Novo Banco: Negociações não devem ser tidas em público

  • Lusa
  • 5 Janeiro 2017

Uma eventual nacionalização do Novo Banco não foi discutida em Conselho de Ministros, garantiu a ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques.

A ministra da Presidência afirmou hoje que uma eventual nacionalização do Novo Banco não foi discutida em Conselho de Ministros, considerando que as negociações para venda “não devem ser tidas em público”.

Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros de hoje, Maria Manuel Leitão Marques foi questionada pelos jornalistas sobre uma eventual nacionalização do Novo Banco, admitida na quarta-feira pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, numa entrevista ao Diário Notícia e à TSF.

A questão não foi discutida. A informação foi dada pelo senhor ministro das Finanças, naturalmente. Estas negociações não devem ser tidas em público, embora haja mais coisas publicadas do que aquilo que se devia”, respondeu apenas a ministra.

Segundo Maria Manuel Leitão Marques, esta é “uma negociação que obedece às regras de uma qualquer negociação”, recordando que “há mais propostas em discussão que estão a ser consideradas, numa situação devidamente articulada entre o Banco de Portugal e o Governo, através do senhor ministro das Finanças”.

A conferência de imprensa aconteceu momentos depois ter sido conhecido uma nota do Ministério das Finanças, na qual é deixada a garantia do Governo de que a venda do Novo Branco a privados não terá impacto nas contas públicas ou encargos para os contribuintes e acautelará a estabilidade do sistema financeiro, um dia depois de ser anunciado que a Lone Star é a mais bem colocada.

A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa foi ainda questionada sobre os prazos para este tema, tendo esclarecido que “há alguma urgência nesta negociação, mas não há nenhum prazo estabelecido para o seu encerramento“.

De acordo com Maria Manuel Leitão Marques, relativamente ao Novo Banco no Conselho de Ministros de hoje “foi dada a informação no sentido daquilo que é público” e foi comunicado pelo Ministério das Finanças que as negociações deverão prosseguir para “resolver algum problema das condicionantes da proposta que estava em cima da mesa, delas poderem ser aprofundadas com esse ou com outros eventuais compradores”.

“Vamos acompanhando essa negociação no sentido de evitar que esta venda eventual do Novo Banco — se for o caso — possa trazer algum problema para a dívida pública que é aquilo que nos compete evitar que aconteça”, reiterou a governante.

O Banco de Portugal anunciou na quarta-feira que vai convidar o fundo norte-americano para um “aprofundamento das negociações” e hoje o Ministério das Finanças manifesta esperança que “o aprofundamento das negociações que agora se inicia permita concluir com celeridade este processo” e ultrapassar as condicionantes existentes.

O Ministério das Finanças adianta ainda estar a analisar em detalhe a informação enviada pelo Banco de Portugal, destacando “existirem neste momento várias propostas para a aquisição do Novo Banco”.

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