BCP brilha em sessão morna em Lisboa
O disparo de 7% das ações do BCP não foi suficiente para compensar o deslize das cotadas do universo EDP. Lisboa fechou janeiro com o pior registo mensal desde a vitória do Brexit em junho último.
Após o pior registo do ano na última sessão, a bolsa nacional terminou esta terça-feira com um desempenho morno. O índice PSI-20 fechou com uma queda ligeira a última sessão do mês de janeiro, com o disparo das ações do BCP a ser insuficiente para ditar ganhos em Lisboa. O índice nacional encerra assim o primeiro mês do ano com uma queda acumulada de 4,36%. Ou seja o pior registo mensal desde junho do ano passado (-10%), mês em que o Brexit foi votado.
Na sessão de hoje, a bolsa nacional seguiu as pares europeias que encerraram em terreno negativo, contagiadas pelos receios em torno da atuação do presidente norte-americano na questão dos refugiados. O índice PSI-20 fechou a perder 0,14, para os 4.475,03 pontos, com o BCP a ser a estrela da sessão. As ações do banco liderado por Nuno Amado brilharam com um avanço de 6,98%, para o 15,64 cêntimos, naquele que foi o melhor registo do índice luso, e a primeira sessão após o fim da negociação dos direitos ao aumento de capital do maior banco privado português. A subida das ações do BCP reflete o otimismo dos investidores numa altura em que se cimentam as perspetivas de que não será necessário acionar a tomada firme da operação pelos bancos colocadores do aumento de capital.
Outras três cotadas do índice bolsista nacional também fecharam o dia em alta, com a Sonae a somar 1,4%, para os 80 cêntimos, e a Semapa e a REN a registarem subidas de 0,69% e 0,47%, para os 13,15 e 2,55 euros. De salientar ainda algo pouco habitual: seis títulos do PSI-20 terminaram inalterados. Foi o que aconteceu com o BPI, a Jerónimo Martins, as unidades de participação do fundo que detém o Montepio Geral, a Pharol, a Sonae Capital e a Galp. As ações da petrolífera fecharam a valer 13,62 euros no dia em que apresentou os dados operacionais preliminares relativos ao quarto trimestre, onde foi conhecido que produziu mais 68% de petróleo naquele período.
Já as quedas do índice bolsista nacional foram encabeçadas pela Mota-Engil, cujas ações perderam 1,83%, para os 1,61 euros. Contudo, o centro das atenções esteve nos CTT, cujas ações não conseguiram escapar às perdas. O título recuou 0,33%, para os 5,15 euros, prolongando o tombo de 13% registado na última sessão, após a revisão em baixa das suas estimativas. Uma perda que terá sido travada graças à proibição das vendas a descoberto sobre o título imposta na segunda-feira ao final do dia pela CMVM.
Já a EDP e a EDP Renováveis que foram as principais responsáveis pelo deslize do PSI-20 na sessão desta terça-feira perderam 0,44% e 0,95%, respetivamente, até aos 2,69 e 5,94 euros.
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