Problemas das banca europeia não se esgotam na regulação
Jaime Caruana, diretor geral do Bis defende que a banca europeia deve focar-se nos seus balanços e preocupar-se menos com a regulação.
O Banco de Pagamentos Internacionais (BIS, na sigla original) defende que o setor bancário devia preocupar-se menos com a regulação bancária e focar-se mais no mercado, pagando menos dividendos e estando mais atento aos seus balanços.
“O fato dos bancos europeus negociarem a preços significativamente mais baixos e próximo aos preços registados no pós crise financeira de 2008 mostra que as restrições regulatórias não são o único desafio que têm pela frente”, afirmou Jaime Caruana, diretor geral do BIS, num discurso proferido em Londres esta manhã, citado pela Bloomberg.
Para Jaime Caruana, os bancos deviam estar preocupados em “elevar os níveis de capital e melhorar os custos de financiamento“. O diretor geral do BIS adianta que “ouvindo alguns comentadores parece que os problemas da banca desapareceriam se fossem eliminados os esforços para fortalecer a regulação, mas o meu diagnóstico é de que aquilo que está a ‘doer’ à banca é mais complexo do que isso”.
O ex-governador do Banco de Espanha afirma que “embora a regulação seja um elemento que os bancos têm que ter em conta os seus problemas parecem estar mais associados e mais enraizados na baixa rentabilidade e no financiamento desnecessariamente caro”.
“Os problemas do setor bancário podiam ser mitigados se os bancos olhassem para os seus balanços e realizassem aumentos de capital através da retenção de lucros”, defende Caruana.
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