Economia alemã perde fôlego no arranque do ano
Motor da zona euro revelou dificuldades a arrancar no início do ano, com setor dos serviços a retirar alguma expressividade ao bom momento da economia alemã.
A economia da Alemanha perdeu algum fôlego no arranque do novo ano, depois de uma reta final de 2016 em grande estilo, segundo os dados da Markit revelados esta terça-feira.
O índice de compras de gestores recuou para 54,7 este mês face aos 55,2 registados em dezembro. Leituras acima de 50 pontos indicam expansão da atividade económica, ou seja, o valor observado em janeiro mostra que a maior economia da zona euro voltou a crescer. Ainda assim, tratou-se do valor mais baixo em quatro meses, o que é explicado com o facto de o indicador para o setor dos serviços ter cedido para o nível mais baixo desde setembro.
“O abrandamento dos serviços vai aumentar o nível de alerta”, referiu Philip Leake, economista da IHS Markit, a entidade responsável pela divulgação deste indicador que funciona como um proxy da atividade económica. “O crescimento continuou sólido no geral e as empresas foram suficientemente corajosas para aumentar o emprego substancialmente”, acrescentou.
"O abrandamento dos serviços vai aumentar o nível de alerta.”
Os ganhos nas bolsas europeus atenuaram após a Markit ter apresentado o índice. Milão, que começou o dia com ganhos acima de 1%, avança agora 0,7%. E Frankfurt e Madrid, que somavam mais de 0,8%, seguem agora ligeiramente acima da linha de água. Lisboa também negociava quase inalterado nos 4.559,72 pontos.
Para a Markit, o desempenho mais fraco da economia alemã em janeiro vem mostrar que nem o motor da zona euro está livre de riscos, sobretudo no arranque de um ano que poderá ser turbulento do ponto de vista político.
A Alemanha deverá ter crescido 0,5% no quarto trimestre de 2016, de acordo com o gabinete de estatísticas alemão. A Markit estima uma expansão da economia de cerca de 1,9% em 2017, mantendo o ritmo de crescimento de 2016.
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