Efacec volta aos lucros com 4,3 milhões de euros

A Efacec registou em 2016 um lucro de 4,3 milhões de euros. O resultado compara com os 20,5 milhões de prejuízos registados em 2015. Ângelo Ramalho diz que "2016 foi o primeiro passo para o futuro".

A Efacec, empresa do universo de Isabel dos Santos, voltou aos lucros em 2016, depois de três anos de prejuízos. A empresa liderada por Ângelo Ramalho fechou o exercício de 2016 com um resultado líquido de 4,3 milhões de euros que compara com os 20,5 milhões de prejuízos registados em 2015. Em entrevista ao ECO, Ângelo Ramalho, presidente da Efacec, já tinha adiantado que a empresa tinha fechado o ano com resultados positivos, tendo, no entanto, recusado adiantar o valor por não ter ainda sido aprovado pelos acionistas.

Já o volume de negócios atingiu os 431,5 milhões, mais 15,5 milhões de euros do que no ano anterior ou mais 4% do que no período anterior. O EBITDA foi de 34,9 milhões de euros, um crescimento de 25% face ao exercício anterior.

"O ano de 2016 foi um primeiro passo para a Efacec do futuro.”

Ângelo Ramalho

Presidente da Efacec

Para Ângelo Ramalho, “o ano de 2016 foi um primeiro passo para a Efacec do futuro”. Sobre os lucros obtidos, o responsável adiantou: “É um salto muito significativo, sobretudo porque estes resultados foram obtidos num ano em que reorganizámos a empresa”.

O CEO da Efacec sublinhou a inversão do desempenho negativo, alcançado em 2016, assim como os contratos e parcerias celebrados ao longo do ano. Sinais que demonstram que a Efacec possui o talento e as competências tecnológicas e de gestão, assim como a confiança dos clientes e parceiros de negócios para “se assumir, cada vez mais, como um player de relevo nos setores energéticos, ambiental e de mobilidade”.

Portugal responsável por 103,1 milhões de euros

Apesar de a Efacec exportar 76% da sua atividade, Portugal continua a encabeçar o ranking das receitas por país. Segundo as contas da Efacec, apresentadas na manhã desta terça-feira, na sede da empresa na Arroteia, Portugal foi responsável por 103,1 milhões de euros, seguida pela América Latina com 55,6 milhões de euros, Reino Unido e Irlanda com 54,2 milhões de euros, Angola com 48,5 milhões de euros e, finalmente, a Europa Ocidental com 32,5 milhões de euros.

“Portugal continua a ser o nosso primeiro mercado, mas é possível que venha a deixar de o ser, mas somos uma empresa portuguesas fortemente exportadora”, frisou o CEO da Efacec.

"Portugal continua a ser o nosso primeiro mercado, mas é possível que venha a deixar de o ser, mas somos uma empresa portuguesas fortemente exportadora.”

Ângelo Ramalho

CEO da Efacec

Em termos de segmentos de atividade, os contributos mais significativos para o total de receitas do grupo vieram dos segmentos dos transformadores (com 146,3 milhões de euros), aparelhagens (61,8 milhões), energia (90,9 milhões) e ambiente e indústria, com 46,5 milhões de euros.

Sobre a carteira de encomendas, o presidente da Efacec destacou que tem “encomendas de 406,2 milhões de euros, mais 77,1 milhões de euros ou 23% a mais do que em 2015”.

Futuro: 700 milhões de euros de receitas em 2020

Sobre o futuro, Ângelo Ramalho destacou que o objetivo “é atingir, em 2020, os 700 milhões de euros”. Mas o presidente executivo salienta que “uma empresa de sucesso só o é com as pessoas” e a empresa quer “desenvolver o talento” que tem hoje para garantir que tem os melhores profissionais.

Por isso destaca que a empresa quer “ser atrativa para os quadros mais jovens em áreas como engenharia, gestão, marketing, e isso é tão mais facilitado quanto mais as pessoas tenham a Efacec como uma empresa de referência”.

Já sobre a ambição para os resultados líquidos, Ângelo Ramalho não se quis comprometer adiantando que “esta meta de receitas tem que ser feitas com níveis de rentabilidade alinhados com o bencharmarketing de mercado”.

Rótulo de empresa em restruturação não nos afeta

“A Efacec tem de se ajustar todos os dias à realidade e, portanto, não pode deixar de usar tudo o que está ao nosso alcance”, afirmou Ângelo Ramalho sobre o facto de a empresa ter pedido em janeiro o prolongamento de estatuto de empresa em restruturação e que lhe permite poder despedir ainda, caso assim o entenda, 249 pessoas. Para logo a seguir acrescentar: “rótulo de empresa em restruturação”

Vanessa Loureiro, administradora da Efacec adiantou que “é bom que se frise que não temos nenhum processo de despedimento em curso”.

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