrescentou João Cotta que se escusou a dizer que parceiros poderão estar a ser estudados.

O administrador, e dono desde 2014, do Jornal do Centro assumiu ainda que a edição online “tinha muito peso e muita força e vai continuar a ter” com as duas pessoas que ficam na redação, diretora e estagiária.

Assim como “com os novos parceiros, através dos recursos que essas entidades tenham, para permitir assegurar o que é preciso” para manter o online ativo.

João Cotta lembrou ainda que o Jornal do Centro “não tinha qualquer apoio ou financiamento” por ser um órgão de comunicação social regional, condição essa que “também limita a escala” do próprio jornal.

“Sabemos que a comunicação social no geral está mal, a atravessar crises violentíssimas, agora um órgão de comunicação regional está limitado à escala, ao alcance”, indicou. “Apesar de não ser o fator, porque são todos juntos, o facto de ser uma voz independente torna-se menos atraente para comunicar”, acrescentou.

O Jornal do Centro foi fundado em 2002 e, em 2020, aquando da pandemia de covid-19, deixou de sair a edição em papel à sexta-feira, mantendo o ‘online’. O regresso às bancas foi assinalado em agosto de 2023 e o último número saiu em março passado.

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Produção de automóveis em Portugal acelera 35% em maio

Nos primeiros cinco meses do ano foram produzidos 144.996 ligeiros de passageiros, uma quebra de 5,5% em comparação com o mesmo período de 2024. No mês de maio, a produção cresceu 35%.

No mês de maio foram produzidos nas fábricas portuguesas 36.524 veículos automóveis, o que representa um crescimento de 35% face ao mesmo mês de 2024, revelam os dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP).

Em termos acumulados, nos cinco primeiros meses do ano saíram das fábricas instaladas em território nacional 144.996 veículos, ou seja, menos 5,5% do que em igual período do ano anterior.

A ACAP assinalou que o setor continua a ser um elemento importante na balança comercial portuguesa, uma vez que “97,4% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo”.

A Europa continua a ser o mercado líder nas exportações, absorvendo 87,8% da produção nacional. Destaque para a Alemanha (20,1%), Itália (12%), França (11%), Turquia (10,6%) e Espanha (9,7%).

O mercado americano, com o Chile a somar uma quota de 3%, ocupa o segundo lugar, com 3,5% das exportações, enquanto África encontra-se no terceiro lugar com 3% das exportações de veículos automóveis fabricados em Portugal.

Em relação à montagem de veículos automóveis em Portugal, no quinto mês do ano foram montados 27 veículos pesados, o que representa uma descida de 10% face ao mesmo mês do ano de 2024.

Em termos acumulados, nos cinco meses do ano, a montagem de veículos pesados apresentou uma queda de 29% face igual período do ano anterior, representando 93 veículos montados em 2025.

De janeiro a maio deste ano, foram exportados 98,9% dos veículos montados em Portugal, representando 92 unidades. A Alemanha (89,1%) e a Inglaterra (10,9%) são os únicos destinos destas exportações.

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Red Elétrica espanhola culpa produtoras de eletricidade pelo apagão. Empresas negam incumprimento de obrigações

  • ECO e Lusa
  • 18 Junho 2025

Operadora do sistema elétrico de Espanha rejeita as acusações de "má planificação" dirigidas pelo Governo liderado por Sánchez. Também as empresas de eletricidade negam incumprimento de obrigações.

A empresa Red Elétrica, a operadora do sistema elétrico de Espanha, atribuiu o apagão de 28 de abril na Península Ibérica a incumprimentos de obrigações por parte das empresas produtoras de energia, rejeitando as acusações de “má planificação”.

O Governo de Espanha apresentou na terça-feira as conclusões da comissão de investigação que constituiu para apurar as causas do apagão e revelou que o colapso elétrico se deveu a uma “combinação de fatores” que causaram elevada sobrecarga de tensão na rede elétrica espanhola que o sistema foi incapaz de controlar ou absorver, apesar de haver infraestrutura suficiente de resposta.

O executivo atribuiu responsabilidades a uma “má planificação” por parte da Red Elétrica de Espanha (REE) e a falhas na resposta a que estavam obrigadas empresas produtoras de energia, com suspeitas de incumprimento dos protocolos previstos para situações de sobrecarga de tensão.

Esta quarta-feira foi a vez de a REE apresentar as conclusões do inquérito interno ao apagão, numa conferência de imprensa em Madrid com os responsáveis máximos da empresa.

“Se os geradores com obrigação de cumprimento de controlo dinâmico de tensão – os geradores ligados ao sistema no momento do incidente – tivessem cumprido, não teria havido apagão”, disse a diretora geral de Operação da Red Elétrica, Concha Sánchez.

Segundo a REE, o apagão resultou de uma série de circunstâncias que se acumularam e desembocaram num problema de sobrecarga de tensão que levou à paragem em cascata das instalações de produção de energia.

O inquérito da REE concluiu que foram registadas oscilações relevantes no sistema a partir das 12:03 locais de 28 de abril (meia hora antes do apagão), com a primeira a ter sido, aparentemente, “forçada” e a resultar de possíveis anomalias internas numa unidade de produção.

Seguiram-se, segundo a REE, perdas de produção no sistema por terem sido desligadas unidades de forma “incorreta”.

A primeira oscilação ocorreu numa instalação fotovoltaica em Badajoz, que estava nesse momento ligada à rede de transporte de eletricidade, revelou a REE, sem dar mais detalhes.

Seguiram-se então apagões de geração que levaram ao apagão total, com o primeiro a ocorrer na zona de Granada e a ter sido feito de forma “incorreta”, incumprindo obrigações, uma vez que nesse momento a tensão no sistema estava “totalmente dentro dos limites” estabelecidos legalmente.

Assim, de acordo com a REE, essas primeiras desconexões “não justificadas” de unidades de produção aliadas à falta de absorção da sobrecarga a que estavam obrigados os geradores de eletricidade, levou a sobrecargas de tensão já fora de limites normais e ao apagão, sem possibilidade de acionar mecanismos de defesa e equilíbrio do sistema.

A REE recusou uma “má planificação” da empresa nos dias e horas anteriores ao apagão, como apontou o Governo espanhol, defendendo que o colapso teria sido evitado se as empresas com unidades de produção tivessem cumprido as obrigações que tinham naquele dia, por solicitação do operador.

Nem o relatório apresentado pelo Governo espanhol, nem a investigação da REE revelam os nomes das empresas visadas, invocando, nos dois casos, questões legais de confidencialidade.

Empresas de eletricidade negam incumprimento de obrigações

Entretanto, a associação espanhola de empresas de energia (Aelec), de que fazem parte Iberdrola, Endesa e EDP, garantiu que as empresas do setor cumpriram com todas as obrigações legais no dia do apagão de 28 de abril.

As empresas “cumpriram com os requerimentos regulatórios em matéria de controlo de tensão” e até operaram no dia do apagão “acima das obrigações regulatórias para contribuírem para a estabilidade do sistema elétrico”, segundo um comunicado da associação citado por meios de comunicação social espanhóis.

Segundo a Aelec, a empresa Red Eléctrica, a operadora do sistema de eletricidade de Espanha, é que não garantiu o controlo da tensão na rede em 28 de abril, apesar de “dispor de recursos suficientes”. No entanto, a REE “decidiu não despachar” e preferiu “gerir a tensão com uma capacidade síncrona limitada e uma distribuição geográfica desequilibrada”, acrescentou a associação.

Na terça-feira, as empresas de energia renovável de Portugal, Espanha e outros países já se congratularam com as conclusões da investigação espanhola às causas do apagão e apelaram a mais investimentos nas redes elétricas e baterias.

“Sejamos claros: a energia solar fotovoltaica não foi a causa do apagão”, lê-se num comunicado conjunto de diversas associações, nomeadamente, a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), a União Espanhola Fotovoltaica (UNEF), a SolarPower Europe, a Global Solar Council e a Global Renewables Alliance.

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“Estúpido” e “politizado”. Trump insulta Powell antes da Fed decidir sobre juros

  • Lusa
  • 18 Junho 2025

Trump sustenta que a Reserva Federal deve baixar as taxas de juro face a uma inflação que está "sob controlo". Na semana passada já tinha ridicularizado o seu presidente, chamando-o de "idiota".

O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou esta quarta-feira que o presidente do banco central dos Estados Unidos (Fed) é “estúpido” e “politizado”, poucas horas antes da decisão da instituição sobre as taxas de juro.

Não há inflação [nos Estados Unidos] e, portanto, gostaria de ver as taxas baixarem“, disse o chefe de Estado em frente à Casa Branca, enquanto fingia questionar-se se poderia nomear-se a si próprio para o cargo de presidente da Fed.

Apesar da insistência de Trump, a Reserva Federal (Fed) dos EUA deve manter as taxas de juro após a reunião desta quarta-feira, face às dificuldades em avaliar as repercussões das decisões de Trump.

Quase por unanimidade, os diversos atores do mundo financeiro antecipam que o banco central mais poderoso do mundo deverá optar pelo status quo pela quarta vez consecutiva e, após dois dias de reunião a portas fechadas — na terça-feira e esta quarta — as taxas de juro irão permanecer na faixa entre 4,25% e 4,50%, o mesmo nível desde dezembro.

Esta decisão deverá reacender a impaciência do chefe do executivo americano, Donald Trump, que já na quinta-feira da semana passada tinha ridicularizado o presidente da Fed, Jerome Powell, chegando a chamá-lo de “idiota”.

Embora afirmando que “não o demitiria”, Trump afirmou que não via qual seria o problema se tal acontecesse.

Trump sustenta que a Reserva Federal deve baixar as taxas de juro face a uma inflação que, segundo ele, está “sob controlo”, garantindo que seria totalmente favorável a uma eventual subida das taxas mais tarde, se os preços voltassem a disparar.

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Portugal passa a ter rede de empresas pela diversidade e inclusão LGBTI. Conheça as fundadoras

Fundada por 24 empresas de diversos setores, a Rede pela Diversidade e Inclusão LGBTI (REDI) é liderada pelo advogado João Mattamouros Resende, sócio da Cuatrecasas. Veja a lista de participantes.

Chama-se Rede pela Diversidade e Inclusão LGBTI (REDI) e apresenta-se como o primeiro ecossistema de empresas e profissionais em Portugal centrado na promoção da diversidade e inclusão LGBTI no contexto laboral.

Fundada por 24 empresas, este projeto “feito em Portugal e para Portugal” foi lançado oficialmente esta terça-feira, a coincidir com o EuroPride Lisboa 2025, marcando o “início público de uma rede empresarial focada na inclusão LGBTI no contexto corporativo português”.

A REDI Portugal será presidida por João Mattamouros Resende, advogado e sócio da Cuatrecasas, para quem esta nova organização “quer ser uma aliada fundamental para as empresas que apostam na mudança e no respeito”, salientou num comunicado enviado às redações.

Grupo Ageas Portugal, Airbus, Brico Depôt, Coca-Cola Europacific Partners, Cuatrecasas, El Corte Inglés, Nippon Gases, PLMJ, PwC, Repsol, Siemens e Sonae estão entre as grandes empresas fundadoras da REDI, a que se juntou a Inditex.

Já a lista de médias empresas na rede portuguesa é composta pela Colgate-Palmolive, Esprinet Portugal, FCC Construcción Portugal, Gilead, Hydro e Uría Menéndez Abogados.

Amadeus, BCD Travel, CCSL Advogados, GCI Media Group, L’Éléphant e pur’ple fazem parte das fundadoras classificadas como pequenas empresas, engrossada entretanto pela Tinkle e pela Kyowa Kirin.

“As pessoas LGBTI não se sentem seguras nos ambientes de trabalho e sabe-se que 46% delas não dão a conhecer esta dimensão da sua identidade numa entrevista de emprego”, refere esta nova associação, citando o estudo Diversity at Work (2021) elaborado pelo ManpowerGoup.

Segundo o relatório anual do Observatório da Discriminação contra Pessoas LGBTI+ (2020-2022), elaborado pela ILGA Portugal, quase 40% das pessoas desta comunidade foram “alvo de piadas ou comentários depreciativos no local de trabalho” e “a falta de um compromisso explícito com a diversidade e inclusão LGBTI nas empresas leva muitas pessoas a abdicar de medidas de conciliação ou de direitos laborais”.

Por outro lado, lembra a REDI que “a diversidade gera valor para as empresas” e é um argumento para a atração e retenção do talento. “Do ponto de vista da competitividade e da produtividade, as empresas com maior diversidade têm 39% mais probabilidade de superar, nos resultados financeiros, as empresas com menor diversidade”, refere, citando o relatório “Diversity Matters Even More”, da consultora McKinsey.

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Meo lança campanha de apoio à seleção feminina “Liga-te melhor a Portugal”

  • + M
  • 18 Junho 2025

A campanha, que conta com a criatividade da Dentsu Creative, é protagonizada por familiares e amigos das jogadoras. A produção é da Garage Films e o planeamento de meios da OMD.

A Meo lançou esta quarta-feira uma campanha de apoio à seleção feminina de futebol, que participa no Campeonato Europeu de Futebol Feminino, competição que decorre entre 2 e 27 de julho, na Suíça.

“Liga-te melhor a Portugal” conta com a criatividade da Dentsu Creative Portugal e “celebra a autenticidade, o talento e a união em torno do futebol feminino nacional, destacando o envolvimento emocional e genuíno de quem sempre esteve ao lado das jogadoras”.

A campanha é protagonizada por familiares e amigos das jogadoras que vão representar o país na competição, numa “homenagem íntima e inesperada“, que dá uma “nova dimensão à mensagem da marca, aproximando-a ainda mais das pessoas e dos valores que representa”, refere-se em nota de imprensa.

“Com esta abordagem próxima e diferenciadora, a Meo reafirma o seu apoio ao desporto enquanto motor de inclusão, diversidade e igualdade de oportunidades. Mais do que reforçar o seu compromisso com o desporto, a marca celebra o caminho, o esforço e o talento das jogadoras que representam Portugal ao mais alto nível“, diz ainda a marca patrocinadora da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) há mais de 25 anos e que tem a jogadora Jéssica Silva como embaixadora.

Com produção da Garage Films, a campanha “Liga-te melhor a Portugal” está presente em televisão, imprensa, rádio, publicidade exterior, lojas, website e redes sociais. O planeamento de meios ficou a cargo da OMD.

Da campanha faz ainda parte uma “ação simbólica”, que consiste num autocarro temático que ligará diariamente a sede da marca, em Picoas, à Cidade do Futebol, “simbolizando a ligação da marca ao percurso, às conquistas e aos sonhos da seleção nacional feminina”.

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Arquivada averiguação preventiva a Pedro Nuno Santos. Recusada “atuação intencional” ou “contornos criminais”

Em abril, o então secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, foi alvo de uma averiguação preventiva por parte do DCIAP.

A averiguação preventiva aberta pelo DCIAP contra Pedro Nuno Santos foi arquivada. O despacho de arquivamento, a que o ECO teve acesso, sublinha que “não se vê como concluir pela existência de uma atuação intencional e muito menos com contornos criminais”. Em conformidade, lê-se, “considerando que das averiguações realizadas não se logrou apurar notícia de ilícito criminal e porque não se vislumbra a realização de outras diligências com vista à recolha de outros elementos, determina-se o arquivamento da presente averiguação preventiva”.

“Mostram-se devidamente esclarecidas todas as alegações controvertidas divulgadas publicamente por via da comunicação social e reproduzidas em denúncias endereçadas ao Ministério Público”, refere o despacho. Segundo a magistrada do Ministério Público, “os montantes pagos pela aquisição e alienação de imóveis decorrem, com exatidão, da documentação contratual e os respetivos fluxos financeiros mostram-se clarificados na documentação bancária junta”. Documentos, esses, entregues ao MP pelo próprio Pedro Nuno Santos a 23 de maio, quando foi ouvido no DCIAP.

Na justificação de rendimentos para a compra dos dois imóveis no valor total de 1,3 milhões de euros, a procuradora entendeu que a aquisição das casas foi realizada de forma lícita. “Inexistem quaisquer suspeitas de que os fundos utilizados tenham origem diversa, que não a de rendimentos de trabalho ou o património dos pais, tanto de Pedro Nuno Santos como de Ana Catarina Gamboa”, sua mulher.

“Os montantes pagos pela aquisição e alienação de imóveis decorrem, com exatidão, da documentação contratual e os respetivos fluxos financeiros mostram-se clarificados na documentação bancária junta. (…) Inexistem quaisquer suspeitas de que os fundos utilizados tenham origem diversa, que não a de rendimentos de trabalho ou o património dos pais, tanto de Pedro Nuno Santos como de Ana Catarina Gamboa”.

Em abril, o então secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, foi alvo de uma averiguação preventiva por parte do DCIAP “na sequência de receção de denúncias e tendo em vista a recolha de elementos”, disse fonte da PGR.

Agora, no despacho final de arquivamento, o objeto desta averiguação foi circunscrito à averiguação de alegações, publicamente divulgadas pela comunicação social e reproduzidas em denúncias remetidas ao Ministério Público, relativas aos imóveis sitos em
Lisboa e em Montemor-o-Novo, adquiridos, respetivamente, pelo valor de 740 mil euros e 570 mil euros, em 2018 e 2022, por Pedro Nuno Santos em compropriedade.

 

A notícia falava num imóvel adquirido em 2018, em regime de co-propriedade com a sua mulher no valor de 740 mil euros. Uma parte do valor terá sido pago a pronto pela mulher de Pedro Nuno Santos. Enquanto que o valor de 450 mil euros que faltava foi financiado por crédito bancário. A revista Sábado falava numa incongruência nas declarações feitas por Pedro Nuno Santos: começou por dizer que o crédito tinha sido amortizado com a ajuda do pai e, mais tarde, retificou a informação por escrito com a informação de que foi amortizado com o produto da venda da primeira casa.

O que ficou de fora da investigação do DCIAP?

Ajudas de custo

De acordo com notícias publicadas na imprensa, entre 2005 e 2015, o ex-secretário geral do PS terá recebido 203 mil euros em subsídios de deslocação no exercício de funções como deputado da Assembleia da República, apesar de ter casa em Lisboa.

Ora, pelo Estatuto dos Deputados, diz o DCIAP, resulta que, “para efeitos de determinação do cálculo de abonos de ajudas de
custos por deslocação, o que releva é a residência definida no cartão de cidadão, ainda que o deputado possua casa própria em Lisboa, o que afasta a prática deste ilícito, uma vez que a sua residência, no período em casa, se situava em S. J oão da Madeira.
A circunstância da residência se localizar em S. João da Madeira até ao final de 2015 mostra-se confirmada por via
documental”.

Empresa do pai de Pedro Nuno Santos

Américo Augusto dos Santos, pai de Pedro Nuno Santos, é o acionista maioritário da sociedade Tecmacal. Até ao dia 24 de fevereiro de 2023, este deteve uma participação nessa sociedade composta por 1.000 ações, correspondentes a
0,5% do respetivo capital social. Por causa dessa participação societária e da circunstância de Pedro Nuno desde 2015 até à atualidade exercer funções políticas, além de ter sido divulgado na comunicação social, exclusivamente com base nessas
notícias, foram denunciadas “suspeitas de favorecimento na obtenção de 2,8 milhões de euros de fundos da EU, por parte da empresa familiar de PNS, quando foi ministro e ao mesmo tempo sócio da referida empresa familiar” e que deveria ser realizada uma auditoria para averiguação de tais factos.

“Relativamente às imputações descritas, constata-se que não são narrados quaisquer factos e condutas concretas, nomeadamente, qual teria sido a intervenção concreta do ex-ministro, não sendo atribuição da justiça penal a realização de sindicâncias à conformidade legal da vida de pessoa singular ou coletiva. A investigação tem de assentar numa descrição minimamente concreta de factos, suscetível de ser averiguada ou que constitua notícia de crime e não em alegações genéricas, sem nenhuma sustentabilidade, que não a mera ilação. Deste modo, também nesta parte não poderia haver lugar à abertura de
Averiguação Preventiva e, muito menos, de Inquérito.

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Instituto Superior Técnico está a contratar técnicos superiores. Tem 25 vagas

Os postos de trabalho são na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado e os candidatos devem ser licenciados. Candidaturas decorrem até 26 de junho.

O Instituto Superior Técnico (IST) está à procura de 25 profissionais para a carreira e categoria de técnico superior em diversas áreas. As candidaturas decorrem até 26 de junho.

Gestão Geral, Assessoria à Gestão, Secretariado de Apoio ao Ensino e Investigação, Gestão Académica, Gestão Financeira e de Projetos, Gestão de Recursos Humanos, Relações com o Exterior, Apoio Geral e Apoio Social e a Estudantes são as áreas para as quais o IST procura profissionais.

Os postos de trabalho são na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado e os candidatos devem ser licenciados”, refere em nota de imprensa. “A remuneração oferecida é de 1.442,57 euros ou, no caso de trabalhadores titulares do grau académico de doutor, 1.972,04 euros. Os candidatos selecionados terão um plano de formação específico”, detalha ainda.

Será ainda “constituída uma reserva de recrutamento com os candidatos que, apesar de aprovados, não fiquem colocados nos 25 primeiros lugares”.

Os candidatos podem obter mais informação sobre o processo de recrutamento na página do Técnico e na Bolsa do Emprego Público, com o código da oferta OE202506/0325.

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Freguesia de Benfica inicia 68 apartamentos para habitação municipal e promete conclusão em 12 meses

Uma das obras tem orçamento em aberto. Apesar da inclusão dos fogos na estratégia municipal de habitação de Lisboa, junta poderá ter de pagar 1,8 milhões pelo terreno à Câmara.

O novo edifício de habitação municipal no Calhariz de Benfica com 50 apartamentos será construído no prazo de 12 meses, junto à estação da CP e à residência universitária, também esta promovida pela Junta de Freguesia, com fundos PRRHugo Amaral/ECO

A freguesia de Benfica, em Lisboa, vai ter dois edifícios de habitação municipal com um total de 68 apartamentos erguidos em construção modular, uma iniciativa da Junta de Freguesia com fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito do programa 1.º Direito. Nesta quinta-feira é feita pela Junta a adjudicação do contrato do primeiro edifício, com 50 fogos, no Calhariz, e no dia 26 será tempo do lançamento da primeira pedra de um edifício com 18 apartamentos nas traseiras da Avenida Gomes Pereira. Já o início da obra do prédio no Calhariz ocorrerá em julho.

Ambos os edifícios serão introduzidos na estratégia municipal de habitação do município de Lisboa, a quem caberá o concurso para atribuição das casas a renda acessível. Contudo, no caso do Calhariz, a junta de freguesia poderá ser obrigada a pagar cerca de 1,8 milhões de euros à câmara pelo terreno municipal, o que o presidente da junta de Benfica critica, em declarações ao ECO/Local Online durante a visita ao sítio da obra. Ao lado desta encontra-se uma residência universitária igualmente construída pela junta com valores do PRR e também em construção modular.

Reportagem sobre habitação e construção modular na freguesia de Benfica - 16JUN25
A residência universitária foi o primeiro edifício em construção modular com verbas do PRR erguido na freguesia de BenficaHugo Amaral/ECO

O valor total do investimento no edifício de 50 apartamentos não está ainda fechado, podendo atingir os 7,38 milhões de euros, mediante o montante que venha a ter de ser pago pelo terreno. Contudo, se tiver vencimento a interpretação da junta de freguesia e a autarquia não for ressarcida pelo valor do terreno, este projeto de habitação municipal com apartamentos T1 e T2 terá um custo de 5,77 milhões de euros, o que representa um custo médio na ordem dos 115 mil euros por fogo.

“A estrutura de missão acha obsceno, tal como eu acho, a junta ter de comprar um terreno ao município para fazer estratégia municipal. O terreno é municipal, a estratégia é municipal, a junta é que executa e gere, mas querem vender o terreno a 1,8 milhões”, pormenoriza o autarca do Partido Socialista. “Não é por aí, pagamos o terreno, pomos na candidatura. A estrutura de missão e o IHRU acham estranho, é um duplo ganho para o município, porque faz a estratégia municipal e ganha com a venda do terreno. Estamos à espera do parecer definitivo, mas acho que vai mais na linha do que eu sempre disse, que é absurdo a câmara vender o terreno a uma junta”.

Com uma área total de 484,5 metros quadrados, o edifício de cinco pisos terá apartamentos de tipologias T1 e T2. A data de conclusão prevista é o dia 30 de junho de 2026.

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