Medo dispara em Wall Street com tensão norte-coreana

S&P 500 registou a pior sessão em quase três meses. Medo dominou sentimento nas bolsas norte-americanas. Depois do "fogo e fúria", Donald Trump avisou que não foi demasiado duro com Pyongyang.

Com o S&P 500 a registar a primeira queda superior a 1% em quase três meses, o índice do medo em Wall Street registou esta quinta-feira o maior disparo desde meados do maio passado, em reflexo da situação de nervosismo dos investidores por causa da escalada das tensões entre Washington e Pyongyang.

A aversão ao risco nos mercados surge depois de a Coreia do Norte ter revelado que está a finalizar os planos para lançar quatro mísseis na ilha de Guam, onde os EUA têm interesses militares. Esta quinta-feira Donald Trump declarou publicamente que talvez não tenha sido demasiado duro quando ontem ameaçou os norte-coreanos com “fogo e fúria” caso o tom de Pyongyang se mantenham.

O índice de referência mundial, o S&P 500, perdeu 1,45% para 2.438,21 pontos. Também o industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq cederam 0,93% e 2,13%, respetivamente. O índice VIX, que mede a volatilidade das cotações do S&P 500 em reflexo do nervosismo dos investidores, disparou 46% para o valor mais elevado desde abril.

Medo dispara em Wall Street

Fonte: Bloomberg

“Já estávamos à espera de uma pequena correção. E quando isso acontece, haverá sempre alguma coisa que acontece no mundo que deixa os investidores nervosos. Uma coisa que dá aos investidores uma desculpa mental para vender. O que está a acontecer com a Coreia do Norte é o suficiente para isso acontecer”, explicava o analista Matthew Peterson, da LPL Financial, à agência Reuters.

“Embora acredite que o mercado vá corrigir entre 5% a 7%, não acho que seja o início do bear market“, referiu ainda.

"Embora acredite que o mercado vá corrigir entre 5% a 7%, não acho que seja o início do bear market.”

Matthew Peterson

LPL Financial

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