Governo exige a Carlos Costa mais uma mulher na administração do BdP
O governador do Banco de Portugal propôs três novos nomes para a administração do BdP, mas um dos nomes levanta reservas ao Governo que exige mais uma mulher na administração.
Costa contra Costa. A nova administração do Banco de Portugal proposta pelo governador não foi aceite pelo Governo. Executivo terá dúvidas sobre um dos nomes proposto por Carlos Costa para o conselho de administração do Banco de Portugal e quer uma mulher. A notícia é avançada esta quarta-feira pelo jornal Público (acesso condicionado).
Sob o argumento das quotas de género que estão a ser impostas aos bancos, o Executivo adianta que o BdP não podia ter apenas uma mulher na administração: a ex-eurodeputada Elisa Ferreira.
O Público avança mesmo que Carlos Costa terá aceite sem contrariar e terá mesmo já entregue um nome ao Governo: Ana Paula Serra, atual vogal do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal e professora na Faculdade de Economia do Porto.
Ainda segundo aquela publicação o Governo não terá gostado de ver nos jornais dois dos nomes indicados por Costa, quando estes ainda não estavam formalmente aprovados.
Os três nomes propostos por Costa para a administração do BdP foram José Cadete de Matos e Rui Carvalho, atuais diretores do departamento de estatística e do departamento de mercado do BdP e Luís Laginha de Sousa, ex-presidente da Euronext. Ao que tudo indica, o Governo terá aceite Cadete de Matos, e Luís Laginha mas colocou reticências a Rui Carvalho.
As novas entradas para a administração do Banco de Portugal acontecem porque os dois atuais vice-governadores, Pedro Duarte Neves e José Ramalho estão de saída, uma vez que os seus mandatos já terminaram, fato a que se junta ainda mais dois lugares que não foram preenchidos por Carlos Costa na atual composição da sua equipa.
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