Bolsa de Lisboa fecha am alta ‘puxada’ pelas energéticas

  • Lusa
  • 10 Junho 2025

A bolsa de Lisboa fechou a ganhar 0,94%, para 7.495,22 pontos, impulsionada pelas energéticas, num dia em que, pela Europa, os mercados encerraram em terreno misto.

A bolsa de Lisboa fechou a ganhar 0,94%, para 7.495,22 pontos, impulsionada pelas energéticas, num dia em que, pela Europa, os mercados encerraram em terreno misto. Das 15 cotadas que integram o índice PSI, 12 fecharam em alta e três desceram, com as perdas a serem lideradas pela Mota-Engil, que recuou 3,50%.

Pela Europa, o sentimento foi misto, com Frankfurt a cair 0,77% e Madrid a recuar 0,21%.

Em sentido oposto, Londres fechou a ganhar 0,24% e Paris 0,17%.

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Banco Mundial revê em baixa previsões para 2025 e alerta para década de fraco crescimento

"Se não corrigirmos a trajetória, as consequências para os padrões de vida podem ser profundas”, alerta o Banco Mundial.

O Banco Mundial (BM) reviu esta terça-feira em baixa as suas previsões para o crescimento mundial este ano, para 2,3%, alertando que a década de 2020 poderá registar o crescimento mais fraco dos últimos 60 anos.

De acordo com um relatório sobre as perspetivas económicas mundiais publicado esta terça-feira, o crescimento global deverá atingir 2,3% este ano, uma queda de 0,4 pontos percentuais (p.p.) em relação ao que a instituição tinha antecipado no início do ano.

Esta tendência está em linha com as previsões publicadas nos últimos meses pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), confirmando a continuação do abrandamento da economia mundial.

Há apenas seis meses, parecia estar à vista uma aterragem suave (…). Agora parece que estamos a caminhar para uma nova turbulência. Se não corrigirmos a trajetória, as consequências para os padrões de vida podem ser profundas.

Indermit Gill

Economista-chefe do Banco Mundial

Há apenas seis meses, parecia estar à vista uma aterragem suave (…). Agora parece que estamos a caminhar para uma nova turbulência. Se não corrigirmos a trajetória, as consequências para os padrões de vida podem ser profundas”, alertou o economista-chefe do BM, Indermit Gill, numa conferência de imprensa online, citada pela AFP.

Em causa estão os efeitos do aumento das taxas alfandegárias nos Estados Unidos por Donald Trump e a guerra comercial que daí resultou entre Washington e Pequim, com o consequente abrandamento do comércio mundial.

“Devido ao elevado nível de incerteza política e à crescente fragmentação do comércio, as nossas perspetivas para 2025 e 2026 deterioraram-se”, disse Gill.

Embora o Banco exclua o risco de uma recessão este ano, considera que “se as previsões para os próximos dois anos se concretizarem”, a economia mundial registará o seu crescimento médio mais fraco desde a década de 1960 nos primeiros sete anos da década de 2020.

O abrandamento está particularmente concentrado nas principais economias, sobretudo nas mais avançadas.

As perspetivas para a economia dos EUA foram revistas em baixa em quase 1 p.p. em relação a janeiro, prevendo-se agora 1,4% este ano, antes de uma ligeira recuperação para 1,6% em 2026.

As estimativas para economia da zona euro foram também revistas em baixa, em 0,3 pontos percentuais em relação ao relatório anterior, prevendo-se um crescimento de 0,7% este ano e um pouco melhor em 2026, com 0,8%.

As consequências são também muito reais para os países emergentes e em desenvolvimento, que “com exceção da Ásia, são atualmente zonas sem desenvolvimento”, afirmou Gill.

Para estes países, o crescimento médio deverá atingir 3,8% este ano, antes de subir ligeiramente para 3,9% em 2026 e 2027, uma média de 1 p.p. inferior à registada durante a década de 2010, sendo que a inflação deverá manter-se em níveis superiores aos registados antes da pandemia de Covid-19.

O abrandamento é acentuado nos principais países emergentes, com o crescimento chinês a situar-se agora em 4,5% este ano e a abrandar nos dois seguintes, enquanto a Índia está a aguentar-se melhor, com 6,3% em 2025.

O resto do mundo poderá, no entanto, recuperar se as tensões comerciais entre as principais economias mundiais abrandarem, o que teria um efeito positivo ao reduzir a incerteza política e a volatilidade financeira registadas nos últimos meses.

Em particular, se “todos trabalharem de boa-fé”, nomeadamente para “reduzir as barreiras pautais e não pautais com os Estados Unidos”, sublinhou Indermit Gill.

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Apagão cancelou 437 voos e afetou 78 mil passageiros

  • Lusa
  • 10 Junho 2025

O condicionamento do tráfego aéreo teve maior impacto no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, com 348 voos cancelados e 66 mil passageiros afetados.

O apagão elétrico de 28 de abril obrigou ao cancelamento, nos aeroportos nacionais do continente, de 437 voos, afetando um total de 78 mil passageiros, segundo o relatório enviado pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) ao Governo.

O condicionamento do tráfego aéreo teve maior impacto no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, com 348 voos cancelados e 66 mil passageiros afetados“, lê-se numa nota, divulgada pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação.

Já no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, “60 voos foram cancelados e 7 mil passageiros afetados”, tendo no Aeroporto Gago Coutinho, em Faro, sido cancelados 29 voos e mais de 5 mil passageiros afetados. “O impacto nos aeroportos das ilhas foi residual“, destacou.

Segundo o regulador, “a NAV, gestora dos serviços de tráfego aéreo, não interrompeu a prestação de serviços em nenhum momento e que a ANA, gestora da infraestrutura aeroportuária, cumpriu escrupulosamente todas as obrigações”.

O Ministério das Infraestruturas e Habitação recebeu os relatórios pedidos à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) e ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) sobre o impacto do apagão.

Estes relatórios fazem uma “análise do impacto da interrupção geral de fornecimento de energia elétrica em cada um dos três setores” além de elencarem “um conjunto de recomendações e medidas, umas a aplicar no curto prazo, outras de natureza estrutural, com o objetivo comum de melhorar a resposta a cenários de crise”.

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Apagão. Reguladores fazem alertas e deixam recomendações para minimizar impactos

  • Lusa
  • 10 Junho 2025

Os relatórios entregues ao Governo pelos reguladores da aviação, telecomunicações e transportes analisam o impacto do apagão em cada um destes setores, e deixam recomendações.

Os reguladores que entregaram os relatórios sobre os impactos do apagão alertaram para a necessidade de diversificação de encaminhamento das chamadas 112, revisão de contratos com fornecedores de telecomunicações e segurança de autonomia energética mínima nas infraestruturas críticas.

O Ministério das Infraestruturas e Habitação recebeu os relatórios pedidos à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) e ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) sobre o impacto do apagão.

Num comunicado, a tutela indicou que recebeu “no prazo estabelecido os relatórios sobre o impacto do apagão ocorrido no dia 28 de abril de 2025 relativos aos setores da c, pedidos respetivamente à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) e ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT)”.

Estes relatórios fazem uma “análise do impacto da interrupção geral de fornecimento de energia elétrica em cada um dos três setores” além de elencarem “um conjunto de recomendações e medidas, umas a aplicar no curto prazo, outras de natureza estrutural, com o objetivo comum de melhorar a resposta a cenários de crise”.

De acordo com a mesma nota, o Ministério das Infraestruturas e Habitação fará agora “uma análise rigorosa dos relatórios e terá em conta as recomendações e propostas elencadas pelas três entidades, com vista a uma resposta célere e eficaz”.

O Governo pediu relatórios aos reguladores após o impacto do apagão elétrico de 28 de abril, que afetou a Península Ibérica, e cujas causas ainda não foram completamente apuradas.

Anacom quer melhoria nos avisos à população e no funcionamento do 112

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), no relatório que fez sobre os impactos do apagão, recomenda uma “evolução do sistema de avisos à população” e a “diversificação das rotas de encaminhamento das chamadas 112”.

A Anacom indica que “durante o apagão, o acesso ao número de emergência 112 foi fortemente condicionado nas redes fixas, mas manteve-se em funcionamento nas situações em que pelo menos uma rede móvel estava disponível”, tendo sido assim assegurado o encaminhamento de chamadas até ao Ponto de Atendimento de Segurança Pública (PASP).

De acordo com o regulador, “a falha prolongada de energia elétrica provocou um efeito em cascata com impacto direto na operação das redes de comunicações eletrónicas móveis e fixas”, que afetou quer “o acesso aos serviços de emergência, quer as comunicações entre os serviços de emergência, as autoridades e os agentes de proteção civil”.

Esta situação, aliás, levou o Governo, a 1 de maio, “a determinar a realização de um estudo técnico estratégico para a substituição urgente do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP)”, lembrou.

Nas suas recomendações, a Anacom destacou a “avaliação da autonomia dos sistemas de energia de socorro e emergência (baterias e geradores) e definição de tempo mínimo de autonomia para os vários elementos das redes”, apontando ainda a “utilização de sistemas de energia baseados em fontes renováveis”, com o objetivo de “aumentar a autonomia dos ‘cell sites’ em termos de energia socorrida, reduzindo a necessidade de instalação de baterias adicionais”.

O regulador indicou ainda a disponibilização de “meios de comunicações alternativos aos intervenientes e responsáveis na gestão de crises”.

IMT recomenda sistema para desembarque seguro de passageiros na ferrovia

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) recomenda que se estude a viabilidade de instalação de sistema de armazenamento de energia nos comboios de passageiros e metros para garantir um desembarque seguro em caso de falha energética.

No respetivo relatório entregue ao Ministério das Infraestruturas e Habitação sobre os impactos do ‘apagão’, o IMT salienta que este sistema “poderá contribuir para o desembarque em condições de segurança” no caso de eventos como este.

Adicionalmente, o instituto defende a “realização frequente” no setor ferroviário de “simulacros com retirada de passageiros em plena via, túneis e pontes”, assim como de “intervenção e assistência a comboios de passageiros ou de mercadorias imobilizados em plena via, e cujo resguardo em local seguro é impossível”.

No apagão elétrico de 28 de abril, os passageiros de várias composições do metro, nomeadamente em Lisboa, tiveram de ser retirados e evacuados pelos túneis e estações mais próximas, após terem ficado presos a meio do trajeto.

Por outro lado, o IMT indica no seu relatório que a frota de veículos rodoviários de assistência das concessionárias “deve ter acesso prioritário aos postos de abastecimento de combustíveis”, de forma a assegurar o patrulhamento continuado das vias.

Finalmente, recomenda um aumento/consolidação da autonomia energética dos sistemas de Postos SOS das autoestradas. Segundo refere, tal acontece já hoje de forma generalizada, “mas não uniforme”, pelo que deve ser definido um período mínimo de funcionamento autónomo através de fontes de energia alternativa, baterias/UPS ou geradores.

No documento que elaborou após auscultar 31 entidades, o instituto conclui que a integridade das infraestruturas de transporte terrestre e fluvial “não esteve, em nenhum momento, comprometida” durante o ‘apagão’, apesar das perturbações registadas, em particular, no setor ferroviário e na circulação dos três sistemas de metropolitano”.

Ainda assim, alertou para a necessidade de um grau de segurança de autonomia energética mínima nas infraestruturas críticas. Segundo o comunicado divulgado hoje pelo ministério de Miguel Pinto Luz, o impacto no setor ferroviário “foi aligeirado” pela greve da CP, cuja frota de comboios estava 100% parada.

Já nas três infraestruturas de metropolitano (Lisboa, Porto e Sul do Tejo) e na rede ferroviária nacional, a falha de energia elétrica de tração provocou a imobilização de 93 composições, 80 nos metropolitanos e 13 na ferrovia, dos quais sete de passageiros e seis de mercadorias.

ANAC quer rever contratos de telecomunicações

A ANAC recomenda a revisão dos contratos com os fornecedores de serviços de telecomunicações e a “elaboração de planos de contingência específicos para falhas energéticas e de comunicações aplicáveis a todos os aeroportos, companhias aéreas e controlo de tráfego aéreo, empresas de assistência em escala e fornecedores de provisões de bordo e aeroporto”.

Mais defende que é necessário prever, numa renegociação futura dos contratos de concessão, “a inclusão das recomendações apuradas”.

Para a ANAC é ainda necessária a “realização de simulacros conjuntos dos vários ‘stakeholders’ aeroportuários para falhas tecnológicas e energéticas”, bem como “priorizar a alimentação elétrica por fontes que não dependam de combustível”.

O regulador apontou ainda a necessidade de “formação contínua de recursos humanos com foco em falhas tecnológicas e energéticas” e a realização de “campanhas de sensibilização e informação de passageiro sobre o que fazer em caso de falha energética ou tecnológica”.

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Lucros da maior seguradora moçambicana disparam em 2024 para 5 milhões de euros

  • Lusa
  • 10 Junho 2025

A Emose já tinha registado lucros de 595 mil euros em 2023, revertendo então os prejuízos de mais de 16,3 milhões de euros em 2021 e de 719 mil euros em 2022.

Os lucros da Empresa Moçambicana de Seguros (Emose), a maior do país, dispararam em 2024, face ao ano anterior, para 368,1 milhões de meticais (cinco milhões de euros), divulgou esta terça-feira a seguradora estatal.

“As ações implementadas ao longo do ano de 2024, com destaque para a criteriosa gestão prudencial, boa seleção de riscos, redução de custos operacionais, informatização de processos, entre outros, permitiram a consolidação dos rácios financeiros da empresa”, garante a Emose, em comunicado.

A Emose já tinha registado lucros de 43,4 milhões de meticais (595 mil euros) em 2023, revertendo então os prejuízos de mais de 1.193 milhões de meticais (16,3 milhões de euros) em 2021 e de 52,5 milhões de meticais em 2022 (719 mil euros), segundo o relatório e contas passado.

Para o presidente do Conselho de Administração da Emose, Janfar Abdulai, citado no comunicado, os resultados de 2024 são “reconfortantes e promissores face aos objetivos definidos” pela seguradora.

“De acordo com o relatório do Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM), em 2023, a Empresa Moçambicana de Seguros liderou o mercado nacional de seguros”, afirma ainda a Emose.

O Estado moçambicano detém uma participação de 39% diretamente no capital social da Emose, e através do Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE) outra de 31%. Entre outros pequenos acionistas, contam-se ainda a Cooperativa dos Gestores Técnicos e Trabalhadores da Emose, com uma quota de 20%, contando ainda com 10% dispersos em bolsa.

O mercado segurador de Moçambique conta com 19 empresas autorizadas, com a Emose a liderar durante mais de 40 anos, seguradora criada dois anos após a independência nacional através da nacionalização e fusão das seguradoras Lusitânia, Tranquilidade de Moçambique e a Nauticus.

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Apenas 3 em cada 10 consumidores opta por reparar eletrodomésticos

  • ECO Seguros
  • 10 Junho 2025

Em resposta, a Allianz Partners Portugal desenvolveu o seguro extensão de garantia além dos três anos obrigatórios por lei para "prolongar a vida útil dos dispositivos e reduzir a pegada ambiental".

O seguro de extensão de garantia que protege equipamentos eletrónicos eletrodomésticos, para além dos três anos estabelecidos por lei, desenvolvido pela Allianz Partners Portugal apresenta uma taxa de sucesso de 75% nas reparações, resolvendo ocorrências em menos de três horas após o primeiro contacto.

Segundo o comunicado enviado pela seguradora, a cobertura foi criada em resposta à cada vez maior poluição gerada por mais de 2,5 milhões de toneladas de resíduos eletrónicos – um número que poderá atingir as 82 milhões de toneladas em 2030, caso não sejam tomadas medidas urgentes. Estes dados constam num estudo da Allianz Partners que dá conta que apenas 33% dos consumidores optam por reparar um dispositivo em vez de o substituir, agravando o problema e acelerando o ciclo de produção de resíduos.

Cláudia Godinho, business development manager na Allianz Partners Portugal: ” O nosso compromisso é claro: fomentar a reparação, prolongar a vida útil dos dispositivos e reduzir a pegada ambiental do setor”.

Nesse sentido, a Allianz Partners Portugal colabora com uma rede de “fornecedores comprometidos com a sustentabilidade, que implementam práticas responsáveis como a utilização de energias renováveis, a redução do consumo de água e a mobilidade sustentável”. Para os dispositivos que não possam ser reparados, a empresa promove o reaproveitamento através da reciclagem e da reutilização de componentes, garantindo o seu uso noutros equipamentos e assegurando o cumprimento dos princípios da economia circular.

“Acreditamos que a sustentabilidade e a tecnologia podem andar de mãos dadas. O nosso compromisso é claro: fomentar a reparação, prolongar a vida útil dos dispositivos e reduzir a pegada ambiental do setor”, afirma Cláudia Godinho, business development manager na Allianz Partners Portugal. “Cada reparação é uma oportunidade para cuidar do planeta e oferecer aos nossos clientes um serviço mais responsável e eficiente.”

Com esta iniciativa, a Allianz Partners Portugal afirma reforçar o seu papel como “impulsionadora de soluções inovadoras e sustentáveis no setor segurador, apostando num futuro em que a tecnologia seja sinónimo de responsabilidade ambiental”.

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Generali inclui cláusula sobre IA e decisões algorítmicas no novo acordo de empresa

A Generali Portugal compromete-se a “informar os trabalhadores” quando decisões de recursos humanos forem tomadas “exclusivamente” por algoritmos.

Treze anos depois da última revisão, Generali Seguros, o Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins (SINAPSA) e o Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora (STAS) fecharam uma revisão global do acordo de empresa (AE), publicada no Boletim do Trabalho e Emprego. O documento passa a aplicar-se “a todos os trabalhadores ao seu serviço filiados” nas duas estruturas sindicais e estima um universo “de cerca de 1.315 trabalhadores” abrangidos.

A nova tabela salarial fixa o nível mais baixo (auxiliar geral) em 930 euros já em 2025, e garante “um aumento mínimo de 50 euros” nesse patamar nos dois anos seguintes. Para 2026 e 2027, os valores de cada nível serão revistos pela variação do índice de preços no consumidor.

O subsídio diário de refeição sobe para 12,50 euros em 2025, chegando a 13 euros em 2027, enquanto o apoio infantil e escolar avança para 130 euros mensais já este ano.

Os trabalhadores de assistente, especialista ou técnico sobem de grau “ao fim de cinco e sete anos”, desde que não tenham avaliações negativas. O AE inclui ainda salvaguardas para quem tenha faltas por doença prolongada ou parentalidade, fazendo a avaliação com base no período de exercício de funções, protegendo o direito a progredir.

O acordo introduz um pacote dedicado ao trabalho remoto. O teletrabalho pode ser celebrado “com duração determinada ou indeterminada”, com rescisão por qualquer das partes “60 dias” após aviso quando é por período indeterminado.

Há um novo capítulo sobre “uso da inteligência artificial nas relações laborais”, onde a Generali admite vantagens do “uso responsável da IA” e compromete-se a “informar os trabalhadores” quando decisões de recursos humanos forem tomadas “exclusivamente” por algoritmos.

Nos processos de transformação digital, a seguradora terá de comunicar “mudanças tecnológicas (…) que possam ter consequências significativas no nível de emprego” e promover “ações formativas específicas” para os trabalhadores afetados para “procurando dotá-los das competências necessárias para enfrentar a transformação digital”.

O Plano Individual de Reforma passa a contar com uma contribuição anual da empresa de 3,6% sobre a retribuição base do trabalhador com garantia de capital. Mantêm-se seguro de saúde com capitais até 35.000 euros em internamento e 1.500 euros em ambulatório e seguro de vida que cobre até 100.000 euros em caso de morte por acidente de trabalho.

Salvo as matérias com data própria, o AE entra em vigor com a publicação em BTE (Boletim do Trabalho e Emprego). As tabelas salariais, subsídio de refeição e restantes cláusulas pecuniárias com retroativos a 1 de janeiro de 2025, enquanto o novo regime de prémio de carreira e dias de licença começa a contar a 1 de janeiro de 2026.

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Comissão avança novas sanções à Rússia com banca e energia na mira

Bruxelas quer impedir a importação de produtos refinados com base em petróleo russo, impor um teto de 45 dólares sobre este petróleo, banir transações financeiras e restringir exportações.

A Comissão Europeia avançou, esta terça-feira, um novo pacote de sanções — o décimo oitavo — sobre a Rússia, na sequência da guerra com a Ucrânia. Vão ser alvo das recém-anunciadas sanções dois setores: o da banca e o da energia. O objetivo é que exista um cessar-fogo nos próximos 30 dias.

No que diz respeito à energia, a Comissão quer banir todas as transações de gás através dos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2. “Nenhum operador europeu vai poder receber, direta ou indiretamente, quaisquer transações no que diz respeito aos gasodutos Nord Stream“, lê-se no comunicado, publicado na página do executivo comunitário.

Em paralelo, a Comissão propõe baixar o teto ao preço do petróleo russo de 60 dólares para 45 dólares por barril, sublinhando que, desde que o teto foi implementado, em 2023, os preços desceram, estando agora a negociar perto do nível definido para o teto. Esta terça-feira, o barril de Brent, que serve de referência na Europa, está a cotar nos 65,17 dólares.

“As exportações de petróleo ainda representam um terço das receitas do Governo russo. Temos de cortar estas fontes de receita”, afirmou von der Leyen, que espera levar esta proposta à mesa da Cimeira do G7 (as sete maiores economias do mundo), que vai ter lugar no Canadá, entre os dias 15 e 17 de junho. “Vamos discutir como atuar em conjunto“, remata. Por fim, o executivo europeu pretende banir a importação de produtos refinados que tenham por base petróleo russo.

No que diz respeito ao setor da banca, a Comissão quer limitar a capacidade de Moscovo de se financiar e fazer transações. Vão ser banidas quaisquer transações financeiras, uma medida que irá afetar um universo mais alargado do que aquele que estava até agora abrangido. A restrição aplica-se a 22 novos bancos russos. Em paralelo, a proibição de transações deverá estender-se a países terceiros que financiem a Rússia, contornando as sanções. O Fundo de Investimento Direto Russo e respetivas subsidiárias, assim como os projetos de investimento, também serão alvo de sanções, não especificadas no comunicado.

Além disto, 2,5 mil milhões de euros em exportações vão ser terminados, “privando a economia russa de produtos industriais e tecnológicos críticos”, sejam eles metais, equipamentos, plásticos ou químicos. Vão também ser restringidas as exportações de bens que possam ser usados para produzir drones mísseis e outro tipo de armamento.

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“Temos o dever de nos recriar” e “cuidar melhor da nossa gente”. Marcelo faz último discurso de 10 de junho

No seu último discurso no âmbito do Dia de Portugal, o Presidente da República insistiu na necessidade de "cuidar" dos portugueses e de se criarem "pontes" com outros povos. E distingiu Eanes.

No último discurso de 10 de junho, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, insistiu na ideia de “cuidar melhor” dos portugueses. Mas também deixou uma mensagem de “fraternidade” e “pontes” entre povos. “Temos o dever de nos recriar, de nos ultrapassar, cuidar melhor da nossa gente, para que seja mais numerosa, mais educada, mais atraída a ficar nesta pátria”, defendeu o presidente da República, que discursou esta manhã em Lagos, no Algarve, o local escolhido para as comemorações do 10 de junho, Dia de Portugal.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, deve-se “cuidar mais” daquilo que puder ser “produzido, inovado, investido, exportado e, sobretudo, proporcionado” a quem vive em Portugal. “Cuidar” dos que já ficaram ou estão a ficar para trás. “O país nunca conseguiu ultrapassar desigualdades sociais e peso da pobreza. Agora é uma mudança de ciclo, com novos protagonistas. Vale a pena lembrar isso porque é uma preocupação de todos nós“, acrescentou, em declarações aos jornalistas, após o discurso.

Olhando além fronteiras, apela ao cuidado com “a nossa fraternidade com os povos e os estados que, como nós, falam português” e também a que se cuide de uma presença na Europa “unida, aberta” e assente “em valores humanos, de dignidade, respeito pelas pessoas, seus direitos e deveres, sua pluralidade de cultura e de vida”. “Nós somos portugueses porque somos universais”, rematou o presidente, sublinhando a capacidade que reconhece aos portugueses de de “conviver com todos” e de “fazer”, construindo “pontes”.

Questionado à margem sobre se tem faltado ao país assumir culpas em relação a responsabilidades históricas, Marcelo relativizou. “Nós portugueses reconhecemos os méritos, assim como as coisas que correram mal na nossa vida interna e relações externas. É humano ter defeitos. É importante der qualidades”, defendeu.

Apesar da mensagem que apela a “pontes”, quando questionado sobre se as “tensões crescentes” em relação à imigração constituem “um grande desafio”, o presidente não vê divisões acentuadas. “O país não se pode dizer que esteja muito polarizado”, avaliou. Para Rebelo de Sousa, a polarização verificou-se na sociedade portuguesa quando houve sucessão de regimes — de monarquia para república, da ditadura para uma democracia. “Dentro da democracia, haver vários pontos de vista, sem que nenhum deles coloque em causa a liberdade e democracia, temos de admitir que é muito boa notícia”, concluiu.

O presidente prestou ainda homenagem, no seu discurso, aos militares. “Somos a pátria que vive em liberdade e democracia, feitas por esses soldados”, disse, antes de salientar o contributo de António Ramalho Eanes, “combatente em África, protagonista de novembro, chefe militar até ao comando supremo, primeiro Presidente da República Portuguesa eleito livremente pelo povo português”.

Eanes recebe, esta terça-feira, o grande-colar da Ordem de Avis o novo e mais alto grau dentro desta ordem militar, que se destina a premiar serviços de oficiais das Forças Armadas e da Guarda Nacional Republicana, bem como a unidades, órgãos, estabelecimentos e corpos militares. Anteriormente, o grau máximo desta Ordem era a Grã-Cruz.

Acerca do término do seu mandato como presidente da República, Rebelo de Sousa afirmou apenas que “as saídas devem ser feitas suavemente e não abruptamente” e “preparam-se com tempo”, mas recusou-se a pronunciar-se sobre os possíveis sucessores.

(Notícia atualizada pela última vez às 13:44)

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Marcelo faz o seu último discurso no Dia de Portugal esta terça-feira

  • Lusa
  • 10 Junho 2025

Esta terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa fará o ser décimo e último discurso como Presidente da República no Dia de Portugal.

Marcelo Rebelo de Sousa vai fazer esta terça-feira, em Lagos, o seu décimo e último discurso como Presidente da República no Dia de Portugal, data em que tem elogiado o povo português e apelado à coesão nacional. Marcelo Rebelo de Sousa vai terminar o seu segundo e último mandato presidencial a 9 de março de 2026.

Na cerimónia militar do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, marcada para as 11:00, na Avenida dos Descobrimentos, irão intervir o Presidente da República e a escritora e conselheira de Estado Lídia Jorge, natural de Loulé, no Algarve, que preside à comissão organizadora destas comemorações.

Estão previstas as presenças em Lagos do primeiro-ministro, Luís Montenegro, do presidente do Chega, André Ventura, e do presidente e secretário-geral interino do PS, Carlos César, entre outros convidados.

Marcelo Rebelo de Sousa escolheu esta cidade algarvia como palco das suas últimas comemorações do 10 de junho em território nacional, que já celebrou em Lisboa e no Porto, em Ponta Delgada, em Portalegre, no Funchal, em Braga, no Peso da Régua e, no ano passado, em três concelhos do distrito de Leiria afetados pelos incêndios de 2017 — Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera — e em Coimbra.

Ao longo dos seus dois mandatos presidenciais, o Dia de Portugal foi também assinalado no estrangeiro, junto de comunidades emigrantes portuguesas, num modelo que instituiu quando assumiu funções, em 2016, em articulação com o então primeiro-ministro, António Costa, e que prosseguiu com o atual chefe do Governo.

Neste ano, o programa original do 10 de junho previa comemorações também em Macau, que foram canceladas. Acabou por haver um encontro do Presidente da República e do primeiro-ministro com a comunidade portuguesa em Estugarda, na Alemanha, decidido com pouca antecedência, antes de assistirem juntos à final da Liga das Nações, em Munique, no domingo à noite, em que a seleção portuguesa de futebol derrotou a Espanha.

Este Dia de Portugal acontece na semana seguinte à posse dos membros do XXV Governo Constitucional, o segundo executivo chefiado por Luís Montenegro, que foi entre quinta e sexta-feira, na sequência das eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, que a AD (PSD/CDS-PP) venceu, sem maioria absoluta e em que o Chega passou a ser a segunda maior força parlamentar.

Há um ano, na sua intervenção na cerimónia militar do Dia de Portugal, em Pedrógão Grande, que durou cerca de dez minutos, o chefe de Estado pediu um futuro mais igual e menos discriminatório para todas as terras do país, do litoral ao interior, sem novas tragédias como os incêndios de 2017.

“Que este 10 de Junho de 2024 queira dizer: tragédias como as de 2017 nunca mais, futuro mais igual e menos discriminatório para todas as terras, e para todos os portugueses, dever de missão, lugar para a esperança, a confiança, e o sonho, sempre, mesmo nos instantes mais sofridos da nossa vida coletiva”, declarou.

Em 2023, a cerimónia militar do 10 de junho foi também no interior do país, no Peso da Régua, distrito de Vila Real, onde o chefe de Estado afirmou a ambição de que os “interiores sejam tão importantes quanto as Lisboas, os Portos, os Setubais” e outras cidades do litoral, “iguais na lei, iguais na esperança do futuro”.

Nessa ocasião, como em anos anteriores, fez um discurso de exaltação do povo português, que descreveu como de caráter universal, espalhado pelo mundo e com vocação para fazer pontes, e pediu que não se desista de “criar mais riqueza, mais igualdade, mais coesão”.

Em 2016 o Dia de Portugal foi celebrado entre Lisboa e Paris, em 2017 entre o Porto e o Brasil, em 2018 entre os Açores e os Estados Unidos da América e em 2019 entre Portalegre e Cabo Verde.

Em 2020, devido à pandemia de covid-19, houve apenas uma cerimónia no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e em 2021 também só houve comemorações em território nacional, na Madeira.

Em 2022 as comemorações foram em Braga e no Reino Unido, e em 2023 no Peso da Régua e na África do Sul, pela última vez com António Costa como primeiro-ministro.

Em 2024, já com Luís Montenegro na chefia do Governo, o 10 de junho foi celebrado em Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera e Coimbra, e na Suíça.

 

 

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China prolonga até dezembro inquérito ‘antidumping’ sobre carne de porco europeia

  • Lusa
  • 10 Junho 2025

Pequim iniciou esta medida como retaliação às taxas alfandegárias impostas por Bruxelas sobre veículos elétricos fabricados na China.

O Ministério do Comércio da China anunciou esta terça-feira que vai prolongar até dezembro a investigação por concorrência desleal às importações de determinados produtos de carne de porco provenientes da União Europeia (UE), iniciada em junho de 2024.

Numcomunicado publicado no seu portal oficial, o ministério justificou a extensão da investigação “atendendo à complexidade do caso”, fixando como novo prazo 16 de dezembro. O inquérito, lançado em 17 de junho de 2024, tinha inicialmente uma duração prevista de um ano, com a possibilidade de extensão “em circunstâncias especiais”, como já havia sido sinalizado na altura.

A investigação incide sobre carne de porco e miudezas, tanto refrigeradas como congeladas, bem como gordura e derivados, com origem na UE. Pequim iniciou esta medida como retaliação às taxas alfandegárias impostas por Bruxelas sobre veículos elétricos fabricados na China, alegando que os subsídios estatais recebidos por este setor criam distorções na concorrência face às marcas europeias.

Apesar das tensões, nos últimos meses registou-se uma ligeira aproximação entre a China e a UE, nomeadamente após o impacto da guerra comercial iniciada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

Em abril, Pequim já tinha prorrogado até julho a sua investigação por concorrência desleal às importações de brandy da UE — outra medida de retaliação às taxas sobre veículos elétricos chineses — e continua também com processos ‘antidumping’ a produtos lácteos oriundos dos 27 Estados-membros.

O comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, que visitou a China em março, afirmou recentemente que Bruxelas e Pequim “partilham interesses mútuos significativos na resolução dos desafios bilaterais e globais” e sublinhou que é “igualmente importante enfrentar as divergências”.

Segundo o responsável europeu, as duas partes estão “a trabalhar arduamente” para alcançar avanços antes da cimeira bilateral agendada para julho, na China, ocasião em que se celebrará o 50.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre Pequim e Bruxelas.

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Setor do turismo acredita num verão melhor que o de 2024 mas receia falhas nos aeroportos

  • Lusa
  • 10 Junho 2025

O setor do turismo acredita que o verão será positivo, antecipando mesmo resultados superiores a 2024.

O setor do turismo acredita que o verão será positivo, antecipando mesmo resultados superiores a 2024, mas receia que a situação nos aeroportos, marcada por imagens de grandes filas, possa trazer ameaças à atividade no curto prazo.

Tudo aponta para um verão em linha com os crescimentos já registados nos primeiros quatro meses do corrente ano (mais 8,5% de hóspedes; mais 9,2% de dormidas; mais 12,6% de proveitos totais)”, disse à Lusa Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP — Associação da Hotelaria de Portugal.

Prevemos, aliás, um ano de 2025 com resultados acima de 2024, previsão sustentada com os dados já recolhidos: todos os indicadores apontam para um crescimento continuado e consistente, sendo 2025 potencialmente melhor do que 2024, tanto em volume de hóspedes e dormidas como em receitas”, destacou.

A responsável destacou ainda que as previsões para o verão indicam “uma repartição semelhante à dos anos anteriores entre o mercado nacional e o internacional“, sendo que, “apesar do crescimento do turismo interno, espera-se que o mercado residente represente cerca de 30% das dormidas, enquanto o mercado internacional continuará a dominar, com cerca de 70%”.

Também Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), acredita num verão positivo. “Encaramos este verão de forma muito positiva. O período da Páscoa já foi um bom indicador”, salientou, apontando que, segundo os dados do INE, em abril, “o setor do alojamento turístico registou 2,9 milhões de hóspedes e 7,1 milhões de dormidas, o que equivale a aumentos homólogos de 8,5% e 9,2%, respetivamente”.

“São, pois, muito bons indicadores para o verão que se avizinha”, indicou. No entanto, a situação dos aeroportos está a preocupar os líderes associativos. “Estamos a viver, desde meados de maio, uma situação crítica em terra nos aeroportos portugueses que afeta, sobretudo, Lisboa e Faro”, lembrou Cristina Siza Vieira.

“Esta situação crítica constitui a maior ameaça à operação, no curto prazo (digo ‘curto’ porque, estamos em crer, será seguramente resolvida a breve trecho), como sabemos, afeta os passageiros oriundos de voos de países fora da Europa ou do espaço Schengen e que têm um grande peso para o turismo nacional, como é o caso do mercado americano”, alertou.

A vice-presidente executiva da AHP recordou que o mercado americano é o segundo maior “em hóspedes e dormidas em Portugal e o primeiro para Lisboa (sem qualquer previsão de queda, menos ainda neste verão, dado o reforço das ligações áreas, TAP e companhias americanas)”.

Para Cristina Siza Vieira esta situação constitui ainda uma “péssima imagem na porta de entrada em Portugal”.

Francisco Calheiros disse, por sua vez, que “as longas filas que se verificam atualmente sobretudo no aeroporto de Faro e de Lisboa, devido a falhas no novo sistema eletrónico responsável pelo controlo documental, nomeadamente de quem chega de países fora da União Europeia, é uma situação muito preocupante, ainda mais às portas do verão”.

A CTP, de acordo com o presidente, tem-se reunido com o Governo, “demonstrando a sua preocupação perante este grave problema” e já lhe “foi garantido que o problema estará resolvido muito brevemente”.

A confederação “espera que assim seja”, salientou, visto que “esta realidade atual de longas filas de espera nos aeroportos para passar no controlo documental para quem chega de fora do espaço Schengen afeta negativamente a imagem de um país que quer afirmar-se como um destino competitivo, moderno e eficiente”.

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