Operação Marquês só deve terminar em outubro
O Ministério Público não deverá concluir o inquérito-crime sobre as suspeitas de corrupção de José Sócrates antes do fim de setembro.
Foram vários os adiamentos permitidos pela Procuradoria-Geral da República. O último referia que a equipa de investigação teria mais três meses, após a devolução da última carta rogatória, para fechar o caso que envolve José Sócrates. Segundo revela o Expresso esta terça-feira, nem todas as cartas rogatórias foram enviadas, continuando a pressão sobre o Ministério Público da Suíça para colaborar. O calendário flexível fixado por Joana Marques Vidal deve ir até outubro.
O verão vai ser de trabalho para a equipa que está a investigar a Operação Marquês. De acordo com o Expresso, o inquérito-crime não estará concluído durante o mês de agosto, principalmente porque continuam em aberto os pedidos feitos à Suíça para colaborar na investigação. Foi por esse país que passou a maior parte do dinheiro que está associado ao alegado esquema de corrupção utilizado pelo ex-primeiro-ministro. O despacho final só deverá ver a luz do dia em outubro.
Na decisão de 27 de abril, a PGR dizia que a recolha de provas deveria ficar concluída no final da primeira semana de maio. Além disso, o Ministério Público referia que “as transcrições das interceções telefónicas dos interrogatórios e das inquirições estão em fase de conclusão e as últimas traduções estão em curso, prevendo-se que fiquem concluídas daqui a um mês e meio” e que estava “em curso a redação do despacho final”.
Nessa mesma ocasião, a Procuradoria-Geral da República explicava que o pedido de cooperação dirigido às autoridades angolanas “encontra-se já cumprido, devendo ser devolvido em breve”. Relativamente às cartas rogatórias enviadas à Suíça, “foi obtida a informação de que duas aguardam o decurso dos prazos de notificação e deverão ser devolvidas de seguida”. Há ainda um terceiro perdido pendente junto das autoridades suíças, para obtenção de dados bancários, mas este “foi objeto de oposição por parte de um dos arguidos”, estando em curso o prazo para eventual recurso para outra instância. “Assim, neste momento, não é possível prever a data da sua devolução”.
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