Conselho das Finanças Públicas considera cenário macro na base do OE “plausível”

  • Marta Santos Silva
  • 14 Outubro 2016

O Conselho das Finanças Públicas considerou que os principais riscos no cenário macroeconómico são também "as variáveis-chave para a concretização do cenário projetado".

O Conselho das Finanças Públicas considerou esta sexta-feira que o cenário macroeconómico na base da proposta de Orçamento de Estado para 2017 apresentada hoje pelo Governo é “plausível”, embora os dois maiores riscos descendentes sejam também as variáveis mais fundamentais para o sucesso dos objetivos pretendidos.

Num parecer publicado no seu site oficial, a entidade considera que as projeções apresentadas na proposta são “estatisticamente plausíveis”, apesar de terem “riscos descendentes assinaláveis”.

O grupo de economistas dirigido por Teodora Cardoso assinala que o cenário macroeconómico que consta na proposta de OE/2017 “apresenta importantes alterações da trajetória esperada para a economia portuguesa” relativamente às do Programa de Estabilidade e do Orçamento de Estado de 2016.

Na conclusão do seu parecer, a instituição chama a atenção para os dois maiores riscos descendentes para as previsões desta proposta de OE, que também são “as variáveis-chave para a concretização do cenário projetado”: as previsões relativas ao saldo comercial com o exterior e também a formação bruta de capital fixo.

Sublinha ainda que a dinâmica da procura externa representa um risco para as previsões expostas no documento. Essas previsões mostram um aumento das exportações como o principal motor do crescimento do PIB em 2017, tendo como base uma recuperação significativa da procura externa que “tem subjacente um elevado grau de incerteza”.

O Conselho das Finanças Públicas recomenda ainda que o Ministério das Finanças comece a fazer projeções a médio prazo do impacto das políticas propostas. “A apresentação de um cenário macroeconómico com um curto horizonte de projeção (…) não explicita os efeitos no médio prazo das novas medidas apresentadas”, lê-se no parecer, que propõe que se passe a elaborar os cenários a médio prazo também. “Apenas desta forma é possível avaliar os efeitos a prazo das políticas adotadas e a sua sustentabilidade”.

Editado por Mónica Silvares.

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