Novo regime para cotadas abre portas à entrada da Fosun no BCP
BCP quer juntar 75 ações numa só, como forma de fazer subir o valor dos títulos, que negoceiam atualmente na casa do cêntimo.
O Governo criou um novo regime que permite às empresas cotadas a fusão de ações. Esta é uma das condições que a Fosun impôs ao BCP para entrar no capital do banco português.
“O Governo aprovou hoje um regime que permite às sociedades admitidas à negociação em mercado regulamentado procederem ao reagrupamento das suas ações, fora do âmbito de uma redução do capital social”, pode ler-se no mais recente comunicado do Conselho de Ministros, que decorreu na quinta-feira.
Este “reagrupamento de ações” é uma intenção manifestada pelo BCP — e já aprovada pelos acionistas — desde abril, como forma de fazer subir o valor dos títulos, ao juntar 75 ações numa só. Assim, uma ação do BCP, que vale agora (ao preço de fecho de sexta-feira) 1,46 cêntimos, passaria a valer 1,095 euros.
Por outro lado, a “concretização e registo do processo de reverse stock split [ou fusão de ações] nos termos aprovados pela assembleia-geral do passado dia 21 de abril” é uma das condições impostas pela Fosun para entrar no capital do BCP. O grupo chinês — que já detém em Portugal a seguradora Fidelidade, a Luz Saúde e pelo menos 5% da REN — avançou com uma proposta (que já mereceu nota positiva do conselho de administração do BCP) para ficar a deter 30% do capital do banco liderado por Nuno Amado.
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