Petróleo sobe. Draghi impede subida dos combustíveis

O barril de petróleo avança 5% esta semana, mas as palavras do presidente do BCE na moeda única vão absorver impacto no preço dos combustíveis. Gasolina e gasóleo deverão continuar em mínimos do ano.

Não fosse o presidente do Banco Central Europeu (BCE) e muito provavelmente atestar o depósito do carro na próxima semana iria exigir-lhe um maior esforço financeiro. É que se o preço do barril de petróleo valorizou nesta última semana, também é verdade que o euro ganhou terreno por causa do discurso de Mario Draghi, impedindo que os preços dos combustíveis subam na próxima semana. O fator cambial vai poupar uns trocos aos portugueses.

O petróleo está cotado em dólares. Por isso, quando há uma valorização do euro contra a divisa norte-americana, importar esta matéria-prima fica mais barato. E isso tende a refletir depois nos preços dos combustíveis. É o que deverá acontecer na próxima semana quando os postos de abastecimento atualizarem o seu preçário.

De acordo com os cálculos do ECO, com base nas cotações da Bloomberg convertidas para euros, tanto o preço da gasolina como do gasóleo não deverão sofrer alterações, mantendo-se em mínimos do ano. O litro da gasolina simples de 95 octanas deverá ficar num preço médio de 1,413 euros — atualmente, está nos 1,439 euros, segundo os dados da Direção Geral de Energia e Geologia.

Em relação ao diesel, o combustível mais utilizado em Portugal, o litro também não tem grande margem para alterações, devendo fechar a semana com um preço médio de 1,177 euros — contra um preço médio de 1,1938 euros a que o litro de gasóleo simples está a ser vendido nesta semana.

Deste modo, sem espaço para revisões, os preços dos combustíveis deverão continuar nos valores mais baixos desde dezembro do ano passado, na sequência das quedas das últimas semanas. Esta semana, apesar de o contrato de West Texas Intermediate estar a avançar mais de 5%, com os sinais de redução de stocks nos EUA, a evolução positiva do euro vai absorver parte do impacto da valorização da moeda única. O euro soma quase 2% face ao dólar, depois de Mario Draghi ter deixado a porta aberta para que o início da retirada dos estímulos aconteça mais cedo que o previsto.

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