Assembleia-geral da Associação Mutualista Montepio adiada para 9 de maio

  • Lusa
  • 24 Abril 2017

Os mutualistas iam votar a passagem da Caixa Económica Montepio Geral a sociedade anónima, permitindo a entrada de novos investidores no capital do banco.

A assembleia-geral extraordinária da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), marcada para esta segunda-feira para decidir sobre a passagem do banco Montepio a sociedade anónima, não se vai realizar por falta de quórum suficiente, ficando marcada para 9 de maio. O adiamento da assembleia dos associados já era previsível, uma vez que, pelas regras, para que a reunião desta primeira convocatória se realizasse teriam de estar representados dois terços dos associados com direito de voto, sendo que a AMMG tem cerca de 600 mil associados.

Assim, a reunião realizar-se-á apenas na data e lugar da segunda convocatória, dia 9 de maio, pelas 21:00, no Coliseu de Lisboa, confirmou à Lusa fonte do Montepio. Neste encontro já não há quórum mínimo.

Esta assembleia-geral extraordinária serve para os associados deliberarem a passagem a sociedade anónima da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), detida na totalidade pela Associação Mutualista. Esta alteração já foi aprovada pela assembleia-geral da CEMG, assim como os novos estatutos, e falta agora a ratificação dos associados da casa-mãe para concluir o processo.

O processo de transformação do banco em sociedade anónima começou em março de 2016, por exigência do Banco de Portugal.

Segundo os novos estatutos do banco como sociedade anónima, a alteração implica que a Associação Mutualista deixe de ter 100% do capital social do banco, uma vez que os atuais detentores de títulos do Fundo de Participação da Caixa Económica Montepio Geral passam a ser acionistas do banco.

De acordo com fonte da associação mutualista, uma vez que esta tem 275 milhões de euros em unidades de participação e 115 milhões de euros estão dispersos, a associação fica com 94,7% do capital social e os restantes acionistas com 5,3%.

A passagem a sociedade anónima, ao permitir que o capital social da CEMG seja aberto, abre a possibilidade de novos investidores estratégicos entrarem no seu capital, tendo sido falada a possibilidade de a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa o fazer.

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