Comércio e serviços antecipam como “muito difícil” acordo geral entre parceiros sociais
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal classificou como "muito difícil" um futuro acordo geral entre os parceiros sociais, designadamente sobre o aumento do salário mínimo.
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) classificou hoje como “muito difícil” um futuro acordo geral entre os parceiros sociais, designadamente sobre o aumento do salário mínimo nacional.
“Impossível, não há nada impossível, mas vejo-o muito difícil, porque, se o Governo quiser incluir no OE2017 os acordos políticos de salário mínimo que já fez, não vemos grande viabilidade”, afirmou João Vieira Lopes, após reunião com o grupo parlamentar do PS, no parlamento.
Antes, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse pretender receber na próxima semana todos os parceiros sociais para debater a necessidade de um acordo de concertação social que inclua, entre outros pontos, o salário mínimo nacional.
“Numa altura em que temos uma economia a crescer a pouco mais de 1%, uma inflação abaixo de 1%, a produtividade a crescer na casa de 1%, garantir aumentos salariais de 5% ao ano durante quatro anos parece-nos inviável economicamente, a não ser que o Governo tenha um conjunto de contrapartidas na área económica e fiscal que permita às empresas absorver esse tipo de aumentos”, continuou o líder da CCP.
"Numa altura em que temos uma economia a crescer a pouco mais de 1%, uma inflação abaixo de 1%, a produtividade a crescer na casa de 1%, garantir aumentos salariais de 5% ao ano durante quatro anos parece-nos inviável economicamente, a não ser que o Governo tenha um conjunto de contrapartidas na área económica e fiscal que permita às empresas absorver esse tipo de aumentos”
Segundo Vieira Lopes, “aplicando as fórmulas que constam do acordo” assinado em janeiro passado, “dificilmente o aumento do salário mínimo poderia passar dos 540 euros”.
“Este OE2017 tem uma análise macroeconómica global que consideramos bastante otimista. Temos muitas dúvidas que, com o enquadramento europeu atual, este tipo de orçamentos possam produzir crescimento económico“, criticou ainda o presidente da CCP.
O representante do setor do comércio e serviços destacou alguns dos pontos defendidos junto da bancada socialista, nomeadamente o “fim do adicional do IMI sobre o comércio e serviços”, a “baixa do IRC” e a “recapitalização das empresas por via fiscal”.
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