Augusto Santos Silva: “Essencial era que a acusação se fizesse no lugar próprio”

O atual ministro dos Negócios Estrangeiros, que também foi ministro do Governo de Sócrates, defende que "essencial era que a acusação se fizesse no lugar próprio e através dos órgãos próprios".

Augusto Santos Silva, o atual ministro dos negócios estrangeiros, encara as acusações a José Sócrates no âmbito da Operação Marquês “com muita tranquilidade” e defende que o “essencial era que a acusação se fizesse no lugar próprio e através dos órgãos próprios” e conhecer a acusação que “depois o tribunal julgará”.

Em declarações às televisões à margem da visita dos reis holandeses à Universidade de Lisboa, o ministro dos Negócios Estrangeiros pronunciou-se acerca da Operação Marquês. “O que era essencial era que a acusação se fizesse no lugar próprio e através dos órgãos próprios, não nos jornais, nas televisões ou nas rádios, não através de fugas de informação, mas que se conhecesse qual é a acusação, os factos em que se fundamenta para também conhecermos qual é a defesa e depois o tribunal julgará. É assim que acontece num Estado de direito”, afirmou Augusto Santos Silva.

O atual ministro dos Negócios Estrangeiros foi ministro Defesa e dos Assuntos Parlamentares do Governo de José Sócrates, e considera o ex-primeiro ministro um “amigo”. É nesta qualidade que espera o texto da acusação, que afirma ainda não ter lido, “com toda a serenidade” e sublinha que o que permite um Estado de Direito funcionar é “que as pessoas sejam acusadas nos lugares próprios e que se possam defender”.

O que era essencial era que a acusação se fizesse no lugar próprio e através dos órgãos próprios, não nos jornais, nas televisões ou nas rádios, não através de fugas de informação, mas que se conhecesse qual é a acusação, os factos em que se fundamenta para também conhecermos qual é a defesa e depois o tribunal julgará. É assim que acontece num Estado de direito

Augusto Santos Silva

Ministro dos Negócios Estrangeiros

Esta quarta-feira foram formalmente acusados José Sócrates, Ricardo Salgado e Zenal Bava entre 19 indivíduos e 9 pessoas coletivas. Isto significa que a Justiça reuniu provas suficientes para estes arguidos irem a julgamento. O ex-primeiro ministro é acusado de 31 crimes que se dividem em acusações de corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada.

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