Angola penaliza contas da Unicer
Cervejeira registou vendas de 451 milhões de euros, menos 1% do que o registado em 2015. Este valor foi penalizado pelas vendas de Angola que foram apenas residuais.
A Unicer fechou o exercício de 2016 com lucros de 38 milhões de euros, valor que compara com os 26 milhões de euros registados em 2015. Os valores não são, contudo, comparáveis uma vez que o resultado de 2015 foi afetado negativamente pelos custos de restruturação da empresa.
Rui Lopes Ferreira adiantou, à margem do evento de celebração dos 90 anos da Super Bock, que se forem expurgados “os custos de reestruturação, os lucros teriam crescido 8%”.
Em termos de vendas, a Unicer atingiu os 451 milhões de euros, uma diminuição de 1% face a 2015.
Rui Lopes Ferreira diz que “a penalizar as contas esteve o mercado de Angola cujas vendas foram durante o exercício de 2016 apenas residuais”.
O presidente da Unicer diz mesmo que as perdas para Angola foram “compensadas por um aumento de 40% para outras geografias, 30% de crescimento no mercado nacional e 30% por redução de custos”.
Também a nível das exportações Angola penalizou as contas da Unicer, que registaram uma queda das exportações de 24%. Sem o efeito de Angola as vendas da Unicer para o mercado externo teriam crescido 20%.
De resto, a China assume-se como o segundo mercado mais importante para Unicer, logo atrás de Portugal, um lugar que pertencia a Angola. A nível de peso dos mercados externos, África cresceu 6%, a Europa 1% e a Ásia 200%.
Já o mercado nacional cresceu 6% beneficiando do bom verão, onde se inclui obviamente o Europeu de Futebol que Portugal venceu e do boom turístico. Em termos de objetivos para 2017, o presidente da cervejeira destacou que o objetivo é “manter o foco na liderança do mercado em Portugal e continuar a apostar nos mercados externos”.
O EBITDA da Unicer atingiu os 86 milhões de euros, um crescimento de 3%. Já a dívida líquida da empresa ficou abaixo dos 100 milhões de euros.
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