BIC com prejuízo em 2016. Dívida da PT pressiona
Reestruturação da dívida da PT levou o BIC a registar prejuízos em 2016. O banco foi obrigado a registar imparidades de quase 40 milhões de euros no ano passado.
O Banco BIC passou de lucros a prejuízos em 2016. O resultado foi negativo em 22,7 milhões de euros. Um desempenho que foi penalizado pela reestruturação da dívida da Portugal Telecom (PT), o que obrigou o banco a registar imparidades de quase 40 milhões.
“Não obstante o desempenho positivo no que se refere à atividade principal do banco, o ano de 2016 foi marcado por eventos extraordinários que penalizaram a nossa carteira de investimentos, o que justificou o reconhecimento de imparidades significativas e consequente resultado líquido negativo de 22,7 milhões de euros”, lê-se no relatório e contas do BIC referente ao ano passado.
O banco salienta que, sem estes efeitos extraordinários, o resultado teria ascendido a 7,2 milhões de euros. Em 2015, o banco registou lucros de cerca de 15 milhões, naquele que foi o terceiro ano consecutivo de resultados positivos depois de em 2012 ter registado prejuízos de quase 100 milhões de euros.
"Não obstante o desempenho positivo no que se refere à atividade principal do banco, o ano de 2016 foi marcado por eventos extraordinários que penalizaram a nossa carteira de investimentos, o que justificou o reconhecimento de imparidades significativas e consequente resultado líquido negativo de 22,7 milhões de euros.”
Um destes eventos foi a reestruturação da dívida da PT. O BIC tinha um investimento total de 48 milhões de euros em obrigações da PT International Finance. Mas estes títulos sofreram uma forte desvalorização depois de a brasileira Oi, que passou a deter as operações da PT e as obrigações da PT International Finance, ter avançado com a reestruturação da sua dívida no ano passado.
Esta operação levou o BIC a transferir estas obrigações para a carteira de investimentos detidos até à maturidade. O banco teve, por isso, de registar imparidades de 39 milhões de euros. “Em 1 de janeiro de 2016, o banco reclassificou as obrigações da Portugal Telecom International Finance que detinha em carteira, com vencimentos em 2018 e 2019, da rubrica de ‘ativos financeiros disponíveis para venda’, para a rubrica de ‘investimentos detidos até à maturidade’, dada a intenção que tem em manter aqueles títulos até à sua maturidade”, refere o banco no comunicado.
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