Donativos: “Mais vale atrasar e fazer bem”, dizem Misericórdias

  • ECO
  • 5 Setembro 2017

O responsável da União das Misericórdias Portuguesas afirmou esta terça-feira que o processo de entrega dos donativos é naturalmente lento. "Mais vale atrasar algum tempo, mas fazer bem", diz.

A União das Misericórdias gastou até este momento menos de 10% dos 1,6 milhões de euros angariados com os donativos dos portugueses. Os dados foram revelados esta terça-feira à TSF por Manuel Lemos, presidente das Misericórdias Portuguesas, que garante que é natural que o processo seja lento.

“Mais vale atrasar algum tempo, mas fazer bem do que fazer a correr e no fim ficarmos todos com a consciência de que o dinheiro nos escapou por entre os dedos”, defende Manuel Lemos, referindo as razões para o atraso: a avaliação dos estragos, o período de férias dos profissionais e as eleições autárquicas porque, segundo o responsável, “dá uma dimensão política muito complicada…”

Foram estas as três razões que a União das Misericórdias Portuguesas deu para justificar o atraso na chegada dos donativos ao terreno. “As câmaras municipais não têm técnicos que foram descansar, tal como os técnicos das misericórdias, depois de um período em que fizeram um trabalho fantástico”, afirmou Manuel Lemos, assinalando que arderam “55 mil campos de futebol”, o que dificulta a avaliação que é necessária fazer para evitar a duplicação de apoios.

Mais vale atrasar algum tempo, mas fazer bem do que fazer a correr e no fim ficarmos todos com a consciência de que o dinheiro nos escapou por entre os dedos.

Manuel Lemos

Presidente da União das Misericórdias Portuguesas

Quanto à evolução agora que o período de férias terminou, Manuel Lemos considera que o ritmo vai aumentar. “De facto não gastámos muito dinheiro, mas temos muita obra em curso e estas vão aumentar em setembro“, afirmou, rejeitando a ideia de que as críticas feitas pelos presidentes das câmaras esta terça-feira envolvam os donativos geridos pela União das Misericórdias.

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