EDP refuta relatório que lhe atribui culpas em Pedrógão

  • Marta Santos Silva
  • 17 Outubro 2017

A EDP Distribuição garante que as linhas na área do incêndio de Pedrógão Grande cumpriam toda a regulamentação em vigor e tinham sido inspecionadas recentemente.

Acusada de ter falhado na proteção da linha elétrica de média tensão que atravessava a zona de Pedrógão Grande, num segundo relatório sobre os incêndios de junho de 2017 que vitimaram 64 pessoas, a EDP Distribuição refuta, afirmando ter cumprido todas as regulamentações, e diz deter inspeções recentes a essa linha que o comprovam.

No relatório divulgado ontem, segunda-feira, o grupo de investigadores do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra responsabilizou cinco entidades, incluindo a EDP. À EDP, apontou a causa das ignições, que terão sido causadas por “contactos entre a vegetação e uma linha elétrica de média tensão”, o que aponta para “uma deficiente gestão de combustíveis na faixa de proteção da linha, por parte da entidade gestora”. O relatório alerta ainda para a falta de limpeza de vegetação e mato na proximidade dos fios e postes, que é da responsabilidade da elétrica nacional.

“O Presidente do Conselho de Administração da EDP Distribuição refuta as conclusões apresentadas no Relatório”, lê-se num comunicado enviado pela EDP Distribuição ao ECO com a assinatura do Engenheiro João Torres.

“A EDP Distribuição assegura que a faixa de proteção da linha em causa estava efetuada de acordo com a regulamentação em vigor e as boas práticas para as redes de distribuição de eletricidade. Esta mesma infraestrutura tinha sido recentemente objeto de inspeção que suporta esta garantia“, acrescenta o comunicado, que promete ainda mais informações detalhadas após analisar o relatório com mais pormenor.

A EDP informou ainda que “a EDP Distribuição tem 84.000 km de linhas aéreas de Alta e Média Tensão, das quais 26.000 km atravessam zonas florestais. São constituídas e mantidas anualmente 7.500 km de faixas de gestão de combustível e de proteção. É efetuada uma supervisão com recurso a meios aéreos e tecnologia laser em 14.000 km/ano. Para além destas são feitas inspeções visuais, sendo que mais recentemente se têm usado drones. Estas atividades correspondem a um investimento de cinco milhões de euros anuais”.

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