Nos penaliza resultados da Sonae
Apesar do recuo dos lucros nos primeiros nove meses do ano, a Sonae fechou o terceiro trimestre com um resultado líquido de 61 milhões de euros, mais 34,5% do que no trimestre homólogo.
A Sonae fechou os primeiros nove meses do ano com lucros de 138 milhões de euros, menos 3,1% do que em igual período do ano anterior, segundo comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Já em termos trimestrais, o período de julho a setembro, o grupo co-liderado por Ângelo Paupério e Paulo Azevedo registou lucros de 61 milhões de euros, um crescimento de 34,5% face a igual período de 2015. A evolução negativa registada nos primeiros nove meses do ano fica ainda a dever-se à venda de ações da Nos em 15 de junho.
Enquanto o crescimento dos lucros registado no terceiro trimestre do ano é imputado pela Sonae “ao crescimento das vendas, aumento da rentabilidade, em especial dos negócios de retalho e a melhoria dos resultados financeiros“.
O volume de negócios do grupo nos primeiros nove meses do ano cresceu 6,7% para os 3.882 milhões de euros. No terceiro trimestre o crescimento foi mais acentuado 10,7% para os 1.451 milhões de euros.
O EBITDA no fim dos primeiros nove meses do ano totalizava os 301 milhões de euros, um crescimento de 3,1% face ao período homólogo de 2015.
"O terceiro trimestre foi francamente positivo para a Sonae. Em termos consolidados crescemos na casa dos dois dígitos o volume de negócios e o EBITDA, melhorámos a posição competitiva no principais negócios e continuámos a reforçar a nossa estrutura financeira”
Ângelo Paupério, co-CEO da Sonae adianta em comunicado que “o terceiro trimestre foi francamente positivo para a Sonae. Em termos consolidados crescemos na casa dos dois dígitos o volume de negócios e o EBITDA, melhorámos a posição competitiva no principais negócios e continuámos a reforçar a nossa estrutura financeira”.
Numa análise por áreas de negócios, destaque para o retalho alimentar, concentrado na Sonae MC, que viu o volume de negócios ascender aos 993 milhões de euros no terceiro trimestre do ano, um crescimento de 8,4% com um reforço da quota de mercado.
No retalho especializado, concentrado na Sonae SR, o volume de negócios atingiu no terceiro trimestre do ano os 394 milhões de euros, um aumento de 17,5% quando comparado com igual período de 2015. Este crescimento é sustentado pelas divisões da Worten e Sports and Fashion (onde se inclui a Sport Zone, Mo, Zippy,Berg Outdoor e Deeply, a Losan e a Salsa).
Já a Sonae IM, unidade de gestão de investimentos, registou um volume de negócios de 63 milhões no período compreendido entre julho e setembro.
A Sonae Sierra e a Nos que também consolidam as contas no grupo Sonae, já apresentaram os resultados referentes aos primeiros nove meses do ano.
Sonae já refinanciou mais de 780 milhões de euros
A dívida líquida da Sonae voltou a diminuir tendo recuado 4,9% face a setembro de 2015, para 1.248 milhões de euros.
O grupo fundado por Belmiro de Azevedo avança ainda que iniciou no terceiro trimestre “um ambicioso programa de refinanciamento com o objetivo de reforçar a sua estrutura de capital” tendo lançado “um concurso formal com um grupo de bancos locais e internacionais”. A Sonae já refinanciou mais de 780 milhões de euros euros, dos quais 430 milhões de euros em linha de longo prazo e 350 milhões de euros em linha de curto prazo.
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