O dia em direto nos mercados e na economia – 14 de abril

  • ECO
  • 14 Abril 2025

Ao longo desta segunda-feira, 14 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Encomendas dos EUA às empresas agroalimentares já estão a “desacelerar” por causa das tarifas de Trump

Setor está a sentir que o envio de contentores por parte dos compradores norte-americanos é mais "comedido". Portugal exporta cerca de 250 milhões de euros de produtos agroalimentares para o país.

A indústria agroalimentar portuguesa já está a sentir o amargo das tarifas de Trump com as empresas norte-americanas a “desacelerar as encomendas”, face à incerteza do impacto real da transação dos vários produtos. As vendas do setor para os EUA valem 250 milhões de euros.

“Algumas empresas portuguesas estão a sentir que o envio de contentores por parte dos compradores norte-americanos é mais comedido devido a este período de grande cautela e incerteza“, afirma ao ECO Deolinda Silva, diretora executiva da PortugalFoods, salvaguardando que “ainda não se fala em cortes de contratos”.

A porta-voz da PortugalFoods antecipa ainda que a “política global de tarifas, em particular o impacto na União Europeia (UE), pode atingir primeiro os produtos premium, como vinhos e bebidas espirituosas”, ao mesmo tempo que “espera também impacto nos queijos e azeite”.

A política global de tarifas, em particular o impacto na UE, pode atingir primeiro os produtos premium, como vinhos e bebidas espirituosas, espera-se também impacto nos queijos e azeite.

Deolinda Silva

Diretora executiva da PortugalFoods

Por outro lado, sinaliza que “prevendo-se uma redução das exportações para este país, as empresas devem continuar a diversificar mercados, procurar cadeias de abastecimento mais curtas e de confiança”. A indústria agroalimentar portuguesa exporta para 186 mercados, sendo Espanha, França, Itália, Países Baixos e Brasil os principais destinos, responsáveis por dois terços de todas as exportações.

Dos 250 milhões de euros de exportações para os EUA, o vinho representa cerca de 41% (102 milhões de euros), os produtos de padaria, de pastelaria ou da indústria de bolachas e biscoitos representam cerca de 11% (23 milhões de euros) e o azeite representa cerca 10% (21 milhões de euros). Seguem-se os peixes frescos, congelados, secos e moluscos com cerca de 20 milhões de euros de exportações e as azeitonas (16,7 milhões). Os restantes 20% são compostos por um cabaz de produtos variados como conservas de peixe (sobretudo sardinhas e atum), queijos, café e chocolate.

Deolinda Silva, PortugalFoodsJoão Pedro Rocha / Dare2Change

O primeiro-ministro anunciou na quinta-feira um pacote de medidas de apoio às empresas para mitigar o impacto das tarifas norte-americanas no valor de dez mil milhões de euros. Entre as medidas estão garantias bancárias, linhas de crédito, seguros de crédito à exportação, unificação das apólices e reforço do apoio aos projetos de internacionalização.

O anúncio de Donald Trump de 20% em tarifas recíprocas ao bloco comunitário deu origem a acentuadas tensões comerciais. As taxas aduaneiras foram entretanto suspensas por 90 dias.

A União Europeia também suspendeu durante o mesmo período, as tarifas de 25% a produtos norte-americanos em resposta às aplicadas pelos Estados Unidos ao aço e alumínio europeus. Estão, ainda assim, em vigor tarifas recíprocas norte-americanas de 10% à UE.

Portugal continua a atrair investimento estrangeiro

Nos últimos anos Portugal tem atraído investidores estrangeiros. O ano passado, o investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal atingiu níveis históricos, com um aumento de 19% face ao ano anterior, totalizando 13,2 mil milhões de euros.

A diretora executiva do PortugalFoods realça que “seja no setor do leite e laticínios, nas conservas de pescado, no chocolate ou na pastelaria e panificação, tem sido crescente a entrada de capital estrangeiro na indústria”.

Seja no setor do leite e laticínios, nas conservas de pescado, no chocolate ou na pastelaria e panificação, tem sido crescente a entrada de capital estrangeiro na indústria.

Deolinda Silva

Diretora executiva da PortugalFoods

Deolinda Silva considera que os incentivos fiscais e financeiros, o custo de mão-de-obra, competência e qualificação dos recursos humanos são os principais fatores para Portugal continuar a consolidar a sua posição como destino atrativo para capital estrangeiro. Sem esquecer, o avanço tecnológico da indústria, que “está ao nível do melhor que existe a nível mundial”.

No setor primário, a porta-voz da associação nota que o “investimento direto estrangeiro tem sido crescente, fruto das condições edafoclimáticas do país para culturas como a amêndoa, a noz, o olival e os pequenos frutos, que aliadas a uma modernização da nossa produção ao nível das mais avançadas do mundo, o torna altamente atrativo”.

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Meta de 26 mil casas financiadas pelo PRR em risco. Só 20 mil são financiadas a fundo perdido

Na reprogramação, Executivo reviu em baixa o número de casas a construir ou renovar para 20.209 com subvenções do PRR, chutando as restantes 5.791 para a componente dos empréstimos.

O Governo duvida da capacidade de disponibilizar 26 mil casas para habitação social até 30 de junho de 2026, financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) a fundo perdido. Assim, na reprogramação da bazuca, o Executivo reviu em baixa o número de casas a construir ou renovar para 20.209 com subvenções do PRR, chutando as restantes para a componente dos empréstimos, ou seja, dos investimentos que não são absolutamente garantidos dentro do prazo previsto.

De acordo com o documento que dá luz verde à revisão do PRR português, o investimento do programa de apoio ao acesso à habitação “consistirá na disponibilização de habitação social, ou apoio financeiro, para a renovação ou construção aos grupos-alvo identificados que não dispõem de capacidade financeira para garantir a adequação da sua própria habitação, para, pelos menos, 20.209 famílias até 2026. Os investimentos consistirão na construção de novos edifícios ou na renovação de habitações existentes, bem como, sempre que necessário, na aquisição de novos edifícios ou no arrendamento de edifícios para subarrendar”, lê-se no documento a que o ECO teve acesso.

A data-limite para a execução do investimento mantém-se a 30 de junho de 2026, mas a meta intermédia de entregar às famílias dez mil casas já no segundo trimestre de 2025 desaparece e as agora 20.209 serão entregues até ao segundo trimestre de 2026.

Isto não significa que o Governo tenha desistido de fazer as 26 mil casas no PRR. A opção foi transferir para a componente “empréstimos” 5.791 casas para habitação social. Contudo, a execução dos empréstimos não está garantida.

Manuel Castro Almeida, o ministro Adjunto e da Coesão, que tem a tutela dos fundos europeus, já reconheceu que: “não seria difícil de admitir que parte dos empréstimos não será utilizada por todos os Estados-membros. Acho que é um cenário provável”. Ou seja, o compromisso do Executivo é executar a totalidade das subvenções do PRR – Portugal tem 16,32 mil milhões de euros a fundo perdido – ficando os 5,87 mil milhões de empréstimos dependentes da capacidade de os executar.

Caso não o sejam isso até pode ajudar as contas públicas, que segundo o Conselho das Finanças Públicas arriscam regressar aos défices (de 1%) já no próximo. E os empréstimos do PRR tem uma quota de responsabilidade como o próprio antigo secretário de Estado do Assuntos Fiscais sublinhou: “os empréstimos do PRR impactam no saldo de 2026 de forma significativa”, sublinhou António Mendonça Mendes.

Esta decisão decorre dos atrasos no PRR. A cerca de um ano do fim da bazuca, menos de 10% das 26 mil casas foram entregues às famílias, como escreveu o Público. Perante a dimensão do problema da habitação, o Governo anunciou uma nova meta – 59 mil casas de habitação pública até 2030, mas já não financiadas pelo PRR. Mas também essas casas estão atrasadas.

Ainda no capítulo da habitação, e tal como já tinha sido anunciado, com a reprogramação o Governo retirou 391 milhões de euros desta gaveta. Das 6.800 casas do parque habitacional a custos acessíveis apenas 3.500 serão financiadas pelo PRR, um financiamento que é também assegurado pela via dos empréstimos.

Agora, o financiamento das restantes 3.300 casas será assegurado através de um empréstimo do Banco Europeu de Investimentos (BEI). “O problema é não ter havido a procura que se pretendia para estas habitações”, explicou Hélder Reis no Parlamento, quando lá foi explicar a reprogramação aos deputados. “Em causa estão empréstimos aos municípios e a procura foi inferior àquela que se pretendia”, acrescentou.

Também nos Açores houve uma revisão em baixa nos investimentos na habitação. O objetivo era “reforçar as ofertas de habitação a vários níveis, depois de verificado um visível agravamento da degradação dos imóveis na região” e uma redução da oferta do mercado imobiliário. O investimento a realizar em várias ilhas e consistirá na construção de 65 edifícios e não 100 como inicialmente previsto; renovação profunda de 63 edifícios, e não 75, e a renovação média de 270 edifícios, contra os 329 inicialmente previstos. Assim, a ambição inicial de total de levar a cabo 527 intervenções cai para 480.

Mantém-se a meta de execução do investimento até 31 de dezembro de 2025.

Por outro lado, o reforço do parque habitacional social nos Açores também é revisto em baixa. Estava prevista a construção de 126 habitações, que passa agora para 77.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 14 Abril 2025

Vai arrancar o Programa de Recompra do BCP. Já o comissário europeu Maros Sefcovic vai deslocar-se a Washington para conversações com a administração de Trump sobre as tarifas.

O comissário europeu para o Comércio desloca-se aos EUA para negociar as tarifas com a equipa de Donald Trump. O choque da guerra comercial continuará a marcar a atualidade, mas, para já, deverá provocar uma forte descida nos preços combustíveis. Saiba o que poderá marcar este dia.

Forte descida dos combustíveis

Os preços dos combustíveis vão ter hoje uma forte queda. Segundo o ACP, a gasolina desce 7,5 cêntimos e o gasóleo cai 6,5 cêntimos. Porém, uma fonte do mercado avançou ao ECO que as decidas nas bombas poderão ser menos pronunciadas, com a gasolina a baixar sete cêntimos e o gasóleo seis. Em qualquer dos casos, há mais de dois anos que os combustíveis não tinham uma queda tão acentuada. O trambolhão dos mercados e a forte descida dos preços da matéria-prima na semana passada explicam esta tendência.

Continuam os debates entre partidos

Arranca a segunda semana de debates televisivos, que vão colocar frente a frente os candidatos às eleições legislativas de 18 de maio. Esta segunda-feira, Luís Montenegro (AD) debate com Rui Rocha (Iniciativa Liberal) às 21h na RTP. Depois, às 22h, Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda) enfrenta Rui Tavares (Livre) na SIC Notícias.

Arranca programa de recompra de ações do BCP

Arranca hoje o Programa de Recompra do BCP. Aprovado na semana passada, este programa contempla 200 milhões de euros para recomprar até 5% do capital do banco ao longo dos próximos meses, uma forma de remunerar os acionistas. Está previsto durar até 14 de outubro.

Comissário europeu desloca-se a Washington para conversações

O comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, desloca-se a Washington para negociar com a Administração Trump as novas tarifas alfandegárias, atualmente suspensas bilateralmente por 90 dias. Segundo um porta-voz da Comissão Europeia para o Comércio, Olof Gill, o comissário viajará de “boa-fé” para tentar encontrar soluções que “beneficiem a todos”.

Como evolui o setor da construção?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar as estatísticas dos índices de produção, emprego, remunerações na construção relativos a fevereiro. A atividade no setor da construção cresceu no arranque do ano, mas abrandou o ritmo de crescimento. Produção, emprego e remunerações registaram taxas de subidas inferiores às registadas no mês anterior. O índice de produção na construção aumentou 2,1% em janeiro, menos 2,5 pontos percentuais que no mês anterior.

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Entregar a declaração de IRS em conjunto tem vantagens. Veja em que situações

Quanto maior a diferença de rendimentos entre os elementos do casal, mais compensa a tributação conjunta, porque o imposto baixa significativamente. Mas é preferível fazer primeiro a simulação.

Na maior parte das situações, compensa entregar a declaração do IRS em conjunto com o companheiro, casado ou unido de facto, porque a taxa do imposto costuma baixar, sobretudo quando há grande disparidade de rendimentos. Mas, ainda assim, é preferível fazer primeiro a simulação, aconselham vários fiscalistas consultados pelo ECO.

“Regra geral, entregar o IRS em conjunto permite uma menor tributação do que se se optar pela tributação separada, sobretudo quando um dos elementos do casal obtenha rendimentos muito mais elevados do que outro ou quando apenas um dos elementos aufira rendimentos”, salienta Ricardo Reis, da Deloitte.

“Tal resulta do facto da fórmula de cálculo do rendimento coletável, isto é, o valor base considerado para determinação do escalão e taxa de IRS a aplicar, permitir, à partida, uma tributação inferior no caso de tributação conjunta, quando comparado com a opção pela tributação separada”, esclarece o fiscalista.

Ou seja, “no caso da opção pela tributação conjunta, o rendimento coletável, que corresponde ao rendimento bruto deduzido das deduções específicas e abatimentos disponíveis, é dividido por dois, que é quociente familiar, pelo que a taxa de IRS a aplicar será à partida inferior, uma vez que as taxas são progressivas”, salienta. No entanto, “num cenário em que os dois elementos do casal tenham rendimentos anuais de valores similares este impacto poderá não se verificar ou ser insignificante”, alerta.

IRS automático também permite entregar a declaração em conjunto

Na mesma linha, Maria Inês Assis e Joana Monteiro de Oliveira, da Abreu Advogados, concluem que, “em regra, a declaração conjunta é mais vantajosa já que aplica a taxa de IRS à soma dos rendimentos globais de ambos os contribuintes (dividido por dois) e após subtraídas as deduções específicas”.

“Por exemplo, nos casos em que apenas um dos elementos do casal obtém rendimentos, ou em que um aufere rendimentos muito superiores, costuma ser mais favorável entregar a declaração em conjunto”, sinalizam as fiscalistas. “E esta opção existe no IRS automático desde que ambos os contribuintes estejam abrangidos pelo regime”, assinalam.

No entanto, numa situação em que o casal pode beneficiar do automatismo, “se nenhuma das opções for exercida voluntariamente pelos contribuintes até ao termo do prazo para entrega da declaração Modelo 3 de IRS (30 de junho), a Autoridade Tributária irá considerar aceite a opção pela tributação em separado – a tributação separada é a regra, salvo se for exercida opção em contrário”, alertam as peritas em Direito Fiscal.

“Se apenas um dos membros do casal está abrangido pelo IRS automático, e se pretender entregar uma declaração conjunta, deverá preencher manualmente a respetiva declaração de IRS”, sublinham.

Também para Francisco Furtado, da Broseta, “uma das vantagens da apresentação conjunta é o quociente familiar, situação em que a taxa aplicável é a correspondente ao rendimento coletável dividido por dois”. “Assim, quando um dos elementos do agregado familiar tem rendimentos inferiores aos do outro elemento, os rendimentos superiores acabarão por ser tributados a uma taxa inferior à que lhe corresponderia se considerados isoladamente”, explica.

Mas “o mais avisado é que os contribuintes simulem a entrega em cada um dos regimes de forma a poderem optar por aquele em que a tributação seja mais baixa”, aconselha.

Por exemplo, há situações em que não compensa entregar a declaração de IRS em conjunto, nota Ricardo Reis.Se ambos os elementos obtiveram apenas rendimentos sujeitos a tributação a taxas liberatórias e, quando possível, não optem pelo englobamento dos rendimentos (sendo tributados às taxas gerais progressivas), a opção pela tributação conjunta não deverá trazer vantagens”, indica.

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Factorenergia lança o FAZT no México com o objetivo de instalar 1.000 pontos de carregamento até 2030

  • Servimedia
  • 14 Abril 2025

Concretamente, a Factorenergia participa neste projeto com 28 % do capital, reafirmando o seu papel de ator estratégico na transformação do modelo energético internacional.

A Factorenergia, que celebra este ano o seu 25º aniversário, reforça a sua internacionalização e o seu compromisso com a transição energética global com o lançamento da FAZT, uma nova empresa de tecnologia e infra-estruturas (tech-infra) pioneira no carregamento ultrarrápido de veículos elétricos no México. O objetivo é instalar 1.000 pontos de carregamento elétrico até 2030.

“A participação da Factorenergia na FAZT é um compromisso estratégico que combina inovação, sustentabilidade e expansão internacional. Com esta operação, queremos transferir o nosso modelo energético responsável para mercados com grande necessidade de soluções limpas, fiáveis e acessíveis”, afirmou Emili Rousaud, CEO da Factorenergia.

A empresa tecno-infra FAZT foi criada no México com uma participação de 28% detida pela Factorenergia juntamente com outros parceiros locais, incluindo a empresa mexicana Gemex, também parceira da Factorenergia na Luxem Energia, uma empresa que fornece eletricidade e gás natural. Assim, a FAZT posiciona-se como pioneira na oferta de estações de carregamento ultrarrápido, com uma infraestrutura líder no país.

As estações são projetadas em dois modelos -Fazt e UltraFazt-, compatíveis com os principais padrões (NACS e GB/T). A sua aplicação permite localizar as estações, gerir os pagamentos e monitorizar o carregamento em tempo real, garantindo uma experiência de utilização ágil, segura e fiável, refere a empresa.

Em parceria com a rede de supermercados mexicana Soriana, a FAZT já abriu quatro estações de carregamento em estacionamentos de lojas em Monterrey (San Jeronimo, Cumbres, San Nicolas e Fresnos), e abrirá mais três em Cuernavaca, Valle de Bravo e Ramos Arizpe nos próximos dias.

INSTALAÇÃO

Esta primeira fase de instalação faz parte de um plano de expansão que prevê a entrada em funcionamento de 50 estações até 2025, com o objetivo de alcançar 1.000 pontos de carregamento operacionais em todo o México até 2030 e reduzir as emissões de CO₂ até 70 %. A empresa também planeia expandir-se na América Latina.

“Queremos oferecer uma rede que esteja ao nível do que os mexicanos merecem: fiável, moderna e acessível. Esta aliança com Soriana é um passo decisivo para tornar esta visão realidade”, disse Javier Cuartas, CEO da FAZT.

“A expansão internacional sempre foi um pilar estratégico para a Factorenergia. Queremos levar o nosso modelo sustentável e transparente aos mercados onde a necessidade de soluções energéticas inovadoras é cada vez mais urgente. Esta visão leva-nos a continuar a crescer e a liderar a mudança no setor energético mundial”, acrescentou Emili Rousaud.

Num contexto marcado pela urgência climática, pela eletrificação dos transportes e pela produção distribuída de energia, a Factorenergia reafirma a sua vocação de liderança através de iniciativas inovadoras como a FAZT. A empresa continua empenhada na tecnologia como motor da democratização energética e na cooperação internacional como alavanca de impacto positivo.

“Não se trata apenas de crescer, mas de crescer com sentido. Queremos que a transição energética chegue a todos, onde quer que estejam. E isso significa estar presente, investir e propor soluções com uma visão a longo prazo”, concluiu Rousaud.

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Previdência de advogados quer sociedades multidisciplinares a contribuírem

Em 2024, a Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores cobrou cerca de 117,5 milhões de euros aos seus beneficiários. Desse valor,106 milhões são relativos a 2024 e 11,3 milhões a dívidas.

A Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) quer ter uma nova fonte de financiamento do regime de previdência, através da criação de uma contribuição obrigatória (moderada) das sociedades profissionais e das sociedades multidisciplinares que integrem advogados, proporcional ao número desses profissionais. Esta foi uma das medidas propostas à comissão de avaliação constituída pelo Governo, segundo o Relatório de Contas da CPAS relativo a 2024.

No ano passado, a Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) cobrou cerca de 117,5 milhões de euros aos seus beneficiários. Desse valor, 106 milhões são relativos a 2024 e 11, 3 milhões relativos a contribuições em atraso.

Segundo o mesmo relatório de Contas da CPAS – relativo ao ano passado – o valor cobrado aos beneficiários foi mais 11 milhões face a 2023. “O resultado positivo do exercício de 2024 (39.715.994,91 euros) conduz ao reforço da sustentabilidade que, por sua vez, permite expandir a vertente assistencial da CPAS que consegue, assim, aumentar o apoio prestado aos seus beneficiários”, diz o mesmo documento. Que acrescenta que foram registadas 1.538 novas inscrições, pelo que, à data de 31 de dezembro de 2024, contabilizou-se um total de 39.972 beneficiários com pagamento de contribuições, para um total de pensionistas de reforma, invalidez e sobrevivência de 7.778.

Assim, segundo o relatório assinado pelo presidente Victor Alves Coelho e a sua equipa, o resultado global foi positivo em 2024 e superior em mais de 13 milhões de euros face ao exercício anterior (2023). Sendo que a recuperação da dívida acumulada foi cerca de 6%: em 31 de dezembro de 2024, a dívida líquida era de 146,5 milhões, menos 9,7 milhões do que no final de 2023.

A nível de apoios, só em 2024, foram alocados 3.567.416,09 de euros a benefícios imediatos, tendo sido atribuídos 2.699 benefícios. Como é o caso dos chamados benefícios de nascimento, no montante de 565.785 de euros e de maternidade, no montante de 1.524.628,80 de euros. Destaca-se ainda a comparticipação no Internamento Hospitalar por Maternidade, no montante de 50.422,28 de euros, no total de 2.140.836,08 de euros, auferidos por 1.578 Beneficiários.

“O valor de benefícios Imediatos (3.567.416,09 euros) ascende a 5.089.561,40€ se incluirmos os seguros, sendo que foi oferecido: a 28.983 beneficiários um Seguro de Acidentes Pessoais que representou um gasto de 89.626,87 euros, a 35.372 beneficiários um Seguro de Assistência Médica Permanente (CPAS Virtual Care) e a 28.945 beneficiários um Seguro de Proteção de Rendimentos por Acidente ou Doença que representou um gasto de 1.432.518,44 euros”, diz o documento.

Vítor Alves, presidente da Caixa de Previdência dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 05MAI23
Victor Alves Coelho, presidente da Caixa de Previdência dos Advogados, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

Medidas propostas pela CPAS

O Governo publicou em agosto em Diário da República o despacho que determinou uma auditoria à CPAS para apurar o seu património, encargos e responsabilidades futuras. Esta comissão analisou e ponderou os modelos de integração apresentados com base nos resultados apurados pela auditoria e no relatório do grupo técnico constituído. Feitas as contas, em Julho haverá uma conclusão final. No contexto dessa Comissão de avaliação constituída pelo Governo, a Direção da CPAS propôs as seguintes medidas:

  • Instituição de uma cláusula de salvaguarda que permita que, de forma comprovada e transitória, os beneficiários que não aufiram meios que lhes permitam contribuir pelo escalão mínimo aplicável possam contribuir, de acordo com os seus rendimentos, abaixo desse escalão.
  • Criação de um novo escalão intermédio entre os atuais 4.º e 5.º escalões, durante um ano, que suavize a progressão dos beneficiários que iniciam o exercício da profissão até atingirem o escalão mínimo obrigatório.
  • Criação de escalões mínimos diversificados, de acordo com o número de anos após a inscrição na CPAS, num sistema de inscrição automática, mas com a possibilidade de contribuição por escalão inferior, em condições a definir.
  • Nova fonte de financiamento do regime, através da instituição de uma contribuição obrigatória (moderada) das sociedades profissionais e das sociedades multidisciplinares que integrem advogados e/ou, proporcional ao número desses profissionais.
  • Clarificação e adequação do regime dos contribuintes da CPAS que, simultaneamente, são trabalhadores por conta de outrem e que, atualmente, podem requerer isenção de contribuir para a Segurança Social.
  • Possibilidade de dedução como custo da totalidade das contribuições pagas à CPAS por beneficiários que se encontrem no regime simplificado de IRS, questão especialmente penalizadora para os profissionais mais jovens que normalmente estão no regime simplificado.
  • Melhoria das condições e das coberturas dos diversos seguros oferecidos pela CPAS, tal como tem acontecido todos os anos.
    Melhoria dos subsídios assistenciais atribuídos pela CPAS, designadamente no que se refere à parentalidade (a introduzir ainda durante o corrente ano de 2025).

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Venture-builder Eyer Partners chega ao mercado com um milhão para investir

Até ao final do ano quer ter entre oito a dez empresas em portefólio, adianta Ana Almeida, CEO da venture-building, ao ECO.

Ana Almeida, CEO da Eyer.

Querem investir e ajudar a construir o negócio das empresas participadas. A venture-builder Eyer Partners está a levantar um milhão de euros em capital e, até ao final do ano, quer ter entre oito a dez empresas em portefólio.

Não se trata de um fundo, nem de uma sociedade de capital de risco. “A Eyer é uma sociedade anónima, com investidores privados individuais, e portanto não institucionais”, começa por dizer Ana Almeida, CEO da venture-building, ao ECO.

“Para nós foi muito importante encontrar as pessoas certas para estarem connosco neste projeto. Conseguimos alinhar pessoas com conhecimentos e experiências em áreas diferentes, o que cria valor na diversificação, e acima de tudo pessoas que se apaixonaram pelo nosso projeto e querem também estar próximas dos empreendedores”, continua. “Neste contexto, estamos a levantar cerca de um milhão de euros em 2025, junto de 12 investidores”, revela.

E há planos para já no próximo ano haver novo levantamento de capital, sempre junto de investidores privados. “Face aos nossos objetivos haverá novas rondas de capital começando logo em 2026. Nessa altura iremos igualmente definir o valor da nova ronda, tendo em conta as oportunidades que estivermos a avaliar e o seu potencial”, diz a CEO que, juntamente, com Luís Pedro Duarte (chairman) e José Miguel Azevedo Rodrigues (CTO) constitui a equipa de liderança da Eyer.

Face aos nossos objetivos haverá novas rondas de capital começando logo em 2026. Nessa altura iremos igualmente definir o valor da nova ronda, tendo em conta as oportunidades que estivermos a avaliar e o seu potencial.

“Para nós é muito importante manter o princípio de proximidade e confiança com os investidores, por isso é que os ouvimos e envolvemos na análise dos investimentos e na sugestão de próximas apostas. Nesse sentido, não excluímos a hipótese de podermos ter mais do que uma ronda de investimento em 2026“, admite Ana Almeida.

Construir negócio em conjunto com participadas

Parte da equipa de fundadores (são cinco), a começar pela CEO, tem um percurso profissional ligado à consultadoria. “Ao fim de mais de 20 anos a trabalhar em consultoria, sempre junto de grandes empresas, quis ter uma experiência junto das PME. Durante um ano estive perto dessa realidade e percebi que podia fazer ainda mais e que o desafio me estimulava. A ideia da Eyer surgiu como o concretizar desse objetivo, com mais foco, estrutura e propósito, e acima de tudo, com as pessoas certas”, conta Ana Almeida.

A Eyer Partners é uma venture-building. “O seu propósito é simples, aumentar a probabilidade dos empreendedores serem melhor sucedidos. Percebemos que a economia real real não está atendida com parceiros que conciliem capital, capacidades tecnológicas e proximidade. E daí o ‘building‘, construir, desenvolver”, explica a CEO.

“A Eyer é o parceiro do dia a dia, que complementa a essência do empreendedor, com outras capacidades que não lhe são naturais e que são criticas nos dias de hoje ao crescimento do negócio”, diz. “Estamos a falar em ajudar com as competências tecnológicas, identificando onde a mesma pode ser bem aplicada e a trazer mais produtividade, ajudamos com o pragmatismo e rigor de execução e de melhores práticas de gestão, e também a potenciar as capacidades de comunicação e posicionamento de marca, para além da nossa rede internacional de investidores que garante acesso a novos mercados”, explica.

Muito derivado da nossa experiência e onde acreditamos que conseguimos gerar valor, a nossa apetência está muito direcionada para negócios B2B, na área de serviços explorados através de plataformas. Estas soluções têm enorme potencial de escalar tanto em Portugal como a nível internacional.

O primeiro ano de atividade está “muito focado na criação das capacidades core que vão de forma direta e pragmática ajudar no desenvolvimento das nossas participadas”, afirma Ana Almeida. Neste momento, a Eyer já tem “duas empresas nas áreas de comunicação e da gestão financeira” e está a finalizar a compra de uma terceira e a criar uma quarta na área de produto tecnológico. “Em paralelo, estamos com mais três oportunidades em due dilligence”, revela. “Até final de 2025 o nosso objetivo é o de ter um portefólio com oito a dez empresas”, avança.

O capital — podem ser tickets que variam entre os 100 mil e os 500 mil euros — é sempre aplicado na empresa, por norma, através de um aumento de capital. “Após a definição de um plano de negócio com o empreendedor e identificadas as áreas e capacidades que requerem desenvolvimento e melhoria, o capital é utilizado precisamente para aquisição de serviços ou contratação de recursos que permitam a concretização dos objetivos de negócio”, descreve.

A Eyer não tem um setor de atividade específico na mira de investimento. “O nosso portefólio é diversificado e a dimensão dos negócios que temos avaliado também é variável. Desde empresas que têm menor maturidade e por isso estão numa fase de quase arranque, até outras que já estão no mercado há alguns anos e estão totalmente estabelecidas”, diz a CEO.

Mas admite alguma apetência para negócios virados para o B2B. E explica porquê. “Muito derivado da nossa experiência e onde acreditamos que conseguimos gerar valor, a nossa apetência está muito direcionada para negócios B2B, na área de serviços explorados através de plataformas. Estas soluções têm enorme potencial de escalar tanto em Portugal como a nível internacional”, diz.

“Para nós, o talento é o principal ‘gatilho’ que nos faz ter interesse em avaliar um potencial investimento. Se essa base estiver presente na oportunidade, as garantias de sucesso futuro aumentam exponencialmente”, diz ainda a gestora quando questionada sobre quais os focos de investimento.

A Eyer Partners entra no mercado num momento de instabilidade, com uma guerra comercial em curso com impacto nas bolsas. Poderá ter impacto? Ana Almeida mantém-se otimista.

“Os ciclos económicos sempre trouxeram desafios ao longo dos anos. Foram sendo indexados a fatores diferentes, com impactos também em diferentes setores. Um dos aspetos importantes está em criar negócios resilientes e ter capacidade de reagir às oscilações que vão surgindo”, começa por referir a gestora.

“No contexto em que atuamos ainda não sentimos nenhuma reação de retração ou de dúvida sobre os objetivos. Mantivemos o mesmo plano estabelecido em 2024 e o mesmo está a ser cumprido sem alterações”, garante.

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Transformação Atuarial no Setor P&C: Lisboa recebe evento da Akur8 e Milliman

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  • 14 Abril 2025

No dia 14 de maio, Lisboa recebe um evento sobre inovação atuarial em seguros P&C, promovido pela Akur8 e Milliman, com foco em ferramentas de pricing e reserving.

No próximo dia 14 de maio, Lisboa será palco de um evento para os profissionais do setor segurador, promovido pelas empresas Akur8 e Milliman. Sob o tema “Actuarial Transformation in P&C Insurance”, a sessão convida a explorar as mais recentes inovações tecnológicas aplicadas ao “pricing” e “reserving” em seguros P&C.

Ao longo do evento, será possível conhecer ferramentas actuariais mais avançadas, contactar com especialistas do setor e obter conhecimentos práticos que irão elevar as suas estratégias para otimizar processos e acelerar tomadas de decisão.

A Akur8 apresentará as suas soluções de pricing e reserving baseadas em Machine Learning Transparente e Analytics Preditivo, oferecendo uma abordagem inovadora que promete mais velocidade, desempenho e confiança nos processos dos seguradores.

Por sua vez, a Milliman trará a sua plataforma Milliman Mind, que transforma simples ficheiros de Excel em aplicações web dinâmicas. O objetivo? Agilizar fluxos de trabalho de modelação e integração de dados, poupando tempo, reduzindo erros e promovendo uma atuação mais eficiente e flexível.

O evento contará com a participação de especialistas de ambas as empresas, entre os quais:

Arturo Sánchez, Actuarial Data Scientist na Akur8
Pedro Pereira, Sales Director na Akur8
Jose Silveiro, Principal and Director Property and Casualty na Milliman
Valerie Lampert, Non-Life Actuarial Consultant na Milliman

Uma oportunidade única para profissionais atuariais e decisores estratégicos aprofundarem conhecimento, trocarem experiências e descobrirem o futuro da atuação em seguros.

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Como um prémio pode mudar uma autarquia?

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  • 14 Abril 2025

O Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros é muito mais do que um galardão. É um reconhecimento que pode transformar a forma como uma autarquia é vista e projetada para o futuro.

A realidade das autarquias portuguesas é, muitas vezes, marcada por desafios exigentes: responder às necessidades da população, gerir recursos escassos, promover o desenvolvimento sustentável e manter uma visão estratégica para o futuro. No meio desta missão complexa, a distinção pública pode parecer apenas um símbolo — mas, na prática, um prémio pode ser um verdadeiro catalisador de mudança.

Se a sua autarquia ainda não se inscreveu no Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros, esta é a oportunidade ideal para o fazer. As autarquias que submeterem oito ou mais projetos ganham a possibilidade de divulgar o seu Plano de Atividades, garantindo mais visibilidade para as suas iniciativas e projetos estratégicos. As inscrições terminam a 20 de junho.

Como um prémio pode mudar uma autarquia?

Reconhecimento que legitima

Quando uma autarquia é premiada, recebe não apenas um troféu ou diploma. Recebe legitimidade. O reconhecimento externo — seja por boas práticas de sustentabilidade, inovação, inclusão social ou digitalização — valida o trabalho feito e reforça a confiança da comunidade local. Isso fortalece o vínculo com os munícipes e estimula a participação cívica.

Visibilidade que atrai investimento

Ser distinguido numa iniciativa como o Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros é também ganhar visibilidade. E a visibilidade gera oportunidades: de financiamento, de parcerias, de turismo ou de projetos piloto. Empresas, investidores e instituições procuram territórios dinâmicos, com boas práticas e visão de futuro. Um prémio é um selo de qualidade que projeta a autarquia para além do seu território.

Internamente, é um motor de motivação

As equipas que trabalham nas autarquias — desde os técnicos aos dirigentes — raramente recebem palco. Quando o trabalho é reconhecido, a motivação aumenta. Um prémio valoriza o esforço coletivo, promove o orgulho institucional e estimula a criatividade e a inovação nos serviços públicos.

Um prémio como instrumento de benchmarking

Ao premiar o que de melhor se faz nas autarquias portuguesas, o Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros promove também a partilha de boas práticas. Cada caso de sucesso serve de exemplo e inspiração para outras câmaras municipais ou juntas de freguesia, funcionando como uma ferramenta de benchmarking que eleva a fasquia da governação local em todo o país.

Efeito multiplicador: quando o sucesso se replica

Um prémio pode marcar o início de um ciclo virtuoso. A notoriedade abre portas, atrai talento e consolida a estratégia. Muitas autarquias usam o reconhecimento como alavanca para novos projetos, reforçam a sua comunicação institucional e tornam-se modelos a seguir dentro e fora do país.

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Aumento dos riscos e dos prémios pressionam rentabilidade das seguradoras

  • ECO Seguros
  • 14 Abril 2025

Um estudo da Bain & Company prevê o panorama das lacunas de proteção a nível global indicando o que faz aumentar a lacuna de proteção e o que pode alavancar o potencial da indústria.

Até 2030 os danos provocados por catástrofes naturais cobertos por seguros rondarão entre os 25% e 33% globalmente, já os seguros de vida deverão cobrir menos da metade das mortes. Prevê-se daqui a cinco anos as lacunas de proteção de todos os ramos de seguro vão-se agravar, impulsionadas pelo aumento dos custos com sinistros das seguradoras e, consequentemente, dos prémios.

Por lacunas de proteção entende-se os riscos não cobertos por seguros necessários para os mitigar em caso de sinistro. Ou seja, é a diferença entre o total de perdas económicas causadas por determinados riscos e as indemnizações pagas pelas seguradoras para cobrir as perdas.

Francisco Montenegro, partner da Bain & Company: “Os riscos de catástrofes cibernéticas terão de ser partilhados e as parcerias público-privadas terão de se expandir para promover a prevenção”.

Estas são algumas das conclusões do estudo ‘Bridging the Protection Gap: Affordability, Access, and Risk Prevention’, (em português, ‘Colmatar o défice de proteção: acessibilidade económica, acesso e prevenção de riscos’) da Bain & Company que apresenta os desafios que o setor enfrenta para conseguir uma relação rentável entre o preço que o cliente paga pelo seguro e o risco.

O estudo indica que os principais desafios enfrentados pelas seguradoras para reduzir a lacuna de proteção são a evolução dos riscos, o aumento das catástrofes naturais e dos ciberataques, os preços cada vez mais inacessíveis aos consumidores dos seguros patrimoniais e o declínio da importância dos seguros de vida, particularmente entre os mais jovens.

“As companhias de seguros encontram-se num ponto de inflexão”, afirmou Francisco Montenegro, partner da Bain & Company. “Nos últimos anos, assistimos a aumentos de prémio nos seguros de Property & Casualty (P&C) e a vendas de anuidades no setor dos seguros de vida impulsionadas pelas taxas de juro. Embora o capital e os balanços permaneçam razoavelmente fortes, surgiram vários desafios e a rentabilidade ficou sob pressão em muitas linhas de negócio de seguros. As seguradoras terão de ser proativas e agir o quanto antes se quiserem contornar estes impactos”.

Por um lado, as previsões quanto ao futuro da atividade seguradora abalam a confiança dos investidores quanto às perspetivas de crescimento das seguradoras Vida e P&C americanas. Avaliações às seguradoras norte-americanas sugerem um declínio de rentabilidade ou perdas ocultas que ainda não foram registadas às empresas do ramo Vida e as do P&C. Por outro lado, os investidores estão mais otimistas em relação às seguradoras do ramo Vida dos mercados emergentes.

Quanto aos sinistros, as seguradoras enfrentam a ameaça da escalada dos custos com sinistros cibernéticos a nível mundial. Prevê-se que os custos dos danos provocados pelo ransomware a nível mundial aumentem para mais de 250 mil milhões de dólares (220 mil milhões de euros) nos próximos seis anos e que as medidas individuais das seguradoras não sejam suficientes para fazer face aos riscos futuros, alerta a Bain.

“Em todo o setor segurador, a prevenção de riscos é uma componente cada vez mais crítica da estratégia”, comentou Francisco Montenegro. O especialista indica os caminhos a seguir: “os riscos de catástrofes cibernéticas terão de ser partilhados e as parcerias público-privadas terão de se expandir para promover a prevenção”, afirma.

Há contudo inovações tecnológicas que se apresentam como uma oportunidade para a indústria seguradora, como é o caso da rápida proliferação de dados não estruturados e a ascensão da Inteligência Artificial (IA).

Para Bain & Company o aproveitamento dos dados oferece às seguradoras uma “oportunidade única” para melhorar a acessibilidade e os preços dos seus seguros.

A empresa estima que as melhorias do setor impulsionados pela IA permitirão às seguradoras obter um crescimento de receita de 10% e 15%, uma poupança de até 30% nas despesas operacionais e uma redução entre 30% e 50% nas perdas desnecessárias com sinistros de P&C (que ocorrem por erros, ineficiências ou sinistros fraudulentos)

Outro tema mencionado no estudo é a forma como o aparecimento de produtos fora do setor segurador que procuram responder às necessidades impostas pelas alterações climáticas deverá impactar os modelos de risco das seguradoras. O estudo dá o exemplo dos carros elétricos e autónomos que deverão transformar a dinâmica do risco e da responsabilidade e a forma de lidar com o crescente desequilíbrio dos rendimentos da reforma.

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Seguros de risco transacional e M&A cresceram 8% em 2024

  • ECO Seguros
  • 13 Abril 2025

A Marsh reporta crescimento robusto da procura por seguros de risco transacional, com aumento da atividade em tecnologia, saúde e energias renováveis. A América Latina e África ganham relevância.

A Marsh, empresa de corretagem de seguros e gestão de risco, revelou que o mercado de seguros de risco transacional aumentou 8% no volume global de transações, alcançando os 3,4 mil milhões de dólares a nível global, refletindo o reforço do papel destas soluções na mitigação de riscos associados a transação complexas.

O seguro de risco transacional é uma modalidade de proteção que cobre riscos associados a transações financeiras ou comerciais, especialmente em contextos de fusões e aquisições (M&A).

Pedro Pereira, Líder de Private Equity, M&A e Linhas Financeiras da Marsh Portugal: O ano passado foi um marco para o seguro de risco transacional, com uma recuperação significativa da atividade global de fusões e aquisições e um reconhecimento crescente do valor das soluções de seguro na gestão de riscos transacionais.

O relatório “Transactional Risk Insurance 2024: Year in Review” (em português, “Seguro de riscos transaccionais 2024: Ano em análise”) indica que no último ano a Marsh colocou limites de seguro de risco transacional no valor de 67,8 mil milhões de dólares (cerca de 60 mil milhões de euros) em mais de 2.750 apólices — um crescimento de 38% face a 2023.

"O ano passado foi um marco para o seguro de risco transacional, com uma recuperação significativa da atividade global de fusões e aquisições e um reconhecimento crescente do valor das soluções de seguro na gestão de riscos transacionais. Apesar da incerteza geopolítica e dos seus impactos adversos na atividade global de M&A, mantemos uma perspetiva otimista quanto ao crescimento contínuo deste mercado e ao seu papel na facilitação de transações bem-sucedidas em diversos setores”

Pedro Pereira, Líder de Private Equity, M&A e Linhas Financeiras da Marsh Portugal.

O dinamismo do setor foi particularmente visível nas áreas de tecnologia, saúde e energias renováveis, onde os níveis de subscrição se aproximaram de máximos históricos. Em paralelo, os mercados emergentes, nomeadamente América Latina e África, demonstraram um papel cada vez mais relevante, impulsionados pela evolução da capacidade dos seguradores locais para apoiar transações transfronteiriças.

Preços em queda, capacidade em alta

O mercado manteve-se favorável aos compradores no ano passado, com reduções de preços de dois dígitos nas camadas primárias de cobertura, transversalmente às várias geografias.

A capacidade de subscrição também se manteve robusta a nível global, com limites de até mil milhões de dólares disponíveis normalmente para transações individuais na América do Norte e Europa. Ainda assim, o final de 2024 trouxe um maior conservadorismo por parte dos seguradores na concessão de limites, como resposta ao aumento da sinistralidade, sobretudo em programas de maior dimensão.

Os sinistros de seguro de risco transacional aumentaram 20% na América do Norte e 30% na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), mantendo-se estáveis na Ásia e com uma ligeira queda no Pacífico face a 2023.

Portugal acompanha tendência de recuperação

Em Portugal, o comportamento do mercado refletiu a dinâmica global. Segundo Sebastião Lorena, Especialista de Private Equity e M&A da Marsh Portugal, o ínicio do ano registou uma quebra significativa na atividade, seguida de uma retoma gradual e um aumento consistente da procura” embora mais contido do que noutros países europeus e nos EUA”.

“Ainda assim, continuámos a observar uma maior procura por soluções de seguro de risco transacional, visível tanto no aumento do número de apólices colocadas, como na crescente diversidade dos setores de atividade das entidades alvo das transações — uma tendência em crescimento contínuo nos últimos cinco anos”, afirma Sebastião Lorena, Especialista de Private Equity e M&A da Marsh Portugal.

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