Petróleo trava Lisboa em dia de DBRS
O PSI-20 encerrou em queda pela terceira sessão consecutiva, no dia em que a DRBS se pronuncia sobre o rating de Portugal. Os preços do petróleo tombaram, arrastando a Galp Energia.
A bolsa nacional encerrou no vermelho pela terceira sessão consecutiva. Isto num dia em que os investidores aguardam cautelosamente pela decisão da DBRS sobre o rating de Portugal. O mau desempenho da praça portuguesa acabou por ser determinado pela Galp Energia. A petrolífera desvalorizou, pressionada pela descida expressiva dos preços do petróleo. A Pharol também continuou a destacar-se pela negativa: caiu 4%.
O índice nacional de referência, o PSI-20, cedeu 0,45% para os 4.884,58 pontos, no mesmo dia em que a agência canadiana DBRS vai pronunciar-se sobre a notação da República. Aquilo que a DBRS decide assume particular importância para o caso português, já que a agência canadiana é a única entre as principais agências mundiais a considerar a dívida portuguesa acima do patamar de lixo, garantindo deste modo a elegibilidade dos títulos portugueses para o plano de aquisição de dívida pública do Banco Central Europeu.
A bolsa nacional — que recuou pela terceira semana consecutiva — foi arrastada para o vermelho pela Galp Energia, com a petrolífera a cair 0,7% para os 14,18 euros. Isto num dia em que os preços do petróleo voltaram a cair abaixo do patamar dos 50 dólares pela primeira vez desde 4 de abril. Há momentos, o Brent, negociado em Londres, recuava 2,13% para 51,86 dólares, enquanto o WTI cedia 2,31% para 49,54 dólares.
Ainda no setor energético, o grupo EDP manteve-se no verde praticamente até ao final da sessão. Mas acabou por ceder os ganhos, contribuindo também para este desempenho — a EDP recuou 0,07% e a EDP Renováveis desceu 0,29%.
A Jerónimo Martins, outro dos pesos pesados do índice, também tombou 1,23% para 16,10 euros. A retalhista apresentou um aumento dos lucros da retalhista no primeiro trimestre deste ano. Mas este crescimento foi muito ligeiro.
A Pharol continuou a destacar-se pela negativa. A empresa desvalorizou 4,53%, depois de já ter caído 19% com a falência dos veículos financeiros da Oi na Holanda.
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