Ganhos da Galp e do BCP impedem queda mais expressiva da bolsa

Praça portuguesa acompanhou as descidas das congéneres europeias, numa sessão marcada pelos ataques israelitas ao Irão, que estão a pressionar a negociação.

A bolsa portuguesa encerrou a sessão desta sexta-feira no vermelho, a acompanhar o sentimento negativo que marcou a negociação nas praças do Velho Continente, após os ataques israelitas no Irão. As subidas da Galp e do BCP estiveram a impedir uma descida mais pronunciada do índice de referência nacional.

O índice PSI terminou o dia a desvalorizar 0,69% para 7.475,67 pontos, com 11 títulos em alta e quatro em queda. Na Europa, o dia também foi de perdas. As principais praças fecharam com quedas acima de 1%, com os investidores a temerem uma escalada do conflito no Médio Oriente, após o exército de Israel atacou esta sexta-feira Teerão, tendo como alvo instalações nucleares e militares.

A pressionar a sessão em Lisboa estiveram as quedas da EDP Renováveis. A empresa caiu 2,31% para 9,50 euros, enquanto a casa-mãe cedeu 0,61% para 3,609 euros.

Com quedas acima de 2% fecharam ainda a Mota-Engil e os CTT, a desvalorizarem 2,54% para 4,072 euros e 2,29% para 7,26 euros, respetivamente.

Em sentido oposto, a petrolífera Galp subiu 0,54% para 15,78 euros, com a empresa a beneficiar com a escalada dos preços do petróleo esta sexta. A matéria-prima segue a disparar perto de 7% para negociar em máximos de quase cinco meses.

Já o BCP subiu 0,45% para 67,44 cêntimos, no dia em que foi anunciada a venda do Novobanco aos franceses do grupo BPCE, num negócio de 6,4 mil milhões de euros.

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DBRS: Venda do Novobanco aos franceses do BPCE traz “menos obstáculos” e menos implicações na banca nacional

Agência de rating considera que o acordo da Lone Star com o grupo francês revelou-se a melhor solução, em alternativa à venda a outro banco português ou aos espanhóis do CaixaBank.

A agência de notação financeira DBRS considera que a venda do Novo Banco aos franceses do Groupe BPCE, por 6,4 mil milhões de euros, é a solução que tem implicações “mais limitadas” para o sistema bancário português e a que enfrenta “menos obstáculos”, face às alternativas que existiam quer de outros bancos na país, quer de concorrentes espanhóis.

“As implicações para o sistema bancário português com este acordo são mais limitadas do que com resultados alternativos, incluindo a perspetiva de concorrentes nacionais ou espanhóis adquirirem o Novobanco“, considera a DBRS, num primeiro comentário à venda do Novobanco aos franceses do BPCE.

A Lone Star informou esta sexta-feira que assinou um Memorando de Entendimento para vender o Novobanco ao franceses do Groupe BPCE numa transação que avalia 100% do banco em 6,4 mil milhões de euros, confirmando a notícia avançada pelo ECO em primeira mão.

Num comentário ao negócio, a agência de notação financeira realça que “o setor bancário português já é muito competitivo e não necessitava urgentemente de consolidação doméstica adicional, e a perspetiva de os bancos espanhóis fazerem novas incursões no mercado português parecia complicada devido à política em toda a Península Ibérica“.

Esperamos que a penetração do BPCE no mercado português enfrente menos obstáculos”, realça a DBRS, destacando que o interesse demonstrado por vários grupos nacionais e estrangeiros no Novobanco mostra “a confiança renovada no sistema bancário português“.

A DBRS realça ainda que esta transação marca “o culminar de uma transformação plurianual do Novobanco e representativa da mudança estrutural do setor bancário português em geral”, recordando que o banco surgiu do colapso do BES, no verão de 2014.

Os especialistas elogiam ainda a evolução registada pelo Novobanco nos últimos anos, referindo que o Novobanco se tornou um dos bancos “mais eficientes e rentáveis na Europa”, apresentando-se hoje com ativos com maior qualidade e menos risco. Já os créditos não produtivos — Non-Performing Loan (NPL) — caíram para 3,3% no final de 2024, abaixo dos 12,8% em 2019, aponta.

A DBRS considera, por isso, que, para o BPCE, a aquisição do Novobanco, “uma marca altamente rentável num mercado estável e em crescimento” contribui para o plano estratégico do grupo francês para diversificar as operações fora do seu mercado doméstico.

(Notícia atualizada às 17:33)

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MNE iraniano considera o ataque de Israel “uma declaração de guerra”

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano reafirma o direito do Irão à autodefesa que responderá "com firmeza e de forma proporcional" ao ataque israelita.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano considerou o ataque de Israel na madrugada desta sexta-feirauma declaração de guerra contra a República Islâmica do Irão” por parte do “regime mais terrorista do mundo”, que já ultrapassou “todas as linhas vermelhas”.

“Estas ações coordenadas equivalem a uma declaração de guerra contra a República Islâmica do Irão e fazem parte de um padrão de comportamento ilegal e desestabilizador por parte de Israel na região, que representa uma grave ameaça à paz e à segurança internacionais”, afirmou Abbas Araqchi, num comunicado sobre as ações de Israel.

Araqchi advertiu que o Irão reafirma o seu direito inerente à autodefesa e responderá “com firmeza e de forma proporcional” ao ataque israelita.

O exército israelita atacou esta sexta-feira de madrugada cerca de 100 alvos no Irão, incluindo altos comandos militares e cientistas nucleares, mas também instalações sensíveis como a principal central de enriquecimento de urânio em Natanz, no meio da controvérsia sobre o programa nuclear iraniano.

Este “ato de agressão ilegal e hostil”, segundo Araqchi, “deliberadamente e de forma imprudente, agrava uma crise que viola de forma flagrante a Carta das Nações Unidas e as normas mais fundamentais do direito internacional”.

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Só Lisboa, Aveiro e Porto estão acima da média nacional no índice de competitividade

As regiões com maior competitividade do país situam-se no Litoral: Lisboa, Porto e Aveiro. O Alentejo Litoral mantém o quarto lugar de 2021.

A Grande Lisboa, a Região de Aveiro e a Área Metropolitana do Porto (AMP) foram as únicas sub-regiões do país que ficaram acima da média nacional no índice de competitividade em 2023, com a capital a manter uma grande distância para as restantes. Já o Alentejo Litoral permanece na quarta posição conquistada na análise de 2021 entre as 26 sub-regiões existentes, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As sub-regiões NUTS III [Nomenclatura de Unidade Territorial] com um índice de competitividade mais elevado concentram-se no Litoral do Continente. “No índice de competitividade, apenas três sub-regiões superavam a média nacional: a Grande Lisboa (116,30), com posição destacada, a Região de Aveiro (107,18) e a Área Metropolitana do Porto (106,60)”, avança o gabinete de estatística nacional. “A competitividade apresentava a maior disparidade regional entre as três dimensões de desenvolvimento regional”, detalha.

O interior continental apresentava um índice de competitividade menor quando comparado com o litoral continental.

Fonte INE13 junho, 2025

No que diz respeito ao desenvolvimento regional, o número de sub-regiões NUTS III, que corresponde a regiões intermunicipais e áreas metropolitanas, já sobe para cinco a superar a média nacional: a Grande Lisboa (107,77), a AMP (103,33), a Região de Aveiro (101,51), a Região de Coimbra (100,97) e o Alto Minho (100,61), segundo o Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR). Este índice é calculado anualmente para as regiões NUTS III do país e tem em conta três dimensões: competitividade, coesão e qualidade ambiental. Os resultados do ISDR estão de acordo com a nova Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins estatísticos.

No que concerne ao índice de coesão, já sobem para nove as regiões NUTS III, ainda que com maior incidência no Litoral do Continente, a superarem a média nacional. Apesar de refletir um retrato territorial mais equilibrado do que o constatado nos níveis de competitividade, são a Grande Lisboa (108,84), a Região de Coimbra (106,09) e o Cávado (104,89) que apresentam os índices de coesão mais elevados. Seguem-se a AMP (102,21), Alto Minho (101,66), a Região de Coimbra (106,09), a Região de Leiria (101,94), o Médio Tejo (101,00) e a Região de Aveiro (100,90), o Alentejo Central (102,17).

Por oposição, a Região Autónoma dos Açores, o Douro, o Baixo Alentejo, o Alentejo Litoral, o Alto Tâmega e Barroso e a Beira Baixa apresentam os índices de coesão mais baixos.

Fonte INE

Na dimensão de qualidade ambiental surgem logo à cabeça as sub-regiões do Interior do Continente e as Regiões Autónomas, precisamente o oposto do índice de competitividade liderado por três regiões do Litoral do país. “A média nacional era superada por 14 sub-regiões NUTS III, verificando-se uma disparidade regional menor do que a observada para a competitividade e a coesão”. Terras de Trás-os-Montes (112,68) era a sub-região com maior índice de qualidade ambiental, seguida da Região Autónoma dos Açores e do Alto Alentejo.

Entre as 12 sub-regiões com índices de qualidade ambiental abaixo da média nacional, constam seis das 10 mais competitivas: Grande Lisboa, Região de Aveiro, Alentejo Litoral, Cávado, Península de Setúbal e Região de Leiria.

Fonte INE13 junho, 2025

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Venda do Novobanco aos franceses com via aberta em Lisboa e Frankfurt

O francês Groupe BPCE comprou o Nobobanco por 6,4 mil milhões de euros. O negócio ainda terá de ser aprovado pelas autoridades, mas não se antecipam entraves.

A venda do Novobanco aos franceses do Groupe BPCE não deverá levantar muitos obstáculos em Lisboa e Frankfurt, onde este negócio de 6,4 mil milhões de euros ainda deverá ter de ser examinado e aprovado pelas autoridades antes de ser concretizado.

O fundo americano anunciou esta sexta-feira que assinou um acordo para a venda do Novobanco com o grupo bancário francês (confirmando uma notícia avançada pelo ECO em primeira mão) que já tem uma forte presença em Portugal, através do centro de desenvolvimento tecnológico do Natixis, localizado no Porto, e que emprega perto de 3.000 trabalhadores.

Os reguladores financeiros – incluindo Banco de Portugal e Banco Central Europeu (BCE) — terão de analisar a transação. Mas aqui não se esperam que sejam levantados entraves. Pelo contrário.

Em conferência de imprensa após o anúncio da transação, Nicolas Namias, CEO do BPCE, abordou a questão. “Sim, é claro que falámos com o Banco Central Europeu. Não vou comentar a minha discussão bilateral com o BCE, mas o que penso é que a aquisição está totalmente em linha com o que o BCE defende, que é a consolidação bancária europeia”.

“Por isso, penso que, do ponto de vista dos princípios, o projeto se enquadra perfeitamente nas expectativas do BCE”, adiantou.

O BPCE já opera no mercado europeu e é inclusivamente supervisionado pelo Mecanismo Único de Supervisão. Ou seja, não há dúvidas sobre a idoneidade e capacidade do comprador.

Por outro lado, o BCE (e a Comissão Europeia) tem incentivado este tipo de operações transfronteiriças no sentido de criar bancos maiores na região do euro e com escala para competirem com os grandes bancos americanos.

Na apresentação aos jornalistas, Namias disse que o Group BPCE espera assinar os documentos jurídicos no terceiro trimestre deste ano e completar a compra na primeira metade de 2026.

Nicolas Namias

 

Concorrência também não levantará problemas

A Lone Star prepara-se para vender a sua participação de 75% que comprou no Novobanco em 2017 por mil milhões de euros, mas não vai sozinho. Vai “arrastar” para o negócio os outros dois acionistas do banco — Fundo de Resolução e Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), que detêm em conjunto 25% — ao abrigo de um acordo celebrado em dezembro passado aquando do fim do mecanismo de capital contingente.

O chamado ‘side agreement’ inclui uma ‘drag option’ que dá à Lone Star a prerrogativa de obrigar os outros dois acionistas a participarem na operação.

Em contrapartida, ao abrigo deste acordo, Fundo de Resolução e Estado asseguraram que vendem as suas participações nos mesmos termos do acionista principal, nomeadamente o preço (mecanismo tag along). Confirmando-se o valor de sete mil milhões, poderão arrecadar 975 milhões de euros e 825 milhões, respetivamente.

Por outro lado, o negócio com os franceses dissipa o risco de aumento da influência espanhola na banca portuguesa, como aconteceria caso o Novobanco fosse vendido ao Caixabank. Esse era um receio que o Governo português já tinha sinalizado através do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

Do ponto de vista da concorrência, a operação também não deverá levantar problemas junto da Autoridade da Concorrência. O BPCE não tem atividade de banca de retalho em Portugal. Pelo que não existe o risco de concentração de mercado que poderia haver caso o Novobanco passasse para as mãos da Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP ou Santander.

Atualmente, o mercado português está concentrado nos cinco principais bancos. O Novobanco é o quarto maior, atrás da CGD, BCP e Santander, com uma quota de mercado de 10%.

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União Europeia já doou quase 150 mil milhões de euros à Ucrânia desde o início da guerra

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

Comissão Europeia desembolsou esta sexta-feira a quinta parcela do seu empréstimo excecional de assistência macrofinanceira à Ucrânia, no valor de mil milhões de euros.

A Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira uma nova parcela de assistência macrofinanceira à Ucrânia no valor de mil milhões de euros, com as doações ao país, desde a invasão russa, a ascenderem a quase 150 mil milhões.

“A Comissão Europeia desembolsou hoje a quinta parcela do seu empréstimo excecional de assistência macrofinanceira à Ucrânia, no valor de mil milhões de euros, reforçando ainda mais o papel da UE como o maior doador da Ucrânia desde o início da guerra de agressão da Rússia, com um apoio global que se aproxima dos 150 mil milhões de euros”, indicou a instituição, em comunicado.

Estes mil milhões de euros agora mobilizados fazem parte de um bolo de 18,1 mil milhões de euros, que representa a contribuição da UE para a iniciativa de empréstimos liderada pelo G7 que, no conjunto, visa conceder cerca de 45 mil milhões de euros de apoio financeiro à Ucrânia.

Estes empréstimos deverão ser reembolsados utilizando as receitas provenientes dos bens imobilizados do Estado russo detidos na UE.

Estes ativos congelados, que incluem reservas do banco central russo e outros ativos financeiros, totalizam cerca de 200 mil milhões de euros, sendo que a maioria encontra-se depositada em instituições financeiras europeias, sobretudo na Bélgica.

Com este último pagamento agora realizado, o total de empréstimos concedidos pela Comissão Europeia à Ucrânia ao abrigo desta assistência macrofinanceira atinge sete mil milhões de euros desde o início de 2025.

Desde o início da invasão russa em 2022, a União Europeia tem prestado um apoio significativo à Ucrânia, tanto ao nível humanitário como económico e militar. Este apoio visa reforçar a resiliência ucraniana face à agressão e apoiar a sua integração progressiva nas estruturas europeias.

Paralelamente, o G7 anunciou recentemente um empréstimo substancial à Ucrânia, no valor de cerca de 50 mil milhões de dólares (mais de 45 mil milhões de euros). Esta medida representa um compromisso sólido das principais economias mundiais para com a recuperação e estabilidade da Ucrânia a longo prazo, reforçando a solidariedade internacional contra a violação da soberania territorial.

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Antigo Hotel Bragança reabilitado por 3 milhões de euros em Coimbra. Abre no verão de 2026

A família Madeira, dona do Hotel Oslo, em Coimbra, vai assumir a reabilitação do antigo Hotel Bragança com um investimento a rondar os três milhões de euros.

Num investimento de três milhões de euros, o antigo Hotel Bragança, na zona universitária de Coimbra, vai ser requalificado com vista à sua modernização e reabilitação da fachada do edificado. A obra deverá estar concluída em meados de 2026.

Situada na zona de proteção à área classificada da Unesco da Universidade de Coimbra, a unidade hoteleira é propriedade da família Madeira, dona do Hotel Oslo, situado nas imediações, que entregou a obra à construtora de Guimarães, Cari.

O Hotel Bragança deverá estar a funcionar com a classificação de quatro estrelas, no verão de 2026.

Este projeto contempla a reabilitação da fachada original e a construção de mais 88 quartos, alguns deles com minicozinha incorporada, uma zona de restauração no último piso, dotada de rooftop com vista para o rio, duas salas de trabalho. O programa arquitetónico inclui ainda uma zona de lazer com piscina, balneário, ginásio e sauna no piso -1. Está prevista a instalação de painéis fotovoltaicos na cobertura.

Antigo Hotel Bragança, em Coimbra13 junho, 2026

“A reabilitação do Hotel Bragança irá proporcionar um maior conforto, sensação e experiência ao turismo”, assinala João Rodrigues, da direção de obra da Cari Construtores. Considera mesmo que esta empreitada “tem uma enorme importância ao nível da cidade e da zona ribeirinha, oferecendo uma maior oferta turística”.

Entretanto, a família Madeira também comprou o prédio da antiga loja Feira Móveis, na Rua António Gran­jo, para transformar num espaço dedicado a escritórios, segundo avança o jornal Diário de Coimbra.

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Marinha assina acordo com gigante sul-coreana para desenvolver novos submarinos

Grupo sul-coreano HD Hyundai Heavy Industries e Marinha Portuguesa planeiam desenvolver em conjunto um modelo de submarino de pequeno porte.

A Marinha Portuguesa e a HD Hyundai Heavy Industries assinaram um memorando de entendimento (MoU) para estabelecer uma “parceria estratégica” no desenvolvimento de novos submarinos. O acordo foi rubricado durante a exposição de Defesa Marítima 2025 (MADEX), em Busan, na Coreia do Sul. Em causa estão submarinos de pequeno porte.

​O acordo visa promover a colaboração entre as duas entidades na partilha de informação nas áreas de interesse mútuo, nomeadamente, no desenvolvimento de conceitos técnicos relacionados com a construção e reparação naval”, resume a Marinha Portuguesa numa publicação do Linkedin.

Por sua vez, em comunicado, os sul-coreanos afirmam que “com base na confiança mútua estabelecida por meio desta parceria estratégica, a HD Hyundai e a Marinha Portuguesa planeiam desenvolver em conjunto um pequeno modelo de submarino no futuro“.

Ju Won-ho (chefe de negócios de navios especiais da HD Hyundai Heavy Industries) e Fernando Pires (chefe do Estado-Maior da Armada)

A empresa sul-coreana apresentou três tipos de submarinos para exportação na MADEX25 em Busan, um com 2.300 toneladas, o segundo com 1.500 e um terceiro com 800.

A Marinha Portuguesa tem dois submarinos da Classe Tridente (NRP Arpão e o NRP Tridente), mas ambos estão parados nos estaleiros.

Tanto o anterior Chefe do Estado-Maior, Henrique Gouveia e Melo, que se vai candidatar à Presidência da República, como o atual ocupante do cargo (Almirante Jorge Nobre de Sousa) têm vindo a apelar à aquisição de mais dois submarinos, admitindo que poderiam ser do mesmo tamanho ou menores que o Tridente, numa altura em Portugal é o quinto país da UE que menos gasta do PIB para defesa.

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Euribor sobe a três e a seis meses e desce no prazo mais longo

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

Esta sexta-feira, as taxas Euribor subiram a três e a seis meses para 2,004% e 2,056%, respetivamente. No prazo mais longo (12 meses), caíram para 2,084%.

A Euribor subiu esta sexta-feira a três e a seis meses, voltando a superar os 2% no prazo mais curto, e desceu a 12 meses em relação a quinta-feira. Com estas alterações, a taxa a três meses, que aumentou para 2,004%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,056%) e a 12 meses (2,084%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu 0,004 pontos, para 2,056%.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor baixou 0,006 pontos face a quinta-feira, para 2,084%.
  • Quanto à Euribor a três meses, que estava abaixo de 2% desde 30 de maio, voltou a superar este nível, subindo para 2,004%, um aumento de 0,029 pontos face ao dia anterior e após ter batido na quarta-feira um novo mínimo desde 25 de novembro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.

O Banco Central Europeu (BCE) reuniu-se na semana passada em Frankfurt, Alemanha, e desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%. Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano. A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Agressão “indefensável” a candidato autárquico no Porto provoca demissão na campanha de Pedro Duarte

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Junho 2025

Vasco Ribeiro, ex-chefe de gabinete de Rui Moreira, já apresentou a demissão do cargo de diretor de comunicação da candidatura do social-democrata Pedro Duarte à Câmara do Porto.

Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara do Porto e candidato independente nas próximas eleições autárquicasScaleUp Porto

O vice-presidente da Câmara do Porto e candidato independente à presidência da autarquia, Filipe Araújo, queixa-se de ter sido agredido por Vasco Ribeiro, ex-chefe de gabinete de Rui Moreira e até agora responsável da comunicação da candidatura de Pedro Duarte (PSD) ao município.

A agressão, que aconteceu esta madrugada durante o festival Primavera Sound, foi denunciada em comunicado por Filipe Araújo, que concorre às próximas eleições autárquicas na cidade Invicta através do movimento independente “Fazer à Porto”.

“Durante o evento, Vasco Ribeiro aproximou-se de Filipe Araújo, iniciando uma conversa. De forma súbita e violenta, agarrou o candidato e desferiu-lhe um murro no rosto, seguido do lançamento de um copo”, descreve o comunicado, acrescentando que “como resultado da agressão, Filipe Araújo sofreu escoriações na cara“.

Vasco Ribeiro

Vasco Ribeiro foi chefe de gabinete do ainda presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, entre outubro de 2021 e janeiro deste ano. Abandonou o cargo para ficar responsável pela comunicação da campanha do social-democrata Pedro Duarte à autarquia portuense.

Numa publicação no Facebook, Vasco Ribeiro recusa ter sido uma “agressão gratuita”. “O que ocorreu na noite anterior, e do qual não me orgulho, foi uma discussão acalorada em torno de um antigo assunto relacionado com a minha saída da Câmara Municipal do Porto, que degenerou em insultos e empurrões de parte a parte”, descreve.

A atitude do diretor de comunicação da minha campanha, Vasco Ribeiro, é indefensável e não reflete, de forma alguma, os valores que defendo nem a postura que quero para esta candidatura e sobretudo para a cidade.

Pedro Duarte

Candidato do PSD à Câmara do Porto

Entretanto, Vasco Ribeiro já apresentou a demissão do cargo de diretor de comunicação da candidatura de Pedro Duarte à Câmara do Porto. Num comunicado enviado às redações, o candidato social-democrata explica que o pedido de demissão foi apresentado na sequência das acusações de agressão a Filipe Araújo, com Pedro Duarte a repudiar “de forma clara e inequívoca qualquer forma de violência, física ou verbal, no espaço público ou privado”.

“A atitude do diretor de comunicação da minha campanha, Vasco Ribeiro, é indefensável e não reflete, de forma alguma, os valores que defendo nem a postura que quero para esta candidatura e sobretudo para a cidade. A violência nunca será uma forma legítima de resolver qualquer tipo de divergência”, acrescenta Pedro Duarte, que deve liderar uma coligação com a Iniciativa Liberal.

O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares considera, por outro lado, que a demissão de Vasco Ribeiro “[coloca] os interesses da candidatura e do debate democrático acima de quaisquer interesses pessoais”. Pedro Duarte dá este assunto como “encerrado com a devida seriedade e responsabilidade que a situação exige”.

Pedro Duarte, candidato do PSD à Câmara do PortoJOSÉ COELHO/LUSA 21 março, 2025

Segundo o Jornal de Notícias, a agressão terá ocorrido na tenda VIP do festival de música Primavera Sound, que decorre no Parque da Cidade, no Porto, até domingo. A PSP “foi prontamente acionada” após alerta da equipa de segurança do evento, tendo comparecido no local e tomado conta da participação da ocorrência. Filipe Araújo disse que esta sexta-feira vai apresentar queixa “por ofensas à integridade física junto das autoridades competentes”.

“Há 12 anos que me dedico diariamente ao Porto e nunca tinha assistido a tal comportamento. Não me deixarei condicionar por nada nem por ninguém”, afirma Filipe Araújo, citado na nota enviada às redações esta manhã, prometendo continuar “com a mesma determinação de sempre, a trabalhar pelo Porto e pelos portuenses”.

No comunicado, o movimento independente liderado por Filipe Araújo condena o que considera ser um “ato lamentável” e aponta que “a política serve para unir, não para atacar; faz-se com ideias, não com murros; respeita-se quem pensa diferente, não se intimida”. “Quando se recorre à agressão, é porque já se perdeu a razão“, atira.

Há 12 anos que me dedico diariamente ao Porto e nunca tinha assistido a tal comportamento. Não me deixarei condicionar por nada nem por ninguém.

Filipe Araújo

Vice-presidente da Câmara do Porto e candidato independente às próximas eleições

Também o candidato do PS à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, já veio a público condenar a agressão. “Condeno em absoluto a agressão cobarde ao vice-presidente da Câmara e candidato às próximas eleições Filipe Araújo, durante o festival Primavera Sound, por parte de um destacado dirigente da candidatura do PSD. Já tive oportunidade de lhe apresentar a minha solidariedade e não posso deixar de publicamente condenar com veemência o sucedido”, escreveu o socialista na rede social Facebook.

“Repudio totalmente a violência, que é ainda mais incompreensível e condenável em contexto político. Não posso admitir que o ódio e a agressão física contaminem o saudável debate político na cidade do Porto, a cidade da Liberdade. Continuarei a fazer campanha com alegria, tranquilidade e elevação. Usarei de todos os meios e de todas as minhas forças para combater esta forma básica e grosseira de estar na política”, acrescentou Pizarro.

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Airbnb culpa hotéis por excesso de turismo nas cidades europeias, incluindo em Lisboa

Em Lisboa, mais concretamente na freguesia de Santo António, existem aproximadamente três quartos de hotel para cada cinco residentes locais.

A Airbnb acusa os hotéis de serem os principais responsáveis pelo turismo de massa nas dez cidades mais visitadas da União Europeia (UE), incluindo Lisboa, contabilizando que quase 80% das dormidas na União Europeia (UE) acontecem nesses estabelecimentos.

A plataforma dá o exemplo de Praga e de Lisboa (freguesia de Santo António), em que diz existirem aproximadamente três quartos de hotel para cada cinco residentes locais. Isto numa altura em que a União Europeia ultrapassou as 3 mil milhões de noites em alojamentos turísticos no ano passado, um novo recorde.

Em comunicado, a Airbnb apela aos líderes das dez cidades mais visitadas da UE (Paris, Roma, Barcelona, Madrid, Berlim, Lisboa, Milão, Amesterdão, Viena e Praga) para que “enfrentem o impacto devastador dos hotéis no aumento do turismo excessivo”.

Só o ano passado abriram 289 novos hotéis na Europa, com um total de 38.681 quartos. No final de 2024, esse impulso continuou com 1.661 projetos hoteleiros em andamento em toda a Europa, adicionando quase 250.000 quartos de hotel que estão em construção ou em fase de planeamento. Muitos desses empreendimentos estão em cidades turísticas como Madrid, Lisboa e Porto.

“A Europa precisa de mais casas – não de hotéis –, mas as cidades estão a construir mais hotéis, já que a construção de habitação no espaço europeu aproxima-se do menor nível da década”, reclama a plataforma no mesmo comunicado.

O estudo divulgado na quinta-feira, que compila dados do Eurostat e da Organização Mundial do Turismo, mostra ainda que entre 2021 e 2023, as dormidas nas dez cidades mais visitadas da UE aumentaram em mais de 200 milhões — ou 2,5 vezes —, com os hotéis a serem responsáveis por por 75% desse crescimento.

A Airbnb recorda ainda o impacto económico “significativo” do alojamento local, mencionando que por cada euro gasto pelos hóspedes da plataforma em Portugal são gerados 2,5 euros adicionais em negócios e serviços próximos.

Outra das críticas é o facto de os hotéis estarem concentrados essencialmente nos centros urbanos, enquanto mais de metade das dormidas (59%) da plataforma Airbnb aconteceram fora dos centros urbanos.

A plataforma destaca ainda que as companhias aéreas e os cruzeiros também contribuem significativamente para o fluxo de turistas para os centros históricos. A título de exemplo, a Airbnb contabiliza que em Lisboa, Amesterdão e Barcelona, o número de passageiros de cruzeiros aumentou mais de 50% entre 2022 e 2023. Em Lisboa, o aumento entre 2022 e 2023 foi de 54%, atingindo o recorde histórico de 758.328 passageiros.

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Portugal entre os países da UE que escapam à quebra mensal na produção industrial

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Junho 2025

Em abril, Portugal contrariou a tendência de descida da produção industrial observada na UE e na Zona Euro, registando um aumento de 1,1%. Porém, em termos homólogos, teve uma queda de 2,4%.

A produção industrial recuou em abril na Zona Euro e na União Europeia (UE) na comparação com o mês anterior. Em contraciclo com os dados gerais no bloco comunitário, Portugal integra a lista dos 18 países que registaram um aumento mensal (+1,1%), segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.

De acordo com o serviço estatístico europeu, a produção industrial caiu 2,4% na área da moeda única e 1,8% na UE face a março.

Fonte: Eurostat

Na variação em cadeia, os maiores avanços foram registados na Dinamarca (+3,5%), no Luxemburgo (+3,2%), na Croácia e na Suécia (ambas +2,5%), enquanto os recuos mais acentuados observaram-se na Irlanda (-15,2%), em Malta (-6,2%) e na Lituânia (-3,0%).

Já em termos homólogos, a produção industrial aumentou 0,8% na Zona Euro e 0,6% na União Europeia no mês de abril, sendo que Portugal, novamente em contraciclo, teve o sexto maior recuo (-2,4%).

Neste caso, os maiores aumentos anuais verificaram-se na Irlanda (+18,4%), na Finlândia (+10,2%) e na Croácia (+6,5%), enquanto as principais descidas foram observadas na Dinamarca (-11,6%), na Bulgária (-10,5%) e na Eslovénia (-4,6%).

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