Quem é Álvaro Santos Pereira?

  • Helena Garrido
  • 8 Fevereiro 2017

Nove meses depois de deixar o Governo, a 1 de abril de 2014, está em Paris como diretor do Departamento de Economia da OCDE com área da análise dos países que integram a instituição.

Diretor do Departamento de Economia da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, Álvaro Santos Pereira, 45 anos completados a 7 de janeiro, nasceu em Viseu mas ainda adolescente foi estudar para Coimbra. É ali que se licencia em Economia seguindo depois para a Universidade de Exeter, também conhecida como Exon, no Reino Unido. É já no Canadá que faz o doutoramento, em 2003, na Universidade de Simon Fraser. O seu orientador de tese será Richard Lipsey, economista de origem canadiana cujos livros fizeram parte dos estudos de alguns, hoje economistas portugueses, em finais da década de 70 do século XX.

Fica conhecido em Portugal pelas suas crónicas no então Diário Económico e no Diário de Notícias, onde começa a colaborar em 2001. É a partir do Canadá que inicia o seu caminho pelos livros sobre a economia portuguesa, o primeiro com o título “Os mitos da economia portuguesa” publicado em 2007. Edita em 2009 “O medo de falhar: História e Política Económica em Portugal” e mais tarde já em 2011 “Portugal na hora da verdade”.

A sua carreira académica começa no Canadá, primeiro na Universidade de British Columbia. E é de lá que vem para Portugal convidado para ministro da Economia no governo de Pedro Passos Coelho. Estará na Rua da Horta Seca entre junho de 2011 e Julho de 2013 quando deixa de ser ministro, na remodelação que ocorre na que se pode designar “crise Paulo Portas”. Na sequência da demissão do então ministro das Finanças Vítor Gaspar, o ministro Paulo Portas pede a demissão. A crise, com o recuo do líder do CDS, acaba por ser resolvida também com a substituição de Álvaro Santos Pereira.

Vivia em Vancouver, no Canadá, quando foi convidado para regressar a Portugal. Era professor na universidade onde se doutorou, a Simon Fraser, responsável pelas cadeiras de Desenvolvimento Económico e de Política Económica. Dava ainda aulas na British Columbia onde ensinava Macroeconomia. O desenvolvimento económico é uma das suas principais áreas de interesse na economia, como confessa numa entrevista dada em 2011.

Nove meses depois de deixar o Governo, a 1 de abril de 2014, está em Paris como diretor do Departamento de Economia da OCDE com área da análise dos países que integram a instituição. Nesse mesmo ano, em Novembro, publica ainda um livro sobre a sua experiência governativa: “Reformar sem medo, um independente no Governo de Portugal”.

Com as responsabilidades que tem na OCDE — onde entrou para director por concurso — cabe-lhe acompanhar os relatórios que a organização faz a cada dois anos sobre os países que a integram. Nestes primeiros dias de Fevereiro veio a Lisboa com o secretário-geral da Organização Angel Gurria para apresentar o relatório sobre a economia portuguesa dia 6 de Fevereiro.

Paris é a sua nova morada embora continue com saudades da vida de Vancouver. A entrevista que deu ao ECO, no fim da manhã de 8 de fevereiro, foi no pouco tempo que esteve por Lisboa já que, em geral, quando vem a Portugal a sua terra é Coimbra. Onde estudou desde a adolescência.

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