Energéticas em silêncio sobre taxa extraordinária
A taxa extraordinária cobrada ao setor energético deve manter-se durante mais um ano. Mas nenhuma das energéticas quer pronunciar-se sobre a decisão do Governo.
A taxa extraordinária sobre as energéticas devia ter sido extraordinária em 2014. Mas não foi o que aconteceu, prolongando-se para 2015, 2016 e agora, para 2017. Pelo menos é o que indica a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.
O imposto atinge 0,85% dos ativos energéticos líquidos e representa 62 milhões de euros para a EDP, 26 milhões para a REN e 27 milhões para a Galp Energia, segundo contas feitas pelo Haitong. O banco diz que estão a aumentar os receios de que a taxa extraordinária que o setor energético vai continuar a pagar no próximo ano deixe de ser temporária e seja “para sempre”. No entanto, diz que esta medida é neutra para o setor, uma vez que já a tinha incorporado nas previsões até 2019.
O ECO contactou a Galp Energia, a EDP e a REN e a resposta foi sempre a mesma: não comentam.
Segundo o Orçamento de Estado de 2017, o montante cobrado às empresas de energia terá como destino o Fundo para a Sustentabilidade Sistémica do Setor Energético e visando contribuir para a promoção do equilíbrio e sustentabilidade sistémica do setor energético e da política energética nacional, através do financiamento de políticas do setor energético de cariz social e ambiental, relacionadas com medidas de eficiência energética e da redução da dívida tarifária do sistema elétrico.
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