DBRS confirma rating da Caixa após recapitalização
Agência canadiana diz que banco público está em melhor posição para cumprir plano estratégico. Mas avisa que vai estar atenta à capacidade da Caixa de reduzir o malparado e voltar aos lucros.
A DBRS confirmou o rating da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no nível BBB (low), na sequência da conclusão do processo de recapitalização. Apesar de considerar que a instituição está em melhor posição para executar o seu plano estratégico, a agência canadiana avisa que vai estar atenta à capacidade do banco público de voltar aos lucros e de reduzir o malparado.
“A confirmação do rating reflete o reforço da posição de capital como resultado da conclusão do processo de recapitalização no final de março. (…) Com esta melhoria no capital e suportada pela recuperação económica incipiente em Portugal, a CGD tem maior flexibilidade para executar o seu plano estratégico”, justifica a DBRS.
A agência diz que vai estar sobretudo atenta ao regresso da CGD ao lucro no negócio doméstico e ainda à melhoria da qualidade dos seus ativos, “através da uma redução material do crédito malparado”.
Como ponto positivo, a DBRS acrescenta ainda que a CGD resolveu definitivamente os seus problemas de corporate governance que surgiram depois da curta e polémica passagem de António Domingues pela liderança do banco público. “A CGD nomeou recentemente novos membros executivos e um novo CEO (Paulo Macedo) que parece estar a executar as prioridades estratégicas, incluindo a recapitalização planeada”, diz a agência.
"A confirmação do rating reflete o reforço da posição de capital como resultado da conclusão do processo de recapitalização no final de março. (…) Com esta melhoria no capital e suportada pela recuperação económica incipiente em Portugal, a CGD tem maior flexibilidade para executar o seu plano estratégico.”
Com esta decisão, a DBRS concluiu o processo de revisão que tinha iniciado em novembro do ano passado.
Mantém o rating com tendências negativas porque considera que o plano de negócios apresenta riscos na sua execução. Além disso, “qualquer mudança súbita nas condições económicas ou enfraquecimento da confiança no país e/ou no setor bancário pode dificultar a tarefa da nova equipa de gestão na implementação bem-sucedida do plano estratégico”.
No primeiro trimestre do ano, a CGD recebeu cerca de 3,9 mil milhões de euros do Estado português, através de uma injeção de capital de 2,5 mil milhões, da conversão de 900 milhões de euros dos Cocos recebidos em 2012 e ainda da transferência de 500 milhões da ParCaixa. Além disso, o banco concluiu uma emissão de 500 milhões de euros em instrumentos Additional Tier 1.
(Notícia atualizada às 18h20)
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