5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Para além de uma colocação de dívida pelo Tesouro português, o dia fica marcado pela divulgação de dados económicos e de resultados. Hoje são reveladas as contas do BPI.

Em Portugal, as atenções dos investidores promete estar centrada no primeiro leilão de dívida após a decisão da DBRS de manter o rating da República, mas também as contas do BPI. Lá fora, o dia volta a ser marcado pela divulgação de contas trimestrais de empresas de grande dimensão e de novos dados que permitem medir a saúde da economia Europeia. Debaixo dos holofotes estará também a ida ao Parlamento Europeu de Jean-Claude Juncker e de Donald Tusk para falar da última cimeira da UE que decorreu na semana passada.

Tesouro faz novo teste aos mercados

Portugal regressa esta quarta-feira aos mercados, para mais uma emissão de dívida. O Tesouro vai tentar colocar um montante indicativo entre 750 milhões e 1.000 milhões de euros, através de uma emissão de obrigações do Tesouro a cinco anos. A operação surge depois de a DBRS ter mantido o rating da dívida nacional na sexta-feira, sendo que a agência canadiana é a que mantém as obrigações nacionais elegíveis para o programa de compra de ativos do BCE. O anúncio desta colocação foi feito antes de a DBRS ter proferido a sua decisão, sugerindo algum otimismo por parte do executivo. Resta saber a aceitação que a operação terá hoje junto dos investidores. Os juros soberanos nacionais agravaram-se em todas as maturidades na sessão de ontem. A taxa a 10 anos subiu quatro pontos base, para 3,191%, acima do mínimo de mês e meio atingido no dia anterior.

BPI revela contas (em queda)

A época de resultados na bolsa nacional já arrancou, mas só agora começa a aquecer. Chegou a hora de o BPI revelar as contas do terceiro trimestre. E Fernando Ulrich poderá não ter boas notícias para dar aos investidores. O banco que está a ser alvo de OPA do CaixaBank terá fechado o terceiro trimestre deste ano com um resultado líquido de 58,5 milhões de euros de acordo com a estimativa do CaixaBI. A confirmar-se a estimativa, Ulrich poderá revelar uma quebra ligeira face aos três meses anteriores, mas uma redução de mais de 20% face ao mesmo período de 2015.

Contas empresariais sob escrutínio

A divulgação de resultados empresariais volta a marcar a agenda dos investidores. No conjunto de empresas que vão apresentar um balanço das suas contas trimestrais incluem-se as norte-americanas Tesla Motors e Coca-Cola, depois da Apple. O mesmo acontecerá no lado de cá do Atlântico, com empresas como a Bayer e a GlaxoSmithKline. Para além da saúde das empresas, a divulgação de contas empresarias também ajuda a media a saúde económica dos países. Nos EUA, os últimos dados empresariais têm-se revelado “tépidos”. Na Europa, têm saído em linha com o esperado.

Mais dados económicos

Esta quarta-feira será marcada pela divulgação de novos indicadores económicos na Europa. Referência para a divulgação do índice GfK do Clima de Consumo na Alemanha, um indicador que mede o nível de confiança dos consumidores na atividade económica. Serão conhecidos dados para novembro, sendo que no mês de outubro o indicador fixou-se nos 10 pontos, valor que os economistas preveem venha a manter-se na leitura que será hoje conhecida. Em França, será também divulgada a confiança dos consumidores relativamente ao mês de outubro. Os economistas antecipam que este indicador tenha melhorado, dos 97 pontos registados em setembro, para 98 pontos. A divulgação deste tipo de indicadores são importantes para avaliar as expectativas relativamente ao rumo da economia europeia.

Petróleo. Para onde vais?

A Energy Information Administration (EIA), agência que disponibiliza informação sobre a evolução dos inventários de petróleo nos EUA, informa sobre o rumo registado na última semana. De salientar que a divulgação desta informação poderá ajudar a determinar o sentido das cotações do petróleo na sessão de hoje. Os preços do “ouro negro” têm-se mantido sob pressão em torno dos 50 dólares por barril nos últimos dias, perante as dúvidas que persistem relativamente à capacidade dos países produtores conseguirem avançar com uma ação concertada que permita travar o excesso de produção.

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