Maria Luís Albuquerque não entende fecho de balcões da CGD

  • Lusa
  • 18 Março 2017

Em troca do "esforço" de 5.000 milhões" para a recapitalização, "seria de esperar, no mínimo, que os portugueses tivessem algum serviço público em troca", afirma Maria Luís Albuquerque.

A ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque considera ser de esperar “algum serviço público” em troca do “esforço” de 5.000 milhões para recapitalizar a Caixa Geral de Depósitos, tendo dificuldade em entender o fecho de balcões.

Eu tenho alguma dificuldade em compreender algumas questões, nomeadamente o facto de a Caixa Geral de Depósitos (CGD) estar a sair (…) dos sítios onde os outros bancos não querem estar. Se se está a pedir aos portugueses um esforço de cinco mil milhões de euros para colocar na CGD, eu acho que seria de esperar, no mínimo, que os portugueses tivessem algum serviço público em troca”, afirmou a ex-governante na sexta-feira à noite, em Barcelos, à margem de uma conferência organizada pelas Mulheres sociais-democratas.

A também vice-presidente do PSD considerou ainda que se “onde os contribuintes colocam dinheiro, será, com certeza, para ter alguma vantagem face aos bancos privados”.

Por isso, a ex-titular da pasta das Finanças disser ver “com muita preocupação” as noticias que dão conta do fecho de balcões da CGD em vários pontos do país, no âmbito do plano de reestruturação do banco público.

Nos próximos anos, no âmbito do plano estratégico negociado com Bruxelas, a CGD prevê dispensar 2.200 pessoas, o que o presidente executivo, Paulo Macedo, disse na passada sexta-feira que se fará, através de “pré-reformas e eventualmente rescisões por mútuo acordo”.

Em termos de agências, a CGD quer chegar a 2020 com um número entre 470 e 490.

A CGD apresentou na semana passada os resultados de 2016 em que teve prejuízos históricos de 1.859 milhões de euros, mais de dez vezes mais os resultados negativos de 171 milhões de euros de 2015.

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