Libra cai para mínimo desde o “flash crash”

  • Rita Atalaia
  • 25 Outubro 2016

A libra caiu quase 1% durante a sessão. A queda acentuou-se depois de o ministro das Finanças britânico ter expressado apoio ao programa de estímulos do BOE.

A libra voltou a afundar. Recuou para valores que não eram registados desde o “flash crash”, depois de ministro das Finanças britânico vir afirmar que apoia a política monetária do Banco de Inglaterra (BOE).

A libra chegou a cair 0,6% para 1,2167dólares. A última vez que a moeda tocou os 1,2083 dólares foi no início de outubro, altura em que a divisa britânica sofreu, no espaço de poucos segundos, uma queda acentuada.

“Nenhum pedido para a implementação de programas de estímulo foi alguma vez recusado e não vejo motivos para que as circunstâncias mudem no futuro”, disse Philip Hammond. A simples menção a um aumento do programa parece ter sido suficiente para agitar o mercado.

O ministro disse ainda que a política monetária tem sido “muito eficaz no apoio à economia”. As declarações de Philip Hammond podem ser uma tentativa de aliviar a tensão recente. A primeira-ministra, Theresa May, disse a 5 de outubro que a política monetária acomodatícia teve as suas consequências negativas.

Naeem Aslam, da Think Markets, diz que a “libra cedeu a maioria dos ganhos que suportaram a perspetiva de que talvez a moeda estivesse a estabilizar”. Naeem Aslam diz que a realidade é que não haverá uma “libra estável” até a questão do Brexit estar resolvida.

Mudanças na política? Mercado não deve prever isso

A libra começou a cair mesmo antes do governador de o BOE, Mark Carney, ter dito que os participantes nos mercados financeiros não têm motivos para esperar uma mudança do objetivo do banco central para a inflação.

O responsável realça num testemunho perante o Parlamento que os alvos para a inflação e estabilidade financeira do BOE têm resistido. O governador refere ainda que se estes objetivos fossem questionados, isso teria consequências para os ativos do Reino Unido, incluindo a libra e as obrigações soberanas. Assim como para as expectativas da inflação futura. “Os mercados não têm motivos para esperar isso”, diz Mark Carney.

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