Emigrantes lesados processam 150 funcionários do BES

A associação de emigrantes lesados reclama 100 milhões de euros de poupanças perdidas e diz que o dinheiro investido foi "convertido de forma abusiva".

A Associação Movimento Emigrantes Lesados (AMEL) vai processar 150 funcionários do antigo Banco Espírito Santo (BES), que venderam a estes emigrantes ações preferenciais do banco.

Em causa estão depósitos a prazo que foram convertidos pelo BES em ações preferenciais. Os cerca de 600 lesados que fazem parte da associação reclamam 100 milhões de euros de poupanças perdidas e dizem que o dinheiro que investiram foi “convertido de forma abusiva” por parte do banco. “O que nos era vendido era que as nossas aplicações eram depósitos a prazo com capital e juros garantidos na maturidade”, explica um destes lesados, em declarações à SIC.

Os membros da associação decidiram, por isso, identificar os gestores de conta que lhes venderam estes produtos e processar esses funcionários. Para já, avançaram com seis processos e os restantes avançarão nos próximos dias. O objetivo, explica a associação, não é exigir uma indemnização a estes funcionários, “a não ser que tenham agido com dolo”, mas sim “responsabilizar a entidade patronal” pelas ações dos seus funcionários.

Em conferência de imprensa, esta manhã, Helena Baptista, vice-presidente da AMEL, recorda que, a 29 de dezembro de 2015, o Banco de Portugal “decidiu dar o dito por não dito”, ao publicar uma deliberação onde dava conta de que “o Novo Banco não era responsável” pelo dinheiro dos lesados. Foi “uma absolvição por despacho”, critica.

“Quer isto dizer que o Novo Banco só pode ser responsabilizado se algum tribunal declarar a deliberação do Bando de Portugal ilegal”, diz ainda Helena Baptista.

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