Ricciardi defende nacionalização do Novo Banco

O antigo presidente do banco de investimento do universo Espírito Santo defende que nacionalizar é melhor do que "vender o banco aos bocados".

A alternativa de nacionalizar o Novo Banco tem sido cada vez mais falada e, agora, tem até defensores improváveis. José Maria Ricciardi, ex-presidente do BESI, o banco de investimento do universo Espírito Santo, admite que nacionalizar é melhor do que “vender o banco aos bocados”.

“É melhor o banco ser nacionalizado, porque o Novo Banco tem uma função extremamente importante na economia portuguesa. É um dos principais bancos no financiamento das pequenas e médias empresas. Seria muito grave que se deixasse o banco ter um conjunto de investidores cuja intenção é vender o banco aos bocados”, disse Ricciardi, no programa Negócios da Semana, da SIC Notícias.

A nacionalização do Novo Banco, ainda que nunca tenha sido mencionada pelo Governo, parece estar cada vez mais em cima da mesa. “Nada está fora de questão quando se trata de garantir a estabilidade do sistema financeiro“, disse Mário Centeno, em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF. “Não acho que seja adequado eliminar nenhum tipo de abordagem em relação ao Novo Banco”, acrescentou o ministro das Finanças.

A alternativa ganha ainda mais força se se considerar que a proposta do Lone Star para comprar o Novo Banco, aquela que o Banco de Portugal considerou como a mais vantajosa, implica uma garantia pública sobre os ativos que estão dentro do “side bank” do Novo Banco. Uma exigência que o Governo já colocou de parte, pelos custos que acarreta para os contribuintes.

Para Ricciardi, caso se confirmem os termos das propostas do Lone Star e da Apollo/Centerbridge, é preferível a nacionalização, “mesmo que temporariamente”. “Estou a falar da filosofia que normalmente está por detrás da forma como investem os private equity e dos hedge funds. Se a filosofia não for essa, muito bem. Se for, é indiscutível que é melhor que o banco seja temporariamente nacionalizado, que fique na esfera do Estado, que continue com António Ramalho, e existem várias maneiras de capitalizar o banco”.

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