Pelo menos 115 mortos na cidade do México e 253 no país após o sismo

  • Lusa
  • 21 Setembro 2017

A atualização do número de vitimas na capital, de 100 para 115, eleva para 253 mortos o número de vítimas mortais do sismo que abalou o México na passada terça-feira.

O número de mortos na cidade do México após o sismo de magnitude 7,1 ocorrido na terça-feira subiu para 115, segundo um balanço hoje divulgado, e 52 sobreviventes foram retirados dos escombros, prosseguindo as operações de resgate.

Com a atualização do número de vitimas na capital, de 100 para 115, no total o sismo provocou 253 mortos e mais de 2.000 feridos, além de uma centena de desaparecidos.

O secretário da Administração mexicano, Miguel Osorio Chong, disse que as operações de busca “não vão parar até se conseguir a localização e o resgate” dos desaparecidos, que “muito possivelmente estão entre os escombros” dos muitos edifícios que colapsaram devido ao sismo.

O governante mexicano admitiu que a chuva que caiu nas últimas horas tem estado a perturbar as operações de busca. Miguel Osorio Chong disse que, passada a fase de emergência, as autoridades vão fazer uma verificação “casa a casa” dos danos provocados pelo sismo.

Após essa fase, serão retirados os escombros, uma operação que Osorio Chong admitiu que se prolongará por várias semanas, porque são “milhares de toneladas”, e arrancará de imediato a reconstrução dos edifícios afetados.

”Neste momento, o mais importante é pôr a salvo toda a população”, frisou Osorio Chong, citado pela agência espanhola Efe.

A Marinha mexicana desmentiu, entretanto, a presença de uma menina com vida sob os escombros de uma escola na Cidade do México, depois de as operações para a resgatar terem emocionado o país e o mundo. Um porta-voz da Marinha, que coordenou as operações na escola, disse que há indícios de que uma pessoa poderá estar viva entre os escombros, mas que será uma funcionária e não uma aluna. A mesma fonte disse que 11 alunos foram retirados com vida da escola, onde morreram 19 crianças e seis adultos.

A alegada menina soterrada numa escola, cujos dedos foram vistos na quarta-feira a agitar-se por entre os escombros, tornou-se um símbolo de esperança que levou milhares de profissionais e voluntários a trabalhar freneticamente em dezenas de edifícios destruídos em toda a capital e nos estados vizinhos em busca de sobreviventes ao sismo.

A marinha mexicana anunciou esta manhã que recuperou o cadáver de um funcionário da escola Enrique Rebsamen, mas não conseguiu ainda chegar à menina encurralada sob os escombros.

As equipas de resgate estão a remover pó e pedras ao ritmo de um balde de cada vez e passam um ‘scanner’ sobre os escombros de hora a hora, para ver se há sinais de calor que possam indicar a presença de sobreviventes soterrados.

Pouco antes de amanhecer, a pilha de escombros do edifício escolar estremeceu, levando aqueles que ali estavam a trabalhar a afastar-se à pressa, temendo que abatesse.

“Estamos a apenas alguns metros de chegar às crianças, mas não conseguimos aceder-lhes até que o local esteja escorado”, disse Vladimir Navarro, um funcionário da universidade exausto por ter trabalhado toda a noite.

“Com o estremecimento que houve, [a pilha de escombros] está muito instável e é perigoso tomar qualquer decisão”, acrescentou.

O Presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, decretou três dias de luto nacional, enquanto soldados, polícias, bombeiros e cidadãos comuns continuam a escavar nos escombros, às vezes com as mãos, outras vezes com gruas e retroescavadoras para retirar grandes pedaços de cimento.

“Ainda se ouvem pessoas a gemer. Há mais três pisos cujos escombros temos de remover e ainda ouvimos pessoas lá”, disse Evodio Dario Marcelino, um voluntário que está a trabalhar com dezenas de outros num edifício de apartamentos que ruiu.

Depois de anunciar que 52 pessoas foram resgatadas com vida desde o sismo, o departamento de Desenvolvimento Social da cidade do México escreveu, num ‘tweet’: “Não vamos parar”.

É uma corrida contra o tempo, advertiu o Presidente mexicano noutro ‘tweet’, sublinhando que “cada minuto conta para salvar vidas”.

Além das 115 mortes confirmadas pelas autoridades locais na cidade do México, a Agência Federal de Defesa Civil indicou que mais 69 pessoas morreram no estado de Morelos, a sul da capital, e outras 43 no estado de Puebla, a sudeste, onde se situou o epicentro do sismo.

As restantes 18 mortes ocorreram no estado do México, que rodeia a cidade do México por três lados, e nos estados de Guerrero e Oaxaca.

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