Sabseg e SC Braga prolongam parceria até 2028

  • ECO Seguros
  • 15 Junho 2025

O acordo pressupõe o patrocínio da frente do balcão das equipas A, B e Sub-23, bem como de outros ativos presentes no Estádio Municipal do Braga.

A Sabseg assina novo contrato de patrocínio com o SC Braga prolongando a parceria até 2028, avançou a corretora em comunicado.

Miguel Machado, presidente do conselho de administração da Sabseg e António Salvador, presidente do SC Braga, renovam parceria entre a corretora e o clube desportivo.

O acordo pressupõe o patrocínio da frente do balcão das equipas A, B e Sub-23, bem como de outros ativos que estão no Estádio Municipal do Braga.

A parceria entre as suas entidades começou em 2007. “Esta é uma renovação que satisfaz as duas partes, mas que, mais do que isso, permite que SC Braga e Sabseg mantenham uma ligação histórica, dada a duração da mesma”, afirmou Miguel Machado, presidente do conselho de administração da Sabseg. “São duas das grandes marcas da cidade e faz todo o sentido que esta união permaneça firme, sobretudo nos valores partilhados e na ambição de crescimento”, acrescenta.

“Esta é uma parceria histórica, que comprova que quando duas instituições alinhadas em valores e ambições caminham de forma conjunta aceleram o seu crescimento e potenciam os seus resultados. Assim tem sido e continuará a ser: avançando lado a lado, o SC Braga e a Sabseg vão alcançar novas metas e dar continuidade à sua afirmação nacional e internacional”, afirma António Salvador, presidente do SC Braga.

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Programa do Governo: Fundo sísmico esquecido, promessas na poupança

O programa do novo Governo esquece o fundo sísmico mas, para os seguros e pensões, abre portas nos produtos de poupança e a alternativas à segurança social. Veja os destaques.

O Programa do XXV Governo Constitucional, saído das legislativas de 18 de maio ganhas pela coligação AD (PSD/CDS), foi entregue no passado sábado na Assembleia da República. Aprovado em Conselho de Ministros na quinta-feira, será discutido na Assembleia da República nas próximas terça e quarta-feira.

Na tutela da área seguradora e dos fundos de pensões continuará Joaquim Miranda Sarmento como Ministro de Estado e das Finanças e João Silva Lopes como Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, tendo como missão imediata nomear uma nova presidência para a ASF, entidade supervisora do setor, que vai suceder a Margarida Corrêa de Aguiar cujo mandato de seis anos não renovável termina este mês de junho.

O tema mais esquecido do programa do Governo foi a criação do Fundo Sísmico e para Desastres Naturais, cujo projeto legislativo já foi entregue pela ASF ao anterior Governo e cujas principais características são opções políticas sensíveis.

Em causa está uma estimativa clara de financiamento para tornarem fundo robusto e sustentável, decidir se o financiamento virá do Orçamento de Estado, de fundos europeus, de prémios de seguros obrigatórios ou não. Finalmente, definir a entidade que vai gerir um montante capaz de suportar – estimativas já existentes – indemnizações que podem chegar aos 10 mil milhões de euros em caso de catástrofe severa.

O programa é vago nas propostas, para o setor segurador e dos fundos de pensões, algumas informações se destacam:

  • Reforço de crédito internacionais e novos seguros de apoio ao investimento externo. Depois de, em junho de 2022, ter transferido para o Banco Português de Fomento (BPF) os seguros públicos de crédito estatal da COSEC, onde estavam desde 1969, o Governo propõe-se agora integrar a COSEC no Grupo Banco Português de Fomento. O propósito é de “re­forçar a oferta de seguros de crédito à exportação e criar novos seguros de apoio ao investimento direto português no estrangeiro, fortalecendo a capacidade das empresas nacionais para competir nos mercados inter­nacionais”.
  • BPF vai comprar Allianz Trade? A COSEC é hoje a Allianz Trade, depois da seguradora, em setembro de 2023, ter adquirido ao BPI os 50% do capital que lhe faltavam. Daí se poder concluir que o BPF vai comprar a Allianz Trade.
  • Seguros agrícolas na mesma. Em relação ao seguro de colheitas, com os prémios dos agricultores parcialmente pagos pela União Europeia e com o excesso de sinistralidade das seguradoras assegurado pelo Orçamento do Estado, o Governo vai “prosseguir com o trabalho conjunto com instituições da UE em prol de um sistema de resseguros que permitam que os nossos agricultores estejam protegidos das consequências negativas das alterações climáticas”.
  • Investir reservas de capital em capital de risco. O programa também refere “incentivar a participação de investidores institucionais, como fundos de pensões ou seguradoras, em fundos de capital de risco, nomeadamente, através da criação de mecanismos de mitigação de risco e de benefícios para particulares que invistam em entidades que canalizem fundos para esta classe de ativos”.
  • O PEPP? Quer o Governo “estimular a poupança, evoluindo para um sistema de tributação limitada da poupança e dos rendimentos reinvestidos”, acrescentado “no âmbito do processo europeu de reforço dos mecanismos de poupança, envolver neste sistema produtos financeiros específicos para trabalhadores, associados a planos de poupança de longo prazo”.
  • Fundos de Pensões Empresa? O Executivo também quer “criar contas-poupança isentas de impostos, adotando um regime em que certo nível de contribuições dos trabalhadores e das suas enti­dades empregadoras sejam livres de IRS, salvo se e quando forem distribuídas, pagas ou, de qualquer forma, apropriadas pelos respe­tivos titulares”
  • Fundos de Pensões Individuais? Tal passa, diz o programa do Governo, pela “introdução de contas poupança com possibilidade de acesso a grande diversidade de instrumentos, com eventuais limites à entrada, inspirada no modelo de “ISA accounts” no Reino Unido ou nas contas “401K” nos Estados Unidos”
  • PPR aperfeiçoado? Continuar a reforçar a sustentabilidade do sistema previdencial da segu­rança social, através das seguintes medidas: o promover junto dos cidadãos incentivos à poupança a médio e longo prazo, através de regimes complementares de reforma.
  • Ameaça às seguradoras caução. O Governo pretende “reduzir o custo das garantias bancárias de forma transversal, com um modelo de pricing mais simples e ágil”.
  • Uma lembrança aos agentes e corretores de seguros. O Executivo decide “apostar na promoção da Concorrência no Setor bancário”, que também passa por “restrições ao bundling de produtos”, ou seja limites à quase imposição aos clientes bancários de apólices de seguros preferidas pelos seus bancos.

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Porto vai ter 124 fogos com renda acessível financiado pela Ageas

Nesses fogos serão praticadas rendas abaixo do valor de mercado por um período mínimo de 10 anos. As tipologias disponíveis incluem fogos de tipologia T0 a T3 com rendas entre os 525 e os 950 euros.

A freguesia de Campanhã deverá ter 124 novos fogos de renda acessível destinados a famílias de classe média. Esta informação foi avançada pelo Grupo Ageas Portugal que vai financiar este projeto habitacional – Build to Rent – pioneiro em Portugal.

O projeto Jardins do Oriente prevê que as rendas mensais variem entre os 525 e os 950 euros. Investimento é da Ageas Portugal.

O projeto denominado de Jardins do Oriente é feito em parceria com o Município do Porto, responsável pelo arrendamento e com a Garcia Garcia com a construção a seu cargo.

Nesses fogos serão praticadas rendas abaixo do valor de mercado por um período mínimo de 10 anos. As tipologias disponíveis incluem dois fogos T0, 36 T1, 71 T2 e 15 T3, com rendas mensais que variam entre os 525 e os 950 euros.

A solução visa ser mais uma resposta do Município do Porto no âmbito da sua Política Municipal de Habitação à “crescente dificuldade da classe média em aceder à habitação a preços compatíveis com os rendimentos atuais”.

O Município do Porto terá que pagar o valor das rendas à seguradora, no entanto, este valor mensal será “direta e proporcionalmente suportado pelas rendas que receberá dos seus inquilinos”. No final das contas, não resulta nenhum encargo direto deste acordo para o município, mas este irá atribuir subsídios às famílias para apoiar os custos da renda.

“O Município, enquanto arrendatário, suportará o valor das rendas, pelas quais será ressarcido, através do valor a pagar pelos subarrendatários, verdadeiros beneficiários do programa de rendas acessíveis”, explica Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto.

Ou seja, “o único encargo a suportar pela autarquia diz respeito aos eventuais subsídios que vierem a ser atribuídos e que se estima que representem 160 mil euros por ano. Este subsídio, que na fase inicial do programa Porto com Sentido poderia chegar a 30% da renda, hoje chega, nalguns casos, a atingir os 50%, servindo o propósito de amenizar, ainda mais, o valor pago pelos inquilinos”, clarifica Rui Moreira.

A concretização deste empreendimento decorre no âmbito da atualização do programa municipal “Porto com Sentido”, que acomodará alterações da legislação nacional, nomeadamente em matéria de arrendamento acessível e Simplex urbanístico. É neste contexto que o projeto será apresentado e discutido na reunião do executivo municipal no próximo dia 16 de junho, sendo mais um passo na implementação de soluções inovadoras para a política de habitação na cidade.

O projeto Jardins do Oriente, no Porto, é o primeiro projeto de investimento privado em larga escala de arrendamento acessível em Portugal”, afirmou Luís Menezes, CEO do Grupo Agras Portugal. “Este passo reforça o nosso posicionamento enquanto investidor responsável e sustentável, com foco no pilar ‘S’ de ESG, esperando que o sucesso deste projeto possa alavancar mais investimento em habitação acessível”, acrescenta o responsável.

“Contribuir para uma solução concreta de acesso à habitação para a classe média, numa lógica de parceria público-privada, reflete o nosso compromisso com a construção de cidades mais inclusivas e sustentáveis”, afirma Miguel Garcia, Administrador da construtora Garcia Garcia.

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Conflito armado Israel/Irão em oito pontos

  • Lusa
  • 15 Junho 2025

Israel e o Irão entraram no terceiro dia de conflito armado, depois de as forças israelitas terem lançado um ataque contra infraestruturas iranianas, levando à retaliação iraniana.

Um membro de uma força militar israelita procura sobreviventes depois de um ataque de drone do Irão.

Israel e o Irão entraram este domingo no terceiro dia de conflito armado, depois de as forças israelitas terem lançado um ataque contra infraestruturas iranianas na madrugada de sexta-feira, levando à retaliação de Teerão. Os Estados Unidos e Israel já avisaram que o pior está para vir, enquanto o Irão prometeu parar de atacar o território israelita se as forças israelitas travarem “a agressão”. Teerão alega que a sua resposta aos ataques israelitas “é totalmente legítima”.

O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados. Eis o que se sabe sobre o conflito entre Telavive e Teerão:

  • Ataques israelitas visaram responsáveis militares e a produção nuclear iraniana

Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e incluem instalações nucleares, como as centrais de enriquecimento de urânio de Fordo e Natanz (centro), o aeroporto nacional de Mehrabad e várias bases militares. O Irão ativou as defesas aéreas em sete províncias, incluindo Teerão, no sábado à noite.

Os ataques a Teerão tiveram também como alvo edifícios residenciais e a sede da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica.

O exército israelita afirmou no sábado ter matado mais de 20 comandantes das forças de segurança iranianas. Teerão confirmou até agora a morte de 15 responsáveis, incluindo o líder da Guarda, o comandante da força aeroespacial do corpo e o chefe do Estado-Maior do Irão. Nove cientistas do programa nuclear iraniano também foram mortos.

  • Resposta iraniana aos ataques israelitas

O Irão retaliou na sexta-feira com dezenas de mísseis balísticos contra Israel, alguns dos quais atingiram o território, matando três pessoas. O Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, alertou para uma resposta “mais forte” caso o ataque israelita se mantivesse.

Desde então, Teerão lançou pelo menos cinco ataques com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém. Uma refinaria de petróleo israelita sofreu danos “localizados” no seu complexo na cidade de Haifa, no norte do país.

  • Vítimas de ambos os lados

Segundo as autoridades iranianas, pelo menos 100 pessoas morreram e mais de 800 ficaram feridas, entre lideranças militares, cientistas e civis, devido aos ataques de Israel. Do lado israelita, pelo menos 13 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas na resposta iraniana.

  • Perigo nuclear

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) informou que as instalações de superfície na central de Natanz, em grande parte subterrânea, foram “destruídas”, mas que “não foi observado qualquer aumento dos níveis de radiação”.

Uma central de conversão de urânio em Isfahan (centro do Irão) foi “desmantelada”, segundo o exército israelita. Outras duas bases militares no noroeste foram atacadas e Israel afirmou ter “desmantelado” a de Tabriz (norte do Irão).

A cúpula da AIEA reúne-se na segunda-feira para discutir os ataques israelitas a instalações nucleares do Irão.

  • O papel dos Estados Unidos

O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, afirmou que Teerão tem “sólidas provas” do apoio dos EUA ao ataque israelita sem precedentes ao território iraniano.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, por sua vez, reafirmou que Washington “não teve nada a ver” com os ataques israelitas ao Irão.

Trump advertiu o Irão contra retaliações visando interesses norte-americanos. “Se formos atacados de qualquer forma pelo Irão, toda a força e poder das Forças Armadas dos EUA recairão sobre vós a níveis nunca vistos. No entanto, podemos facilmente fechar um acordo entre o Irão e Israel e pôr fim a este conflito sangrento!!!” escreveu Trump, na rede Truth Social na noite de sábado.

  • Negociações entre EUA e Irão sobre programa nuclear suspensas

As negociações sobre o programa nuclear do Irão, previstas para este domingo em Mascate, foram canceladas.

Omã, país do Golfo Árabe, que tem mediado as negociações indiretas entre os EUA e o Irão sobre o programa nuclear de Teerão, afirmou no sábado que a sexta ronda não se realizaria.

O chefe da diplomacia iraniano, Abbas Araghchi, afirmou no sábado que as negociações nucleares eram “injustificáveis” após os ataques de Israel, que, defendeu, eram “resultado do apoio direto de Washington”.

França, Alemanha e Reino Unido afirmaram-se hoje prontos para retomar as negociações com o Irão.

Este domingo, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, reiterou que o Irão não tem qualquer intenção de desenvolver armas nucleares e está disponível para um acordo que garanta isso, rejeitando, no entanto, que o país seja “privado dos seus direitos nucleares”.

O Irão sempre afirmou que o seu programa nuclear era pacífico, e os EUA e outros países consideraram que o país não procura criar uma arma nuclear desde 2003. Mas o país enriqueceu ‘stocks’ cada vez maiores de urânio para níveis próximos dos de armas nos últimos anos e acredita-se que seria capaz de desenvolver múltiplas armas em poucos meses, se assim o desejasse.

  • Apelos internacionais à contenção

A comunidade internacional reagiu, de uma forma geral, com apelos à contenção, reclamando negociações e diplomacia como única solução para travar o conflito.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou uma reunião de urgência na sexta-feira, com os 15 países-membros a coincidirem na necessidade de travar as hostilidades.

Na sexta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, instou Israel e o Irão a “exercerem a máxima contenção” após os bombardeamentos israelitas lançados contra alvos militares e nucleares iranianos.

A União Europeia defendeu que só a diplomacia pode conduzir a uma “solução duradoura”, enquanto reiterou que Teerão “nunca deve ser autorizado a adquirir uma arma nuclear”.

Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido têm argumentado que Israel tem o direito a defender-se, quando o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, justificou os ataques com uma “dupla ameaça” no Irão: a produção de armas nucleares e de mísseis balísticos, alegando que o Irão pretende desenvolver 20.000 mísseis balísticos para “destruir o Estado de Israel”.

Os apelos internacionais estão a ser ignorados por Israel, cujo ministro dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, já garantiu hoje que os ataques israelitas vão prosseguir, alegando que “ainda restam alvos significativos por atingir”,

  • Espaços aéreos encerrados

O conflito levou ao encerramento dos espaços aéreos de Israel e Irão. A Jordânia, que tinha reaberto o espaço aéreo no sábado, voltou a encerrá-lo ao final do dia. Centenas de voos foram cancelados ou desviados desde sexta-feira.

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Pelo menos 128 mortos e 900 feridos entre sexta e sábado no Irão

  • Lusa
  • 15 Junho 2025

Pelo menos 128 pessoas morreram no Irão, e cerca de 900 ficaram feridas em ataques israelitas na sexta-feira e no sábado, disse o Ministério de Saúde iraniano.

Pelo menos 128 pessoas morreram no Irão, e cerca de 900 ficaram feridas em ataques israelitas na sexta-feira e no sábado, disse o Ministério de Saúde iraniano.

O porta-voz do Ministério, Hossein Kermanpour, indicou que os números são muito provisórios, dado que as equipas de resgate ainda estão a vasculhar os escombros, de acordo com a imprensa iraniana. Dos cerca de 900 feridos hospitalizados, cerca de 230 já tiveram alta, acrescentou o porta-voz.

A guerra entre Israel e o Irão, desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas que visaram instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e atingiram as centrais de enriquecimento de urânio de Fordo e Natanz (centro), o aeroporto nacional de Mehrabad e várias bases militares.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém, que fizeram pelo menos 13 mortos e mais de 200 feridos.

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BCP investiu mais de 110 milhões na recompra de ações

  • Lusa
  • 15 Junho 2025

O BCP já investiu mais de 110 milhões de euros no programa de recompra de ações que está a levar a cabo, tendo adquirido 182.927.967 títulos e detendo 1,21% do seu capital social.

O BCP já investiu mais de 110 milhões de euros no programa de recompra de ações que está a levar a cabo, tendo adquirido 182.927.967 títulos e detendo 1,21% do seu capital social, segundo um comunicado ao mercado.

Na nota, divulgada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), lê-se que o banco, no período entre 09 e 13 de junho, adquiriu, ao abrigo do programa, 9.519.403 ações ordinárias representativas do seu capital social. Assim, no âmbito deste programa, divulgado em abril, o BCP adquiriu até à presente data 182.927.967 ações, pelo valor total de 110.440.302,12 euros, representativas de 1,21% do seu capital social.

Em 08 de abril de 2025, o BCP informou que, nessa data, a sua Comissão Executiva tinha aprovado “um programa de recompra de ações próprias no montante global de 200.000.000,00 euros, com início a 14 de abril de 2025 e término a 14 de outubro de 2025 (inclusive), sem prejuízo da possibilidade da sua cessação antecipada, designadamente por decisão do Banco ou caso o número máximo de ações a adquirir ou o montante pecuniário máximo estabelecido sejam atingidos“, segundo uma nota no seu ‘site’.

O banco explicou que, no âmbito do seu Plano Estratégico 2025-28, “prevê executar programas de recompra de ações próprias, tendo como objetivo assegurar, conjuntamente com o pagamento de dividendos ordinários, uma distribuição aos acionistas de até 75% do resultado líquido consolidado gerado de 2025 a 2028, sujeito à aprovação das autoridades competentes”.

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Alemanha diz que Teerão “nunca deverá ter armas nucleares”

  • Lusa
  • 15 Junho 2025

O chanceler alemão, Friedrich Merz, sublinhou hoje que o Irão "nunca deverá ter armas nucleares", durante uma reunião com o sultão de Omã, disse o porta-voz do Governo em Berlim.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, sublinhou hoje que o Irão “nunca deverá ter armas nucleares“, durante uma reunião com o sultão de Omã, disse o porta-voz do Governo em Berlim. Ao mesmo tempo, Merz enfatizou o seu desejo, partilhado com o sultão Haitham bin Tarik al-Said, de “impedir uma extensão do conflito” através de esforços diplomáticos, acrescentou o porta-voz do executivo alemão, Stefan Kornelius, em comunicado.

A posição do chanceler alemão surge na mesma linha da transmitida pela diplomacia da União Europeia. “A UE sempre foi clara: o Irão nunca deve ser autorizado a adquirir uma arma nuclear“, disse a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, numa mensagem nas redes sociais, após ter conversado com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi.

Para a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, “o risco de uma nova escalada na região é perigosamente alto”. “A diplomacia deve prevalecer”, instou Kaja Kallas, acrescentando: “Somente a diplomacia pode levar a uma solução duradoura. A UE está pronta para apoiá-la“.

Hoje, a França, o Reino Unido e a Alemanha propuseram retomar as negociações nucleares com o Irão, no terceiro dia de conflito armado com Israel. “A Alemanha, juntamente com a França e o Reino Unido, está pronta. Oferecemos negociações imediatas sobre o programa nuclear. Espero que a oferta seja aceite”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, horas depois de o Presidente da França, Emmanuel Macron, ter falado com o seu homólogo iraniano, Masoud Pezeshkian, para se pronunciar nos mesmos termos.

Os três países europeus faziam parte da antiga delegação 5+1 (os cinco países membros do Conselho de Segurança mais a Alemanha) que assinou em 2015 o histórico acordo nuclear com o Irão, no qual o Irão se comprometia a esclarecer as dúvidas sobre a natureza pacífica do programa nuclear em troca da sua reintegração nos mercados internacionais.

O acordo foi invalidado para todos os efeitos após a retirada unilateral ordenada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, três anos depois, durante o seu primeiro mandato na Casa Branca.

Embora os países europeus tenham manifestado a sua intenção de prosseguir com as negociações, o Irão denunciou que, na realidade, eles se tinham submetido completamente à decisão norte-americana.

A guerra entre Israel e o Irão, desencadeada na madrugada de sexta-feira por bombardeamentos israelitas que visaram instalações militares e nucleares iranianas, causou já mais de 100 mortos e 800 feridos no Irão, entre lideranças militares, cientistas e civis.

Entre os mortos, contam-se vários oficiais superiores, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e as centrais de enriquecimento de urânio de Fordow e Natanz (centro), o aeroporto nacional de Mehrabad e várias bases militares.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém, que fizeram pelo menos 13 mortos e 150 feridos.

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França, Alemanha e Reino Unido propõem negociações sobre programa nuclear com Teerão

  • Lusa
  • 15 Junho 2025

França, Alemanha e Reino Unido propuseram retomar as negociações nucleares com o Irão, no terceiro dia de conflito armado com Israel.

A França, a Alemanha e o Reino Unido propuseram retomar as negociações nucleares com o Irão, no terceiro dia de conflito armado com Israel. O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, foi encarregado de estender publicamente a mão a Israel, durante uma entrevista à rede ARD.

A Alemanha, juntamente com a França e o Reino Unido, está pronta. Oferecemos negociações imediatas sobre o programa nuclear. Espero que a oferta seja aceite“, afirmou o ministro, horas depois de o Presidente da França, Emmanuel Macron, ter falado com o seu homólogo iraniano, Masoud Pezeshkian, para se pronunciar nos mesmos termos.

Os três países europeus faziam parte da antiga delegação 5+1 (os cinco países membros do Conselho de Segurança mais a Alemanha) que assinou em 2015 o histórico acordo nuclear com o Irão, no qual o Irão se comprometia a esclarecer as dúvidas sobre a natureza pacífica do programa nuclear em troca da sua reintegração nos mercados internacionais.

O acordo foi invalidado para todos os efeitos após a retirada unilateral ordenada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, três anos depois, durante o seu primeiro mandato na Casa Branca.

Embora os países europeus tenham manifestado a sua intenção de prosseguir com as negociações, o Irão denunciou que, na realidade, eles se tinham submetido completamente à decisão norte-americana.

No telefonema com o Presidente iraniano, Macron aproveitou para pedir a libertação de dois franceses detidos no Irão, Cécile Kohler e Jacques Paris, e exigiu ao seu homólogo proteção para as sedes diplomáticas, o pessoal e os cidadãos franceses no país. “O programa nuclear do Irão é uma grave preocupação e deve ser resolvido através da negociação. Por isso, convidei o Presidente Pezeshkian a regressar rapidamente à mesa das negociações para chegar a um acordo, a única via viável para a desescalada“, afirmou Macron numa mensagem publicada na sua conta do X. “Estamos dispostos a contribuir e a mobilizar todos os nossos esforços para alcançar esse objetivo“, acrescentou.

O Irão não se pronunciou sobre esta oferta e, nas últimas horas, denunciou o apoio que a Alemanha deu às operações israelitas: o próprio ministro Wadephul reivindicou o direito de Israel se defender perante a possibilidade de o Irão acabar por fabricar uma arma nuclear, algo que Teerão negou inúmeras vezes.

Numa mensagem publicada na rede X, o porta-voz dos Negócios Estrangeiros de Teerão, Esmail Baqaei, lamentou a posição da Alemanha e apelou à História como exemplo. “Perguntem aos sobreviventes dos refugiados polacos e franceses que receberam passaportes iranianos para se protegerem de Hitler. Aqueles que estão perpetuamente do lado errado da História, é melhor que agora fiquem em silêncio“, concluiu.

Nas últimas horas, as forças israelitas continuaram a atacar depósitos e estruturas de lançamento de mísseis no oeste do Irão e abateram pelo menos sete drones que ativaram os alarmes no norte de Israel, informou o exército.

Por sua vez, os bombardeamentos iranianos contra vários pontos de Israel, na madrugada de hoje, provocaram pelo menos 10 mortos e sete desaparecidos, segundo os serviços de emergência israelitas e a polícia.

Na noite anterior, três pessoas tinham morrido em Telavive, elevando para 13 o número total de vítimas mortais desde o início da escalada.

Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, afirmou também hoje, durante um encontro com embaixadores estrangeiros em Teerão, que, se Israel cessar os ataques contra território iraniano, Teerão deixará também de bombardear Israel, após mais uma noite de trocas de fogo entre os dois países.

Desde a madrugada de sexta-feira, mais de 100 pessoas terão morrido no Irão devido aos ataques israelitas, entre as quais se incluem altos quadros militares iranianos e cientistas nucleares ligados aos projetos de enriquecimento de urânio do país, mas também vários civis.

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Chega candidata Bruno Mascarenhas à Câmara de Lisboa

  • Lusa
  • 15 Junho 2025

O deputado municipal do Chega Bruno Mascarenhas é o candidato do partido à presidência da Câmara Municipal de Lisboa nas próximas eleições autárquicas.

O deputado municipal do Chega Bruno Mascarenhas é o candidato do partido à presidência da Câmara Municipal de Lisboa nas próximas eleições autárquicas. “O Chega anuncia, formalmente, o deputado municipal Bruno Mascarenhas como candidato do partido à presidência da Câmara Municipal de Lisboa“, lê-se num comunicado divulgado este domingo pelo partido.

Na nota, o Chega refere que Bruno Mascarenhas “tem um percurso profissional e político que evidencia enorme capacidade de trabalho, foco no serviço público e dedicação à causa pública“.

De acordo com o partido, a apresentação da candidatura vai decorrer “nos próximos dias” e contará com a presença do presidente do Chega, André Ventura. “O Chega vai a estas eleições autárquicas para vencer o maior número de autarquias possível e consolidar a implantação em todo o território nacional, reafirmando o seu compromisso com uma alternativa firme e coerente nas várias regiões do país“.

Nas últimas eleições autárquicas, em 2021, o Chega candidatou o antigo apresentador de televisão Nuno Graciano. O partido conseguiu três deputados municipais em Lisboa, mas não elegeu qualquer vereador.

Até agora, foram anunciadas as candidaturas de Alexandra Leitão (PS), João Ferreira (CDU), Carolina Serrão (BE), Ossanda Líber (Nova Direita) e José Pinto Coelho (Ergue-te) ao município de Lisboa, enquanto Carlos Moedas, o atual presidente, ainda não formalizou a sua, provável, recandidatura.

Nas eleições autárquicas de 2021, o social-democrata Carlos Moedas foi eleito presidente da Câmara de Lisboa, com 34,25% dos votos, conquistando a autarquia ao PS, que tinha liderado o executivo autárquico da capital nos últimos 14 anos.

No atual mandato, 2021-2025, o executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) – que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta, sob liderança de Carlos Moedas (PSD) -, três do PS, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), dois do PCP, um do Livre e um do BE.

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Lìderes mundiais do G7 reúnem-se com guerra alargada no Médio Oriente

  • Lusa
  • 15 Junho 2025

Os líderes do G7 reúnem-se no Canadá num contexto de guerra alargada no Médio Oriente e com uma agenda que poderá incluir uma conversa a sós entre os presidentes norte-americano e ucraniano.

Os líderes do G7 reúnem-se este domingo no Canadá num contexto de guerra alargada no Médio Oriente e com uma agenda que poderá incluir uma conversa a sós entre os presidentes norte-americano e ucraniano. A reunião, que termina na segunda-feira, decorre quando Israel e Irão se atacam mutuamente, depois de uma primeira ofensiva israelita sobre instalações do programa nuclear iraniano, na madrugada de sexta-feira, e sucessivos ataques retaliatórios de Teerão com mísseis contra cidades em Israel.

Depois de ter sugerido que o Canadá se integrasse nos Estados Unidos, Donald Trump vai estrear-se neste segundo mandato nas cimeiras das sete economias mais avançadas com a presidência rotativa do G7 nas mãos do vizinho do norte. Terá como anfitrião o novo primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, que pretende evitar a todo o custo o que aconteceu na anterior cimeira do G7 organizada pelo Canadá, a de Charlevoix, em 2018. Na altura, Trump abandonou a reunião antes de ela terminar, insultou o então primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau e ordenou que a assinatura dos Estados Unidos fosse retirada do comunicado conjunto final.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai participar como convidado e disse na quinta-feira que espera ter uma conversa com Trump à margem da cimeira. Zelensky pretende convencer Trump a adotar novas sanções contra a Rússia, algo a que o líder norte-americano se tem mostrado até agora relutante.

Carney será também o anfitrião do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o que foi uma surpresa depois de Trudeau, o ter responsabilizado, no final de 2023, pela morte de um líder independentista ‘sikh’ que vivia no Canadá.

Além de Zelensky, Cláudia Sheinbaum (México) e Modi, Carney convidou para Kananaskis Anthony Albanese (Austrália), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Lee Jae-myung (Coreia do Sul) e Cyril Ramaphosa (África do Sul).

Os membros do G7 – Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá – reúnem-se anualmente para discutir questões económicas e geopolíticas mundiais.

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Sistema europeu de mísseis vai ter tecnologia portuguesa de inteligência artificial

  • Lusa
  • 15 Junho 2025

O consórcio de 26 entidades, liderado por uma empresa alemã da área da defesa, está integrado no projeto BEAST (Boosting European Advanced Missile System Technologie)

O projeto que visa o reforço da defesa da União Europeia (UE) através da inovação tecnológica associada a um sistema de mísseis vai contar com inteligência artificial (IA) desenvolvida pela empresa portuguesa Critical Software, revelou fonte empresarial.

O consórcio de 26 entidades, liderado por uma empresa alemã da área da defesa, e que envolve outras empresas e centros de investigação de 12 país europeus — no qual a Critical Software é a única representante portuguesa – está integrado no projeto BEAST (Boosting European Advanced Missile System Technologies, no original em inglês). O projeto deve começar no último trimestre deste ano e tem um horizonte de desenvolvimento de três anos, até finais de 2028.

Em informação prestada à agência Lusa, a tecnológica sediada em Coimbra esclareceu que a sua contribuição visa a conceção de “uma plataforma de operações de aprendizagem automática com o objetivo de automatizar a implementação de modelos de IA no software principal do sistema de mísseis”.

“Esta plataforma procura simplificar os fluxos de trabalho, reduzir os erros humanos e acelerar o desenvolvimento e a atualização de componentes baseados em IA”, adiantou.

Em conversa com a Lusa, João Pedro Mortágua, diretor sénior de desenvolvimento de negócios da Critical Software, explicou que a intervenção da tecnológica portuguesa passa por incorporar inteligência artificial nos mísseis – através de operações de ‘machine learning’ (em que os sistemas aprendem através da análise de dados e da identificação de padrões) –, que considerou uma novidade na área da defesa.

Nós estamos do lado dos bons, ou seja, de quem defende. Para nós a defesa é, de facto, defesa, não é para criar ferramentas nem dotar países ou Estados-membros [da UE] com maneiras de matar pessoas de forma indiscriminada. Pelo contrário, é defender populações, é salvar vidas humanas. E, portanto, este projeto é muito nesta lógica da defesa dos cidadãos europeus e nada em promover ataques nem mortes.

O atual contexto geopolítico e de conflitos às portas da Europa ocidental, segundo o diretor da Critical Software, tem sido muito favorável ao investimento em inovação tecnológica e ao desenvolvimento de sistemas de defesa europeus.

Face a potenciais ameaças como sejam os aviões de combate de quinta e sexta geração, dispositivos aéreos não tripulados (drones), guerra eletrónica ou mísseis de cruzeiro, o especialista advogou a necessidade de o continente europeu estar preparado para responder.

“A ameaça é premente e há um aumento enorme da procura, quer da inovação, quer do investimento. Este projeto BEAST vem nessa lógica de trabalhar em conjunto, com países europeus, em sistemas de defesa avançados, interoperáveis, modelares e de rápido desenvolvimento, que possam dotar a Europa de maior capacidade de defesa”, explicou João Pedro Mortágua.

No entanto, o desenvolvimento de um sistema que poderá permitir que as capacidades dos mísseis “sejam mais inovadoras e com maior autonomia”, levanta, segundo o especialista, engenheiro aeroespacial de formação, questões de ética e de segurança das populações que terão de ser observadas.

“Tudo isto tem de ser muito bem acautelado para garantir que, de facto, não há aqui riscos para as populações. Obviamente que a questão dos requisitos de segurança e fiabilidade tem de ser garantida. Portanto, o nosso papel é de grande inovação, mas também de grande rigor”, enfatizou João Pedro Mortágua.

No final do projeto, o objetivo é chegar a um protótipo funcional: “Vamos ter três anos para desenvolver, testar e depois perceber se, isto é, ou não, reprodutível do ponto de vista industrial. Mas o objetivo é esse, criar um protótipo que venha a ser industrializado e depois usado em cenários de defesa”, indicou.

A Critical Software está presente no mercado com soluções tecnológicas em diversos domínios, desde a aviação à exploração espacial, passando pelo setor financeiro, transportes, energia ou saúde, entre outros.

Naquele que é, até à data, o maior projeto da área da defesa militar em que a tecnológica portuguesa participa, João Pedro Mortágua lembrou o “código de ética bastante estrito” existente na empresa.

Nós estamos do lado dos bons, ou seja, de quem defende. Para nós a defesa é, de facto, defesa, não é para criar ferramentas nem dotar países ou Estados-membros [da UE] com maneiras de matar pessoas de forma indiscriminada. Pelo contrário, é defender populações, é salvar vidas humanas. E, portanto, este projeto é muito nesta lógica da defesa dos cidadãos europeus e nada em promover ataques nem mortes“, vincou.

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António José Seguro apresenta candidatura a Belém

  • Lusa
  • 15 Junho 2025

O antigo secretário-geral do PS António José Seguro apresenta este domingo a sua candidatura a Presidente da República nas Caldas da Rainha, considerando que o país "precisa de mudança e esperança".

O antigo secretário-geral do PS António José Seguro apresenta este domingo a sua candidatura a Presidente da República no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, considerando que o país “precisa de mudança e esperança”. “O nosso país precisa de mudança e esperança numa vida melhor. Conto consigo“, lê-se no ‘site’ da candidatura. A apresentação vai decorrer no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, pelas 16h00.

O antigo líder socialista anunciou a entrada na corrida a Belém em 3 de junho, no dia em que o novo parlamento iniciou funções, através de um vídeo publicado pela TVI/CNN Portugal.

O que nos falta hoje não é apenas estabilidade, é confiança. Confiança nas instituições, confiança de que quem está no poder serve e não se serve, confiança de que deixaremos aos nossos filhos mais do que aquilo que recebemos dos nossos pais“, disse na altura.

Dois dias depois de confirmar a candidatura, no seu último comentário no espaço na CNN, António José Seguro considerou que o PS tem “todo o tempo do mundo para decidir” o que fazer no que toca às eleições presidenciais, afirmando que tem muita gente com ele dentro e fora do partido.

Eu sou um homem livre. Já o disse várias vezes. Não tenho amarras absolutamente nenhumas e considero que esta é uma eleição em que as pessoas expressam a sua convicção, as suas ideias, a sua visão do país. E, portanto, eu não tinha que esperar por ninguém. Eu tinha que ser eu próprio“, explicou.

O antigo secretário-geral socialista afirmou também que o PS “decidirá da melhor maneira”. “O Partido Socialista está numa situação que não é fácil, que é uma situação difícil. E, portanto, tem todo o tempo do mundo para decidir o que deve fazer nestas eleições presidenciais”, acrescentou.

Até ao momento, Seguro foi a única personalidade da área socialista que já anunciou uma candidatura a chefe de Estado.

A moção do único candidato à liderança do PS, José Luís Carneiro, refere que o “órgão competente do PS – no caso, o Congresso Nacional ou, entre congressos, a Comissão Nacional – deve apreciar e pronunciar-se, no momento próprio, sobre as candidaturas ou intenções de candidaturas apresentadas pelas cidadãs e pelos cidadãos oriundos do espaço que o centro-esquerda representa e que se propõem ao escrutínio eleitoral“.

António José Martins Seguro nasceu em 11 de março de 1962 em Penamacor, distrito de Castelo Branco, é mestre em Ciência Política, pelo ISCTE-IUL, e licenciado em Relações Internacionais, pela Universidade Autónoma de Lisboa. É casado e tem dois filhos.

Depois de ocupar vários cargos públicos ao longo dos anos – membro do Governo, deputado ou eurodeputado, entre outros – Seguro afastou-se da vida política após a demissão de secretário-geral do PS, em setembro de 2014, na sequência da derrota das eleições primárias contra António Costa.

Remetendo-se à condição de “militante de base” depois de deixar a liderança do PS, que ocupou entre 2011 e 2014, o agora candidato presidencial dedicou-se às aulas na universidade e aos seus negócios, e manteve-se quase em silêncio sobre as questões políticas ao longo da última década, com raríssimas exceções.

Depois de uma década afastado da vida política, o antigo secretário-geral do PS voltou ao ativo e apresenta-se às eleições presidenciais do próximo ano sem esperar pelo seu partido.

Além de António José Seguro, também o antigo líder do PSD Luís Marques Mendes, o ex-chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo, e Joana Amaral Dias já apresentaram as suas candidaturas às eleições presidenciais que serão disputadas em janeiro do próximo ano.

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