PJ e PGR estão a acompanhar ataque informático a empresas

  • Lusa e ECO
  • 12 Maio 2017

A Portugal Telecom alertou os seus clientes de que há um vírus perigoso a circular na internet e pediu para que tenham cautela na navegação na rede e na abertura de anexos recebidos por e-mail.

A Polícia Judiciária está a acompanhar e a tentar perceber o alcance de um ataque informático internacional que tem como alvo empresas, disse esta sexta-feira à Lusa o diretor da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime da PJ. O Ministério Público, em resposta a uma pergunta do ECO, também explicou que está a acompanhar “atentamente” a situação. PGR diz que “não deixará de adotar as medidas que forem consideradas necessárias”.

“Estamos a acompanhar desde os primeiros momentos e a tentar perceber o alcance e o que é que está em causa”, disse Carlos Cabreiro à Lusa, adiantando que a PJ teve conhecimento da situação no final da manhã e que está a “acompanhar eventuais situações concretas de crime” e a trabalhar em articulação com o Centro Nacional de Cibersegurança e com as entidades com responsabilidade na área da segurança.

Em resposta ao ECO, a Procuradoria-Geral da República explica que “o Ministério Público encontra-se a acompanhar atentamente a situação em estreita colaboração com as entidades nacionais responsáveis pela cibersegurança e pela repressão da cibercriminalidade e não deixará de adotar as medidas que forem consideradas necessárias, em sede de prevenção ou investigação, no âmbito das respetivas competências“.

A Portugal Telecom alertou hoje os seus clientes de que há um vírus perigoso a circular na internet e pediu para que tenham cautela na navegação na rede e na abertura de anexos recebidos por correio eletrónico.

A EDP decidiu cortar os acessos à Internet da sua rede para prevenir o ataque informático, mas garantiu que não foi registado qualquer problema nos seus sistemas.

Carlos Cabreira adiantou à Lusa tratar-se de um ransomware, um tipo de malware que restringe o acesso ao sistema infetado e que cobra um valor de “resgate” para que esse acesso possa ser restabelecido.

“São ataques infelizmente normais que são levados a cabo para tentar obter um pagamento de resgate”, explicou o diretor da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica.

Carlos Cabreiro adiantou que, normalmente, “as empresas têm mecanismos e sistemas de segurança que fazem com que sustenham ou mitiguem os ataques”.

A multinacional espanhola de telecomunicações Telefónica foi hoje obrigada a desligar os computadores da sua sede em Madrid, depois de detetar um vírus informático que bloqueou alguns equipamentos.

A imprensa espanhola noticiou que o vírus desconhecido provocou a paragem dos computadores afetados, ficando o monitor azul e tendo aparecido em alguns equipamentos uma mensagem a pedir o pagamento de uma quantia em ‘bitcoins’, uma moeda virtual desenvolvida fora do controlo de qualquer Governo.

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