“Está concluída”. António Costa abandona entrevista da Rádio Renascença

  • ECO
  • 28 Setembro 2017

Incomodado sobre as eleições autárquicas no Porto, o primeiro ministro não escondeu o desconforto com as questões e deu por terminada a entrevista à Rádio Renascença.

A entrevista da Rádio Renascença a António Costa terminou de forma inesperada. O primeiro-ministro mostrou-se irritado com as sucessivas questões sobre a candidatura da Câmara do Porto de Manuel Pizarro pelo PS e colocou um ponto final na entrevista. “Esta entrevista é melhor fazer ao Manuel Pizarro. Está concluída”, disse Costa, abandonando a conversa.

O incómodo de Costa surgiu após questões relacionadas com as autárquicas no concelho do Porto, onde o PS apoiou primeiramente a recandidatura de Rui Moreira e posteriormente apresentou a candidatura de Manuel Pizarro. Os ânimos exaltaram-se quando o jornalista da Renascença questionou Costa sobre uma possível coligação com o PSD caso não conseguisse uma maioria absoluta, ou e o partido estaria disposto a retomar as conversações com o atual presidente da Câmara do Porto. Após ter recusado responder a várias perguntas, Costa decidiu terminar a entrevista.

No passado mês de maio, Rui Moreira decidiu romper com a aliança com os socialistas. Em causa estiveram declarações da secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, quando afirmou que “na noite eleitoral todas as vitórias dos candidatos do PS e das listas que o PS integra serão vitórias dos socialistas”. Para a lista socialista, a nova escolha do PS foi Manuel Pizarro, que aceitou o cargo “com muito orgulho”.

A Rádio Renascença tem vindo a falar com os vários líderes partidários na reta final para as próximas eleições autárquicas. Na noite da passada quarta-feira o entrevistado foi António Costa, secretário-geral do Partido Socialista. A conversa com o primeiro-ministro foi gravada num carro, após o comício do partido na Maia. Alguns dos temas da entrevista passaram pela greve dos enfermeiros e pelas colocações dos professores para o presente ano letivo.

“As negociações com os enfermeiros têm vindo a decorrer normalmente no Ministério da Saúde e é lá que devem decorrer e não à porta de acções partidárias. Quanto aos professores foram colocados em escolas para as quais concorreram, não estão satisfeitos com a colocação, têm direito a reclamar, podem reclamar, mas não podem naturalmente ter uma solução administrativa que prejudique os outros colegas que foram ao mesmo concurso e que ficaram colocados na frente deles”, afirmou António Costa.

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