Atividade económica aumenta há quatro meses consecutivos

A atividade económica aumentou em fevereiro pelo quarto mês consecutivo. Já o consumo privado manteve-se estável, revela o Banco de Portugal.

A atividade económica aumentou em fevereiro pelo quarto mês consecutivo, enquanto o consumo privado se manteve estável, de acordo com os indicadores coincidentes divulgados hoje pelo Banco de Portugal (BdP).

Segundo os dados do BdP, o indicador coincidente mensal para a atividade económica fixou-se nos 1,4% em fevereiro, depois dos 1,2% de janeiro e 1,0% de dezembro e “prolongando a tendência observada desde o quarto trimestre do ano passado”.

Os indicadores coincidentes são indicadores compósitos que procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respetivo agregado macroeconómico.

Recorde-se que nas suas previsões de inverno, a Comissão Europeia antecipava que a economia abrandasse nos próximos trimestres para 0,3%, cerca de metade face aos 0,6% de crescimento em cadeia registado no quarto trimestre de 2016. Mas os resultados avançados pelo Banco de Portugal parecem apontar para um desempenho mais positivo e corroboram a intenção do Executivo de rever em alta as previsões de 1,6% para este ano, como avançou em fevereiro o jornal Público (acesso pago). Uma opção sustentada pelo bom desempenho do quarto trimestre do ano — uma progressão de 1,9% em termos homólogos.

Já o indicador coincidente mensal para o consumo privado permaneceu nos 2,3% em fevereiro, mantendo-se “relativamente estável nos últimos quatro meses”.

Esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) também revelou que o indicador de clima económico calculado através de inquéritos a empresas de vários setores de atividade, aumentou em fevereiro para os 1,3 pontos, depois de uma subida no mês anterior (de 1,1 pontos para 1,2 pontos).

Já o indicador de atividade económica também subiu em janeiro, para os 1,3 pontos, depois da subida de dezembro para os 1,2 pontos (1,0 em novembro). Ambos os indicadores, mantendo a tendência de progressão do mês anterior, ajudam a sustentar as perspetivas mais positivas sobre a economia nacional.

O indicador quantitativo do consumo privado estabilizou em janeiro, refletindo um contributo positivo “menos expressivo da componente de consumo corrente e um contributo mais intenso da componente de consumo duradouro”, destaca também o INE.

No mesmo mês, o indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aumentou “devido ao comportamento de todas as componentes, destacando-se a de construção”, acrescenta o gabinete nacional de estatísticas. Um comportamento amplamente sublinhado pelo Executivo em várias intervenções na Assembleia da República.

Os indicadores de confiança do INE são calculados através de médias móveis de três meses dos saldos de respostas extremas a inquéritos.

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