Cinco mestrados portugueses em Finanças entre os melhores do mundo

Nova SBE destaca-se na 6ª posição do ranking do ‘Financial Times’ de 2025. Católica Porto Business School é a entrada na tabela deste ano.

Portugal está representado por cinco faculdades na lista das 70 melhores do mundo para se tirar um mestrado em Finanças. A Nova School of Business and Economics (Nova SBE), a Católica Lisbon School of Business and Economics, o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), a Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) e a Católica Porto Business School estão no ranking do Financial Times de 2025.

Entre as cinco, destaca-se a entrada de mais uma escola da Universidade Católica Portuguesa – a Católica Porto Business School – e a posição da Nova SBE, que conquistou o lugar mais alto da tabela e subiu em relação ao ano passado, de 7º para 6º. Aliás, a Nova SBE subiu cinco posições desde 2023 e arrecadou o melhor resultado de sempre de uma escola portuguesa.

O dean da Nova SBE diz que indicadores como a mobilidade profissional internacional dos graduados “comprovam a experiência verdadeiramente internacional” que os alunos têm ao estudar no campus em Carcavelos, “com um corpo docente diverso e um foco claro na empregabilidade global e de qualidade”.

“Além disso, a qualidade dos métodos pedagógicos torna o nosso ensino mais eficiente, preparando os nossos graduados para a realidade corporativa contemporânea e para responder de forma prática aos desafios das empresas que os contratam”, assinala Pedro Oliveira.

A Católica Lisbon School of Business and Economics ficou em 23º lugar, mas caiu a pique em relação ao 16º que teve em 2024.

Pouco abaixo surge o ISEG (27º), que aumentou três lugares de um ano para o outro. O ISEG integra o ranking global dos melhores mestrados em Finanças pela sexta vez consecutiva, sendo que há três anos que se classifica no top 30. Para o ISEG – Lisbon School of Economics & Management, que faz parte do ensino superior público, a presença contínua no ranking do jornal britânico é a confirmação da projeção internacional que tem e do “compromisso com a qualidade” do ensino, do “apoio à carreira dos estudantes e da criação de impacto positivo na sociedade”.

“Este reconhecimento internacional mostra que o ISEG está na linha da frente da formação em Finanças, não só em Portugal, mas a nível global. Estamos orgulhosos de subir neste ranking tão competitivo, o que reforça a nossa missão de formar profissionais de excelência, preparados para os desafios de um mundo em constante mudança”, afirmou o presidente do ISEG, João Duque.

Boas notícias também para a FEP, que passou para o 41º lugar do anterior 55º e obteve assim a sua melhor posição de sempre devido sobretudo aos indicadores que avaliam a relação entre o investimento académico e o retorno profissional, a progressão de carreira, a sustentabilidade e a promoção da diversidade.

O diretor da FEP disse que este resultado representa “um marco de elevada importância para toda a comunidade académica” e aproveitou para agradecer “a todos os que, diariamente, contribuem para o reforço da qualidade e reputação da faculdade – estudantes, alumni, corpo docente e não docente, parceiros institucionais e empregadores”.

Segundo Óscar Afonso, “a presença da FEP neste ranking tão exigente é, mais do que um reconhecimento, um estímulo para continuar a investir num ensino de excelência, internacionalmente relevante e socialmente responsável”.

Na 63ª posição ficou a Católica Porto Business School, uma estreante nesta tabela do Financial Times referente aos melhores mestrados em finanças mundiais.

O ranking “Masters in Finance 2025” avalia 19 indicadores, organizados em categorias como progresso na carreira dos diplomados, diversidade, experiência internacional, investigação e critérios ESG (Environmental, Social e Governance).

A análise baseia-se em dois inquéritos distintos, dirigidos às escolas de economia e gestão e aos antigos alunos que concluíram o mestrado em 2022. Para serem elegíveis, as instituições de ensino superior têm de cumprir vários critérios de qualidade, incluindo ter acreditações internacionais, entre as quais a AACSB – Association to Advance Collegiate Schools of Business.

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CEO da Renault deixa cargo para liderar dona da Gucci

  • ECO
  • 16 Junho 2025

Luca de Meo deixa o fabrincante de carros francês e deverá tornar-se o novo CEO do grupo Kering, detentor da Gucci. François-Henri Pinault vai passae a chairman do grupo de luxo.

O CEO da Renault, Luca de Meo, vai abandonar o comando da construtora automóvel francesa “para se dedicar a novos desafios fora do sector automóvel”, anunciou a empresa este domingo, citada pela Reuters. O gestor italiano será o próximo CEO do grupo de luxo Kering, dono da Gucci, segundo o jornal francês Le Figaro.

A saída de de Luca de Meo, prevista para meados de julho, acontece após cinco anos de trabalho no fabricante francês. O executivo redesenhou a aliança de duas décadas com a Nissan, implementou cortes de custos estruturais e reposicionou a empresa com foco nos veículos híbridos e elétricos. O gestor italiano assumiu o cargo em 2020, quando a Renault registava perdas recorde. Com a sua liderança, as ações da empresa valorizaram cerca de 90% e a Renault registou o melhor desempenho na Europa nos últimos cinco anos.

A contratação de De Meo ainda não foi oficializada pela Kering, mas, segundo o Le Figaro, Luca de Meo vai substituir François-Henri Pinault, que lidera a Kering há 20 anos e cuja família controla o grupo, e deverá manter-se apenas como chairman. A sucessão estava a ser preparada há algum tempo e, segundo a Reuters, intensificou-se nas últimas semanas.

Nos últimos dois anos, a Kering viu o seu valor de mercado cair mais de 60%, devido a uma sucessão de alterações (entre elas, as mudanças criativas na Gucci e o aumento do endividamento — que supera atualmente os 10 mil milhões de euros). A Gucci é a marca mais importante do portefólio deste conglomerado de luxo de que também fazem parte Bottega Veneta, Saint Laurent, Balenciaga, McQueen ou Brioni.

A confirmar-se, a nomeação de de Meo representa uma mudança de setor rara e ambiciosa: do mundo da indústria automóvel para o topo do luxo internacional. Fica por saber quem vai substituir De Meo na Renault, onde o Estado francês detém uma participação de 15%.

A Kering cancelou um evento com analistas que estava previsto para esta segunda-feira, sem avançar explicações, adiantou uma fonte próxima do grupo à Reuters.

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Trump pede acordo a Israel e Irão e admite futuro envolvimento dos EUA

  • Lusa
  • 15 Junho 2025

Washington, 15 jun 2025 (Lusa) -- O Presidente norte-americano pediu hoje a Israel e ao Irão para "chegarem a acordo", tendo ainda admitido um futuro envolvimento dos EUA no conflito.

O Presidente norte-americano pediu a Israel e ao Irão para “chegarem a acordo”, tendo ainda admitido um futuro envolvimento dos EUA no conflito. “O Irão e Israel devem chegar a um acordo, e vão chegar a um acordo“, escreveu Donald Trump na sua rede Truth Social, acrescentando que “muitas chamadas e reuniões estão a decorrer neste momento“.

“É possível que nos envolvamos” no conflito entre Israel e o Irão, mas os Estados Unidos “não estão envolvidos neste momento”, afirmou Trump numa entrevista à cadeia ABC News.

Trump disse também “estar aberto” a que o Presidente russo, Vladimir Putin, desempenhe um papel de mediador no conflito entre Israel e o Irão, no qual “é possível” que os Estados Unidos se envolvam. Vladimir Putin “está pronto, telefonou-me sobre o assunto, discutimo-lo longamente”, disse o Presidente dos EUA na mesma entrevista.

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis. O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.

O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.

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Xpeng G9: O SUV chinês que quer fazer tremer os alemães

O futuro dos SUV elétricos já não fala só alemão, graças ao flagship da Xpeng. Agora, quem quer luxo e autonomia sem esvaziar a carteira tem uma escolha que faz pensar duas vezes.

Se acha que o domínio alemão no mundo dos SUV elétricos é inabalável, prepare-se para uma surpresa vinda do Oriente: o Xpeng G9 chegou para desafiar o status quo e abanar as certezas de quem sempre pensou que inovação, luxo e tecnologia só se escreviam com sotaque bávaro ou estugardense.

Num mercado onde os preços dos elétricos familiares premium parecem competir com o do metro quadrado em Lisboa, eis que surge um SUV chinês capaz de oferecer o que os rivais prometem, mas a um preço que não faz corar a conta bancária.

A Xpeng Motors nasceu há cerca de uma década, em 2014, numa China que já vislumbrava o futuro da mobilidade elétrica. Fundada por He Xiaopeng (daí o nome da marca), esta startup tecnológica cresceu a um ritmo vertiginoso, chegando aos 15 mil trabalhadores em apenas uma década Não se trata de mais uma marca que tentou copiar o que já existia, mas de uma empresa que nasceu puramente elétrica, com ADN tecnológico e sem os constrangimentos das marcas tradicionais.

Para famílias que valorizam a tecnologia, o espaço e a economia, sem prescindir totalmente do prestígio, o G9 marca pontos. Não tem o estatuto de uma marca alemã, mas tem a substância para questionar se esse estatuto vale realmente os 20 mil euros de diferença.

O G9, lançado em setembro de 2022 no mercado chinês e chegado à Europa em 2023, representa o quarto modelo da marca e o primeiro verdadeiramente pensado para conquistar o mercado global. É o atual flagship da Xpeng e uma espécie de cartão de visita para quem ainda não conhece a marca, com argumentos tão sólidos que até os mais céticos vão querer saber mais.

A estrada que liga Lisboa à Comporta é um teste severo para qualquer automóvel. Entre curvas sinuosas que mordem o Alentejo Litoral e retas infinitas que desembocam no oceano, o Xpeng G9 revelou-se mais do que um simples veículo de transporte de toda a família, mas um companheiro de viagem que se mostra capaz de desafiar o conceito de “value for money” no segmento premium.

Com 4,89 metros de comprimento e 1,94 metros de largura, o G9 posiciona-se diretamente contra os BMW iX e Mercedes-Benz EQE SUV. As dimensões são quase idênticas às dos rivais alemães, mas é no preço que as diferenças se tornam evidentes: enquanto um BMW iX arranca nos 87 mil euros e um Mercedes EQE SUV nos 84 mil euros, o Xpeng G9 começa nos 63 mil euros na versão Standard Range.

Esta diferença de preço não significa, porém, um produto inferior. O interior do G9 impressiona pela qualidade dos materiais, bancos aquecidos e ventilados, e um sistema de infoentretenimento com dois ecrãs de 14,96 polegadas, que facilmente enchem o olho e tornam uma viagem mais agradável. Mas não só.

Na estrada, o G9 também não desilude. À saída de Lisboa, o ACC (Adaptive Cruise Control) mostrou a sua inteligência na A2, mantendo sempre a distância segura dos camiões, antecipando curvas e até sugeriu reduções de velocidade baseadas em sinais de trânsito. E fora de estrada, este SUV chinês revela o seu party trick, graças a uma suspensão pneumática de câmara dupla. Elevado 50 milímetros, foi capaz de deslizar sobre pedras soltas como um barco a cortar ondas. Na volta, em modo baixo (-50 mm), a aerodinâmica do chassis ajudou a recuperar 18% de autonomia na A2 – detalhe crucial para quem viaja com pressa de chegar a casa.

Mas o grande trunfo do G9 reside na tecnologia de carregamento. Enquanto a maioria dos SUV elétricos se debate com velocidades de carregamento que rondam os 150-200 kW, o G9 oferece uma capacidade de até 300 kW em corrente contínua, graças à arquitetura de 800 volts. Na prática, isto significa carregar de 10% a 80% em apenas 20 minutos – um desempenho que rivaliza com os melhores do mercado.

A gama oferece três versões distintas. A Standard Range, com tração traseira e bateria LFP de 78,2 kWh, entrega 313 cavalos e 460 quilómetros de autonomia WLTP. A Long Range mantém a tração traseira, mas aumenta a bateria para 98 kWh, elevando a autonomia para 570 quilómetros. No topo da gama, a Performance (a testada pelo ECO) adiciona tração integral, mantém os 98 kWh de bateria, mas dispara a potência para 551 cavalos, permitindo acelerar dos 0 aos 100 km/h em apenas 3,9 segundos.

O lado menos luminoso da lua

Mas nem tudo são rosas no universo Xpeng. A dinâmica de condução, apesar de competente, não oferece o mesmo refinamento de um BMW iX. A direção, embora precisa, carece de feedback, e o comportamento em curva revela o peso considerável do veículo de 2,34 toneladas na versão Performance.

Outro aspeto menos positivo prende-se com a tecnologia por vezes excessiva. O ecrã de 14,96 polegadas para o passageiro da frente, embora impressionante, pode ser considerado desnecessário.

Para uma família que procura um SUV elétrico premium sem os preços premium das marcas alemãs, o G9 apresenta argumentos sólidos. A versão Standard Range, por pouco mais de 63 mil euros oferece um pacote tecnológico e de conforto que seria impensável neste preço segmento há poucos anos.

Se o futuro pertence a quem conseguir oferecer mais por menos, o Xpeng G9 parece estar bem encaminhado para tirar frutos dessa máxima.

A bagageira de 660 litros (1.576 litros com os bancos traseiros rebatidos) garante espaço para as férias familiares, enquanto os 71 litros do frunk à frente adicionam versatilidade para cabos de carregamento ou compras de último minuto. Os bancos traseiros aquecidos e reclináveis, a função de massagem e o sistema de purificação de ar XfreeBreath elevam o nível de conforto a patamares dignos de um automóvel muito mais caro.

O Xpeng G9 não é perfeito, mas é indiscutivelmente competente. Numa altura em que um BMW iX ou Mercedes EQE SUV facilmente ultrapassam os 90 mil euros numa configuração decente, o G9 surge como uma alternativa credível que oferece 80% da experiência por 70% do preço.

Para famílias que valorizam a tecnologia, o espaço e a economia, sem prescindir totalmente do prestígio, o G9 marca pontos. Não tem o estatuto de uma marca alemã, mas tem a substância para questionar se esse estatuto vale realmente os 20 mil euros de diferença.

Se o futuro pertence a quem conseguir oferecer mais por menos, o Xpeng G9 parece estar bem encaminhado para tirar frutos dessa máxima e, talvez, fazer com que o futuro dos SUV elétricos familiares possa muito bem falar mandarim.

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Seguro quer um “pacto para a prosperidade” e promete “seriedade, independência e ação”

  • Lusa e ECO
  • 15 Junho 2025

O candidato a Presidente da República António José Seguro quer um país "justo e de excelência" e prometeu "seriedade, independência e ação", no discurso de apresentação da sua candidatura.

António José Seguro afirma que o país “precisa de um projeto nacional mobilizador, de um rumo e de uma estratégia” e, neste contexto, defende um “pacto para a prosperidade (…) envolvendo todos os partidos políticos, os parceiros sociais, universidades e todos os interessados. Na apresentação oficial da sua candidatura à Presidência da República, nas Caldas da Rainha, sublinhou a necessidade de causas e uma agenda própria: A primeira causa, deixou claro, é a criação de riqueza. “Promover os entendimentos necessários para uma economia mais produtiva e sustentável, ligada ao trabalho digno”, afirmou.

Candidato à Presidência da República de forma independente do seu partido histórico, e ainda sem saber o que será a posição do PS para as presidenciais, António José Seguro afirma que “gerir a conjuntura, já não basta, nem é maneira de governar. É necessário um projeto nacional, consensualizado, participado por todos, independentemente de quem está no governo“. Neste contexto, assumiu a diferença face a Marcelo Rebelo de Sousa. “Também quero deixar claro que o chumbo do Orçamento de Estado não implica automaticamente dissolução do parlamento. O país não pode andar de eleições em eleições de ano e meio em ano meio. Nem ter governos a prazo. Governos a prazo conduzem Portugal a prazo“.

Na apresentação oficial da sua candidatura, nas Caldas da Rainha, sublinhou que o próximo inquilino de Belém tem de ser “referência moral e não ruído mediático”. “O Presidente deve ser árbitro respeitado, não jogador. Facilitador de consensos, não gerador de clivagens. Sereno, e não distante ou autoritário. O Presidente deve centrar-se na magistratura de influência com causas, agenda própria e vigilância democrática“.

Se chegar a Belém, Seguro prometeu “seriedade, independência e ação”. “É por Portugal que sou candidato à Presidência da República“, afirmou o antigo secretário-geral do PS na apresentação da sua candidatura a Belém, que decorreu no Centro Cultural de Congressos das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria.

O candidato indicou que se rege pelos valores da “liberdade, igualdade, solidariedade, respeito pelo outro e seriedade” e que são esses “os pontos cardeais de um percurso que tem uma meta: fazer de Portugal, um país justo e de excelência”. “Venho com vontade de servir Portugal com seriedade, independência e ação. Sou livre, vivo sem amarras”, afirmou também.

Antes do discurso, António José Seguro foi introduzido por um ator que encarnou o artista local Rafael Bordallo Pinheiro.

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State Farm sob investigação pela forma que geriu indemnizações de incêndios em LA

  • Lusa
  • 15 Junho 2025

Investigação surge após clientes terem dito que a seguradora estava a atrasar e a tratar mal os pedidos de indemnização relativos aos danos causados às suas casas e à possível contaminação pelo fumo.

A principal autoridade reguladora dos seguros da Califórnia iniciou uma investigação à State Farm sobre a forma como a empresa tratou os pedidos de indemnização relativos aos incêndios florestais de janeiro em Los Angeles.

A investigação surge depois de os sobreviventes dos incêndios de Palisades e Eaton terem afirmado que a maior seguradora de habitação do Estado (State Farm) estava a atrasar e a tratar mal os pedidos de indemnização relativos aos danos causados às suas casas e à possível contaminação pelo fumo.

Os incêndios destruíram milhares de edifícios em Los Angeles, mataram 30 pessoas e desalojaram milhares de outras. Estima-se que estejam entre as catástrofes naturais mais dispendiosas da história dos Estados Unidos.

O Comissário para os Seguros da Califórnia, Ricardo Lara, afirmou que a investigação irá analisar se a empresa cumpriu as leis estatais de proteção dos consumidores e de gestão de sinistros.

“Os californianos merecem um tratamento justo e abrangente por parte das suas companhias de seguros”, afirmou o democrata num comunicado, acrescentando que “ninguém deve ser deixado na incerteza, forçado a lutar pelo que lhe é devido, ou enfrentar atrasos intermináveis que muitas vezes levam os consumidores a desistir”.

Os sobreviventes do incêndio de Eaton, em Altadena, manifestaram a sua preocupação com a possível contaminação das suas casas por chumbo, amianto e metais pesados devido ao fumo.

A State Farm tem cerca de um milhão de clientes de seguros de habitação na Califórnia.

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Sabseg e SC Braga prolongam parceria até 2028

  • ECO Seguros
  • 15 Junho 2025

O acordo pressupõe o patrocínio da frente do balcão das equipas A, B e Sub-23, bem como de outros ativos presentes no Estádio Municipal do Braga.

A Sabseg assina novo contrato de patrocínio com o SC Braga prolongando a parceria até 2028, avançou a corretora em comunicado.

Miguel Machado, presidente do conselho de administração da Sabseg e António Salvador, presidente do SC Braga, renovam parceria entre a corretora e o clube desportivo.

O acordo pressupõe o patrocínio da frente do balcão das equipas A, B e Sub-23, bem como de outros ativos que estão no Estádio Municipal do Braga.

A parceria entre as suas entidades começou em 2007. “Esta é uma renovação que satisfaz as duas partes, mas que, mais do que isso, permite que SC Braga e Sabseg mantenham uma ligação histórica, dada a duração da mesma”, afirmou Miguel Machado, presidente do conselho de administração da Sabseg. “São duas das grandes marcas da cidade e faz todo o sentido que esta união permaneça firme, sobretudo nos valores partilhados e na ambição de crescimento”, acrescenta.

“Esta é uma parceria histórica, que comprova que quando duas instituições alinhadas em valores e ambições caminham de forma conjunta aceleram o seu crescimento e potenciam os seus resultados. Assim tem sido e continuará a ser: avançando lado a lado, o SC Braga e a Sabseg vão alcançar novas metas e dar continuidade à sua afirmação nacional e internacional”, afirma António Salvador, presidente do SC Braga.

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Programa do Governo: Fundo sísmico esquecido, promessas na poupança

O programa do novo Governo esquece o fundo sísmico mas, para os seguros e pensões, abre portas nos produtos de poupança e a alternativas à segurança social. Veja os destaques.

O Programa do XXV Governo Constitucional, saído das legislativas de 18 de maio ganhas pela coligação AD (PSD/CDS), foi entregue no passado sábado na Assembleia da República. Aprovado em Conselho de Ministros na quinta-feira, será discutido na Assembleia da República nas próximas terça e quarta-feira.

Na tutela da área seguradora e dos fundos de pensões continuará Joaquim Miranda Sarmento como Ministro de Estado e das Finanças e João Silva Lopes como Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, tendo como missão imediata nomear uma nova presidência para a ASF, entidade supervisora do setor, que vai suceder a Margarida Corrêa de Aguiar cujo mandato de seis anos não renovável termina este mês de junho.

O tema mais esquecido do programa do Governo foi a criação do Fundo Sísmico e para Desastres Naturais, cujo projeto legislativo já foi entregue pela ASF ao anterior Governo e cujas principais características são opções políticas sensíveis.

Em causa está uma estimativa clara de financiamento para tornarem fundo robusto e sustentável, decidir se o financiamento virá do Orçamento de Estado, de fundos europeus, de prémios de seguros obrigatórios ou não. Finalmente, definir a entidade que vai gerir um montante capaz de suportar – estimativas já existentes – indemnizações que podem chegar aos 10 mil milhões de euros em caso de catástrofe severa.

O programa é vago nas propostas, para o setor segurador e dos fundos de pensões, algumas informações se destacam:

  • Reforço de crédito internacionais e novos seguros de apoio ao investimento externo. Depois de, em junho de 2022, ter transferido para o Banco Português de Fomento (BPF) os seguros públicos de crédito estatal da COSEC, onde estavam desde 1969, o Governo propõe-se agora integrar a COSEC no Grupo Banco Português de Fomento. O propósito é de “re­forçar a oferta de seguros de crédito à exportação e criar novos seguros de apoio ao investimento direto português no estrangeiro, fortalecendo a capacidade das empresas nacionais para competir nos mercados inter­nacionais”.
  • BPF vai comprar Allianz Trade? A COSEC é hoje a Allianz Trade, depois da seguradora, em setembro de 2023, ter adquirido ao BPI os 50% do capital que lhe faltavam. Daí se poder concluir que o BPF vai comprar a Allianz Trade.
  • Seguros agrícolas na mesma. Em relação ao seguro de colheitas, com os prémios dos agricultores parcialmente pagos pela União Europeia e com o excesso de sinistralidade das seguradoras assegurado pelo Orçamento do Estado, o Governo vai “prosseguir com o trabalho conjunto com instituições da UE em prol de um sistema de resseguros que permitam que os nossos agricultores estejam protegidos das consequências negativas das alterações climáticas”.
  • Investir reservas de capital em capital de risco. O programa também refere “incentivar a participação de investidores institucionais, como fundos de pensões ou seguradoras, em fundos de capital de risco, nomeadamente, através da criação de mecanismos de mitigação de risco e de benefícios para particulares que invistam em entidades que canalizem fundos para esta classe de ativos”.
  • O PEPP? Quer o Governo “estimular a poupança, evoluindo para um sistema de tributação limitada da poupança e dos rendimentos reinvestidos”, acrescentado “no âmbito do processo europeu de reforço dos mecanismos de poupança, envolver neste sistema produtos financeiros específicos para trabalhadores, associados a planos de poupança de longo prazo”.
  • Fundos de Pensões Empresa? O Executivo também quer “criar contas-poupança isentas de impostos, adotando um regime em que certo nível de contribuições dos trabalhadores e das suas enti­dades empregadoras sejam livres de IRS, salvo se e quando forem distribuídas, pagas ou, de qualquer forma, apropriadas pelos respe­tivos titulares”
  • Fundos de Pensões Individuais? Tal passa, diz o programa do Governo, pela “introdução de contas poupança com possibilidade de acesso a grande diversidade de instrumentos, com eventuais limites à entrada, inspirada no modelo de “ISA accounts” no Reino Unido ou nas contas “401K” nos Estados Unidos”
  • PPR aperfeiçoado? Continuar a reforçar a sustentabilidade do sistema previdencial da segu­rança social, através das seguintes medidas: o promover junto dos cidadãos incentivos à poupança a médio e longo prazo, através de regimes complementares de reforma.
  • Ameaça às seguradoras caução. O Governo pretende “reduzir o custo das garantias bancárias de forma transversal, com um modelo de pricing mais simples e ágil”.
  • Uma lembrança aos agentes e corretores de seguros. O Executivo decide “apostar na promoção da Concorrência no Setor bancário”, que também passa por “restrições ao bundling de produtos”, ou seja limites à quase imposição aos clientes bancários de apólices de seguros preferidas pelos seus bancos.

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Porto vai ter 124 fogos com renda acessível financiado pela Ageas

Nesses fogos serão praticadas rendas abaixo do valor de mercado por um período mínimo de 10 anos. As tipologias disponíveis incluem fogos de tipologia T0 a T3 com rendas entre os 525 e os 950 euros.

A freguesia de Campanhã deverá ter 124 novos fogos de renda acessível destinados a famílias de classe média. Esta informação foi avançada pelo Grupo Ageas Portugal que vai financiar este projeto habitacional – Build to Rent – pioneiro em Portugal.

O projeto Jardins do Oriente prevê que as rendas mensais variem entre os 525 e os 950 euros. Investimento é da Ageas Portugal.

O projeto denominado de Jardins do Oriente é feito em parceria com o Município do Porto, responsável pelo arrendamento e com a Garcia Garcia com a construção a seu cargo.

Nesses fogos serão praticadas rendas abaixo do valor de mercado por um período mínimo de 10 anos. As tipologias disponíveis incluem dois fogos T0, 36 T1, 71 T2 e 15 T3, com rendas mensais que variam entre os 525 e os 950 euros.

A solução visa ser mais uma resposta do Município do Porto no âmbito da sua Política Municipal de Habitação à “crescente dificuldade da classe média em aceder à habitação a preços compatíveis com os rendimentos atuais”.

O Município do Porto terá que pagar o valor das rendas à seguradora, no entanto, este valor mensal será “direta e proporcionalmente suportado pelas rendas que receberá dos seus inquilinos”. No final das contas, não resulta nenhum encargo direto deste acordo para o município, mas este irá atribuir subsídios às famílias para apoiar os custos da renda.

“O Município, enquanto arrendatário, suportará o valor das rendas, pelas quais será ressarcido, através do valor a pagar pelos subarrendatários, verdadeiros beneficiários do programa de rendas acessíveis”, explica Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto.

Ou seja, “o único encargo a suportar pela autarquia diz respeito aos eventuais subsídios que vierem a ser atribuídos e que se estima que representem 160 mil euros por ano. Este subsídio, que na fase inicial do programa Porto com Sentido poderia chegar a 30% da renda, hoje chega, nalguns casos, a atingir os 50%, servindo o propósito de amenizar, ainda mais, o valor pago pelos inquilinos”, clarifica Rui Moreira.

A concretização deste empreendimento decorre no âmbito da atualização do programa municipal “Porto com Sentido”, que acomodará alterações da legislação nacional, nomeadamente em matéria de arrendamento acessível e Simplex urbanístico. É neste contexto que o projeto será apresentado e discutido na reunião do executivo municipal no próximo dia 16 de junho, sendo mais um passo na implementação de soluções inovadoras para a política de habitação na cidade.

O projeto Jardins do Oriente, no Porto, é o primeiro projeto de investimento privado em larga escala de arrendamento acessível em Portugal”, afirmou Luís Menezes, CEO do Grupo Agras Portugal. “Este passo reforça o nosso posicionamento enquanto investidor responsável e sustentável, com foco no pilar ‘S’ de ESG, esperando que o sucesso deste projeto possa alavancar mais investimento em habitação acessível”, acrescenta o responsável.

“Contribuir para uma solução concreta de acesso à habitação para a classe média, numa lógica de parceria público-privada, reflete o nosso compromisso com a construção de cidades mais inclusivas e sustentáveis”, afirma Miguel Garcia, Administrador da construtora Garcia Garcia.

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Conflito armado Israel/Irão em oito pontos

  • Lusa
  • 15 Junho 2025

Israel e o Irão entraram no terceiro dia de conflito armado, depois de as forças israelitas terem lançado um ataque contra infraestruturas iranianas, levando à retaliação iraniana.

Um membro de uma força militar israelita procura sobreviventes depois de um ataque de drone do Irão.

Israel e o Irão entraram este domingo no terceiro dia de conflito armado, depois de as forças israelitas terem lançado um ataque contra infraestruturas iranianas na madrugada de sexta-feira, levando à retaliação de Teerão. Os Estados Unidos e Israel já avisaram que o pior está para vir, enquanto o Irão prometeu parar de atacar o território israelita se as forças israelitas travarem “a agressão”. Teerão alega que a sua resposta aos ataques israelitas “é totalmente legítima”.

O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados. Eis o que se sabe sobre o conflito entre Telavive e Teerão:

  • Ataques israelitas visaram responsáveis militares e a produção nuclear iraniana

Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e incluem instalações nucleares, como as centrais de enriquecimento de urânio de Fordo e Natanz (centro), o aeroporto nacional de Mehrabad e várias bases militares. O Irão ativou as defesas aéreas em sete províncias, incluindo Teerão, no sábado à noite.

Os ataques a Teerão tiveram também como alvo edifícios residenciais e a sede da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica.

O exército israelita afirmou no sábado ter matado mais de 20 comandantes das forças de segurança iranianas. Teerão confirmou até agora a morte de 15 responsáveis, incluindo o líder da Guarda, o comandante da força aeroespacial do corpo e o chefe do Estado-Maior do Irão. Nove cientistas do programa nuclear iraniano também foram mortos.

  • Resposta iraniana aos ataques israelitas

O Irão retaliou na sexta-feira com dezenas de mísseis balísticos contra Israel, alguns dos quais atingiram o território, matando três pessoas. O Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, alertou para uma resposta “mais forte” caso o ataque israelita se mantivesse.

Desde então, Teerão lançou pelo menos cinco ataques com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém. Uma refinaria de petróleo israelita sofreu danos “localizados” no seu complexo na cidade de Haifa, no norte do país.

  • Vítimas de ambos os lados

Segundo as autoridades iranianas, pelo menos 100 pessoas morreram e mais de 800 ficaram feridas, entre lideranças militares, cientistas e civis, devido aos ataques de Israel. Do lado israelita, pelo menos 13 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas na resposta iraniana.

  • Perigo nuclear

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) informou que as instalações de superfície na central de Natanz, em grande parte subterrânea, foram “destruídas”, mas que “não foi observado qualquer aumento dos níveis de radiação”.

Uma central de conversão de urânio em Isfahan (centro do Irão) foi “desmantelada”, segundo o exército israelita. Outras duas bases militares no noroeste foram atacadas e Israel afirmou ter “desmantelado” a de Tabriz (norte do Irão).

A cúpula da AIEA reúne-se na segunda-feira para discutir os ataques israelitas a instalações nucleares do Irão.

  • O papel dos Estados Unidos

O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, afirmou que Teerão tem “sólidas provas” do apoio dos EUA ao ataque israelita sem precedentes ao território iraniano.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, por sua vez, reafirmou que Washington “não teve nada a ver” com os ataques israelitas ao Irão.

Trump advertiu o Irão contra retaliações visando interesses norte-americanos. “Se formos atacados de qualquer forma pelo Irão, toda a força e poder das Forças Armadas dos EUA recairão sobre vós a níveis nunca vistos. No entanto, podemos facilmente fechar um acordo entre o Irão e Israel e pôr fim a este conflito sangrento!!!” escreveu Trump, na rede Truth Social na noite de sábado.

  • Negociações entre EUA e Irão sobre programa nuclear suspensas

As negociações sobre o programa nuclear do Irão, previstas para este domingo em Mascate, foram canceladas.

Omã, país do Golfo Árabe, que tem mediado as negociações indiretas entre os EUA e o Irão sobre o programa nuclear de Teerão, afirmou no sábado que a sexta ronda não se realizaria.

O chefe da diplomacia iraniano, Abbas Araghchi, afirmou no sábado que as negociações nucleares eram “injustificáveis” após os ataques de Israel, que, defendeu, eram “resultado do apoio direto de Washington”.

França, Alemanha e Reino Unido afirmaram-se hoje prontos para retomar as negociações com o Irão.

Este domingo, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, reiterou que o Irão não tem qualquer intenção de desenvolver armas nucleares e está disponível para um acordo que garanta isso, rejeitando, no entanto, que o país seja “privado dos seus direitos nucleares”.

O Irão sempre afirmou que o seu programa nuclear era pacífico, e os EUA e outros países consideraram que o país não procura criar uma arma nuclear desde 2003. Mas o país enriqueceu ‘stocks’ cada vez maiores de urânio para níveis próximos dos de armas nos últimos anos e acredita-se que seria capaz de desenvolver múltiplas armas em poucos meses, se assim o desejasse.

  • Apelos internacionais à contenção

A comunidade internacional reagiu, de uma forma geral, com apelos à contenção, reclamando negociações e diplomacia como única solução para travar o conflito.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou uma reunião de urgência na sexta-feira, com os 15 países-membros a coincidirem na necessidade de travar as hostilidades.

Na sexta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, instou Israel e o Irão a “exercerem a máxima contenção” após os bombardeamentos israelitas lançados contra alvos militares e nucleares iranianos.

A União Europeia defendeu que só a diplomacia pode conduzir a uma “solução duradoura”, enquanto reiterou que Teerão “nunca deve ser autorizado a adquirir uma arma nuclear”.

Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido têm argumentado que Israel tem o direito a defender-se, quando o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, justificou os ataques com uma “dupla ameaça” no Irão: a produção de armas nucleares e de mísseis balísticos, alegando que o Irão pretende desenvolver 20.000 mísseis balísticos para “destruir o Estado de Israel”.

Os apelos internacionais estão a ser ignorados por Israel, cujo ministro dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, já garantiu hoje que os ataques israelitas vão prosseguir, alegando que “ainda restam alvos significativos por atingir”,

  • Espaços aéreos encerrados

O conflito levou ao encerramento dos espaços aéreos de Israel e Irão. A Jordânia, que tinha reaberto o espaço aéreo no sábado, voltou a encerrá-lo ao final do dia. Centenas de voos foram cancelados ou desviados desde sexta-feira.

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Pelo menos 128 mortos e 900 feridos entre sexta e sábado no Irão

  • Lusa
  • 15 Junho 2025

Pelo menos 128 pessoas morreram no Irão, e cerca de 900 ficaram feridas em ataques israelitas na sexta-feira e no sábado, disse o Ministério de Saúde iraniano.

Pelo menos 128 pessoas morreram no Irão, e cerca de 900 ficaram feridas em ataques israelitas na sexta-feira e no sábado, disse o Ministério de Saúde iraniano.

O porta-voz do Ministério, Hossein Kermanpour, indicou que os números são muito provisórios, dado que as equipas de resgate ainda estão a vasculhar os escombros, de acordo com a imprensa iraniana. Dos cerca de 900 feridos hospitalizados, cerca de 230 já tiveram alta, acrescentou o porta-voz.

A guerra entre Israel e o Irão, desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas que visaram instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e atingiram as centrais de enriquecimento de urânio de Fordo e Natanz (centro), o aeroporto nacional de Mehrabad e várias bases militares.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém, que fizeram pelo menos 13 mortos e mais de 200 feridos.

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BCP investiu mais de 110 milhões na recompra de ações

  • Lusa
  • 15 Junho 2025

O BCP já investiu mais de 110 milhões de euros no programa de recompra de ações que está a levar a cabo, tendo adquirido 182.927.967 títulos e detendo 1,21% do seu capital social.

O BCP já investiu mais de 110 milhões de euros no programa de recompra de ações que está a levar a cabo, tendo adquirido 182.927.967 títulos e detendo 1,21% do seu capital social, segundo um comunicado ao mercado.

Na nota, divulgada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), lê-se que o banco, no período entre 09 e 13 de junho, adquiriu, ao abrigo do programa, 9.519.403 ações ordinárias representativas do seu capital social. Assim, no âmbito deste programa, divulgado em abril, o BCP adquiriu até à presente data 182.927.967 ações, pelo valor total de 110.440.302,12 euros, representativas de 1,21% do seu capital social.

Em 08 de abril de 2025, o BCP informou que, nessa data, a sua Comissão Executiva tinha aprovado “um programa de recompra de ações próprias no montante global de 200.000.000,00 euros, com início a 14 de abril de 2025 e término a 14 de outubro de 2025 (inclusive), sem prejuízo da possibilidade da sua cessação antecipada, designadamente por decisão do Banco ou caso o número máximo de ações a adquirir ou o montante pecuniário máximo estabelecido sejam atingidos“, segundo uma nota no seu ‘site’.

O banco explicou que, no âmbito do seu Plano Estratégico 2025-28, “prevê executar programas de recompra de ações próprias, tendo como objetivo assegurar, conjuntamente com o pagamento de dividendos ordinários, uma distribuição aos acionistas de até 75% do resultado líquido consolidado gerado de 2025 a 2028, sujeito à aprovação das autoridades competentes”.

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