Vieira Monteiro: “Intervenção do Estado na banca é bem-vinda”

Presidente do Santander Totta vê com bons olhos qualquer intervenção pública que solidifique o sistema financeiro português.

Primeiro foi o diploma que determinou o fim dos limites de votos que veio potenciar a Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI. Depois foi o regime criado para permitir o agrupamento de ações sem redução do capital que abriu a porta à entrada dos chineses da Fosun no BCP. E agora a solução para reduzir o crédito malparado dos bancos nacionais.

A intervenção do Estado no setor financeiro é vista por António Vieira Monteiro, presidente do Santander Totta, com bons olhos. Isto porque vai beneficiar todo o sistema e o presidente gosta de concorrência saudável. “Todas as intervenções para solidificar e que venham resolver os problemas passados da banca são bem-vindos”, afirmou Vieira Monteiro durante a apresentação dos resultados do banco.

O Santander Totta apresentou um lucro de 293,7 milhões de euros até setembro, mais 66,2% face ao mesmo período do ano passado. A margem financeira — o resultado entre as receitas com os juros dos empréstimos menos as despesas com os juros pagos nos depósitos — contribuíram decisivamente para o resultado, registando um crescimento de 31% até aos 550 milhões de euros.

Para o presidente do Santander Totta, é “fundamental” que o sistema financeiro seja “forte e organizado e que possa servir a economia”. “Vemos com bons olhos a reestruturação do setor. Gostamos imenso da concorrência. É um elemento fundamental para a economia. É bom que esteja numa fase de reestruturação”, declarou o responsável.

“Não vou comprar o Novo Banco”

Sem querer prestar qualquer declaração sobre a Caixa Geral de Depósitos, António Vieira Monteiro afirmou que não está interessado na compra do Novo Banco. Mas se o cadernos de encargos se alterar, admite olhar para o dossiê.

“Já disse mais do que uma vez. Não vou comprar o Novo Banco. Mas estamos sempre atentos ao que se passa no mercado”, referiu.

De resto, face à expressividade dos resultados do banco nos primeiros nove meses do ano, Vieira Monteiro adiantou que o Santander Totta tem “todas as condições para crescer do ponto de vista orgânico no mercado nacional”.

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