Trichet: “Tivessem Portugal, Grécia e Irlanda respeitado regras e não teríamos crise”

  • Lusa
  • 7 Outubro 2017

O antigo presidente do Banco Central Europeu defende ainda que Portugal tem de avançar nas reformas estruturais.

Jean-Claude Trichet, antigo presidente do Banco Central Europeu, defendeu que, se Portugal, Grécia e Irlanda tivessem respeitado as regras estabelecidas, em 2010, não teria havido crise, e salienta que Portugal tem de avançar nas reformas estruturais.

“Não é hora de complacência, ainda há muito trabalho a ser feito, o desemprego ainda é alto, a dívida ainda existe e o crescimento é uma obrigação. O crescimento constante e sustentável é uma obrigação e exige reformas estruturais“, alertou Jean-Claude Trichet, em entrevista ao Dinheiro Vivo e à TSF, publicada este sábado.

Para o responsável europeu, a palavra-chave é crescimento. “Se houver mais crescimento, há mais criação de emprego, mais capacidade de encaixar dívida pendente, o que ainda é um grande problema para muitos países, incluindo Portugal” que, no entanto, “tem recursos humanos fantásticos, uma capacidade fantástica”.

Aliás, realçou que Portugal “provou, recentemente, uma capacidade extraordinária no caminho da recuperação. Porque a recuperação é muito impressionante”, embora insista que “ainda há muito a fazer, tendo em conta a capacidade e o potencial de Portugal”.

Na opinião de Jean-Claude Trichet, a gestão da dívida de Portugal pelo Ministério das Finanças “parece sensata com a substituição apropriada para o endividamento de longo prazo do endividamento de médio prazo“, embora nesse nível de endividamento “o que conta é estar a diminuir ano após ano a dívida em proporção do PIB [Produto Interno Bruto], a fim de convencer os investidores”.

"Tivessem Portugal, Grécia e Irlanda respeitado a estabilidade do crescimento e respeitado as regras que estabelecemos na zona euro e não teríamos tido uma crise.”

Jean-Claude Trichet

Antigo presidente do Banco Central Europeu

Quanto à crise que levou ao pedido de resgate e período de austeridade, defendeu: “Tivessem Portugal, Grécia e Irlanda respeitado a estabilidade do crescimento e respeitado as regras que estabelecemos na zona euro e não teríamos tido uma crise”.

No início de 2010, “os mais vulneráveis eram a Grécia, a Irlanda e Portugal”, lembrou o responsável que liderava o Banco Central Europeu (BCE) quando ocorreu a crise financeira internacional de 2008 que acabou por levar Portugal, Grécia e Irlanda a pedir ajuda a externa.

À pergunta por quanto tempo mais poderá o BCE continuar a suportar juros historicamente tão baixos, o antigo presidente da instituição disse que “todos os bancos centrais das economias desenvolvidas estão a fazer um trabalho muito difícil para normalizar a situação. Mas também é crucial que todos os outros parceiros se mobilizem”, nomeadamente governos, parlamentos e o setor privado.

Sozinhos, os bancos centrais não podem salvar o dia sem os outros parceiros“, concluiu Jean-Claude Trichet.

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Os milhões que separam Governo e sindicatos da Função Pública

  • Marta Santos Silva
  • 7 Outubro 2017

Progressões sim, aumentos logo não; horário extraordinário ainda com cortes; restrições a prémios e negociações... Os sindicatos chegaram à reunião desta sexta-feira com muito para reivindicar.

A diferença começa logo no Orçamento. O Governo está disposto a gastar 200 milhões de euros por ano nas exigências da Função Pública — para Ana Avoila, sindicalista dirigente da Frente Comum, a estimativa devia estar nos 600 milhões, e o sindicato já marcou uma greve da Função Pública. Esta sexta-feira, os líderes dos três principais sindicatos da Administração Pública encontraram-se com o Governo para mais uma ronda de negociações. Conheça os temas em jogo, a oferta e a procura.

Progressões faseadas? “Inadmissível”

A proposta do Governo que deu a partida para as negociações desta sexta-feira deixa claro que, a partir de 1 de janeiro de 2018, as progressões e promoções voltam a ser permitidas, juntamente com os aumentos salariais que essas acarretam. No entanto, não virá tudo de uma vez. A proposta enviada aos sindicatos no final de quinta-feira dizia o seguinte: “O pagamento dos acréscimos remuneratórios a que o trabalhador tenha direito é faseado nos seguintes termos: em 2018… (a apresentar e definir em reunião negocial)”.

Para os sindicalistas, o termo “faseado” é quase tabu, e recusam-se a aceitá-lo. Ao ECO, José Abraão, explicou que, dos cinco cenários para o descongelamento (todos eles faseados) de que se falara na última reunião, já não há sinal nesta proposta. “Este poderá corresponder a um deles, mas vamos negociar para melhorar. Desde o momento em que os trabalhadores continuem a ser penalizados, não aceitamos. A nossa proposta é que não deve haver faseamentos por um direito que as pessoas merecem”.

Ana Avoila, dirigente da Frente Comum, considerou “inadmissível” a proposta do Governo. “Não aceitamos que o Governo queira fazer o descongelamento (…) de forma faseada, e com uma verba de 200 milhões”, que considera insuficiente. A estimativa do que seria necessário, feita pelo sindicato afeto à CGTP, é de 600 milhões. “Podem dizer que é muito”, disse, “mas tem que se falar logo em quantos trabalhadores são: 550 mil”.

No final da reunião, porém, não havia muito mais esclarecido nem negociado. “O que o Governo diz é que tudo fará para encurtar o prazo de quatro anos. É uma intenção. Não houve garantia de que seja menos de quatro” anos, disse aos jornalistas Helena Rodrigues, à saída da reunião no Ministério das Finanças com os secretários de Estado do Emprego Público, Fátima Fonseca, e do Orçamento, João Leão. “Não conseguimos saber se são três [anos] em vez de quatro ou dois em vez de quatro”, afirmou a dirigente sindical, revelando que há nova reunião marcada para a próxima quinta-feira.

Um ponto por cada ano sem avaliação “não é aceitável”

Os trabalhadores precisam de juntar dez pontos na avaliação anual de desempenho. Para quem não foi avaliado, o Governo propõe neste documento que seja aplicado um ponto por cada ano sem avaliação “para garantir a equidade entre trabalhadores”. Os sindicalistas não concordam que exista aqui equidade.

“Não é aceitável e vamos levar propostas ao Governo no sentido que seja considerada a possibilidade de as pessoas poderem optar ou pela sua última avaliação”, a ser aplicada aos anos sem avaliação, “ou por uma ponderação curricular”, em que, de acordo com os critérios do sistema de avaliação SIADAP, podem entregar um currículo e corrigir a falta de avaliação, explicou José Abraão.

Também Ana Avoila reforçou: “Se os trabalhadores não têm a avaliação feita, isso é da responsabilidade do Governo. A avaliação pode dar um ponto, mas não o dá em todas as situações. Muitos trabalhadores vão ficar prejudicados”.

A proposta do Governo contém ainda outro pormenor que deixa os sindicatos nervosos. Casos como os dos médicos, militares ou polícias — trabalhadores que entre 2011 e 2017 já progrediram na carreira — perderiam as suas avaliações feitas desde então, com a contagem a recomeçar a 1 de janeiro. Para Abraão, não pode ser. “O ideal era que começasse a contar a partir do último aumento”, disse.

Governo: Mantém cortes em horário extraordinário

Também nas horas extraordinárias o Governo continua a propor que se mantenham cortes que desagradam aos sindicalistas. Os trabalhadores que fazem 35 horas por semana passariam a receber 17,5% da remuneração na primeira hora e 25% da remuneração nas horas subsequentes, um valor acima dos atuais mas inferiores aos que se registavam antes da troika.

Helena Rodrigues, dirigente do STE, cuja reunião foi a primeira com o Governo, disse à RTP: “O trabalho extraordinário é a exceção e não a regra. O Governo não pode querer que se faça a custos cada vez mais baixos. Por outro lado, não pode recorrer sistematicamente ao trabalho suplementar”, acrescentou ainda, recomendando que fossem feitas mais contratações nas áreas que mais recorrem ao trabalho suplementar.

“O Governo apresentou uma proposta com cortes, o que é manifestamente inaceitável”, acrescentou. “Vamos dizer ao Governo que terá de avançar com uma solução de regresso à normalidade, ou seja, para o que está previsto na lei geral do trabalho em funções públicas, que é pagar o trabalho suplementar por inteiro, tal como vai acontecer na saúde este ano em dezembro. Não faz sentido que os restantes trabalhadores da administração pública sejam descriminados ainda com cortes nos suplementos”, sublinhou José Abraão à Lusa, em antecipação. Depois de se encontrar com o Governo, o sindicalista continuava sem certezas. “Quero acreditar que a partir do dia 1 de janeiro o Governo vai acomodar [o pagamento integral das horas extra] para todos os trabalhadores”, sublinhou o sindicalista.

Subsídio de refeição: finalmente de acordo

Uma vitória para os sindicatos, que já era antecipada. A partir de 2018, o subsídio de refeição da Função Pública volta a ser o limite para a isenção de IRS, aplicado também aos privados. Sendo assim, o aumento de 25 cêntimos em agosto deixa de ser tributado.

“Era tão ridículo”, afirmou ao ECO José Abraão. Assim, o aumento de 25 cêntimos passa a não ser afetado pelos impostos, e estabelece-se um precedente para aumentos futuros, embora não se espere que haja aumentos este Orçamento de Estado.

Notícia atualizada às 12.45 com mais pormenores sobre as reuniões dos sindicatos.

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Dados do desemprego deixam Wall Street em terreno misto

  • Juliana Nogueira Santos
  • 6 Outubro 2017

As catástrofes naturais custaram milhares de postos de trabalho aos Estados Unidos e uma sessão mista aos mercados.

As últimas catástrofes naturais custaram aos Estados Unidos 33 mil postos de trabalho em setembro. Os dados são do Departamento do Trabalho do Governo e também custaram aos mercados uma sessão mista, em que apenas um dos três principais índices norte-americanos conseguiu manter-se à tona da água.

Os furacões Irma e Harvey fizeram com que muitos ficassem sem trabalho ou tivessem uma nova oportunidade, pelo que o emprego caiu no mês de setembro. Ainda assim, os salários médios aumentaram 0,5%.

A seguir os dados económicos estiveram o industrial Dow Jones e o S&P que caíram 0,01% e 0,11%, respetivamente. O último termina assim um ciclo de ganhos que já durava há oito dias, bem como um ciclo de seis dias a renovar máximos, algo que não acontecia desde 1997. Por outro lado, o tecnológico Nasdaq fechou a valorizar 0,07%.

“É fantástico o quão resilientes os mercados têm sido, por isso não é surpreendente que, num dia em que muitos acharam que os dados dos empregos foram mistos, estes estejam a reagir de uma forma lógica”, afirmou Jake Dollarhide da Longbow Asset Management à Reuters. “É um movimento lógico neste mercado ilógico”.

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Frente Comum avança para greve da função pública a 27 de outubro

  • Lusa
  • 6 Outubro 2017

Ana Avoila afirma que em causa está a falta de respostas às reivindicações da Frente Comum, como o aumento dos salários e as 35 horas para todos os trabalhadores.

A coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Ana Avoila, anunciou esta sexta-feira uma greve nacional para 27 de outubro. O anúncio foi feito aos jornalistas à saída de uma reunião no Ministério das Finanças sobre as matérias para a administração pública que irão constar na Lei do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018).

"Fez-se um esforço mas isto não é nada e defrauda as expectativas dos trabalhadores.”

Ana Avoila

Coordenadora da Frente Comum

Em causa está a falta de respostas às reivindicações da Frente Comum, como o aumento dos salários, o descongelamento “imediato” das progressões na carreira, a reposição do pagamento das horas extraordinárias e as 35 horas para todos os trabalhadores, explicou Ana Avoila.

A dirigente sindical considera que as rondas negociais com a equipa do Ministério das Finanças resultaram em “nada”. “Fez-se um esforço mas isto não é nada e defrauda as expectativas dos trabalhadores”, disse a sindicalista, acrescentando que “esta greve é para ser feita, só não será feita se o Governo quiser”. “Está nas mãos do Governo”, frisou Ana Avoila.

Esta será a terceira greve convocada pela Frente Comum com o atual Governo.

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Governo cede ao BE: vai criar dois novos escalões de IRS sem faseamento

  • ECO
  • 6 Outubro 2017

Governo e Bloco acordaram esta sexta-feira dois novos escalões de IRS. Passam a sete.

O Governo e o Bloco de Esquerda chegaram a acordo para a criação de dois novos escalões de IRS sem faseamento, avançam o Público e o Expresso. O Orçamento do Estado para 2018 incluirá já a nova tabela com sete escalões — mais dois do que na anterior –, sendo que a criação dos mesmos será feita já a partir de janeiro de 2018.

Os dois novos escalões resultam do desdobramento dos atuais segundo e terceiro escalões, que concentram os rendimentos anuais entre os sete mil e os 20 mil euros (segundo) e entre os 20 mil e os 40 mil euros (terceiro), de acordo com o semanário.

Em aberto, adianta o Público, continua a possibilidade de aumentar ou não a derrama estadual, um imposto pago em sede de IRC pelas empresas com grandes lucros.

A decisão foi tomada esta sexta-feira depois de uma reunião entre o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e o Bloco de Esquerda. Inicialmente, o Governo tinha falado num alívio do IRS num montante de 200 milhões mas o acordo aproximou-se dos 440 milhões pedidos pelos bloquistas.

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OE2018: Confederação do Turismo quer manter legislação laboral, mas pede menos IRC

  • Lusa
  • 6 Outubro 2017

Esta redução do IRC foi também defendida hoje, noutras audiências, por responsáveis da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal.

O presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), Francisco Calheiros, defendeu esta sexta-feira que, no âmbito do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), o Governo deve manter a legislação laboral existente, mas baixar o imposto sobre as empresas.

“É nosso entendimento que, neste momento – e aliás face à baixa do desemprego, que esteve quase a 17% e que neste momento está abaixo dos 9% – não faz qualquer sentido estarmos a mexer na legislação laboral [porque] foi com esta legislação laboral que atingimos esta taxa”, afirmou o responsável, falando aos jornalistas no Palácio de Belém após uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o OE2018.

Frisando que a CTP já entregou ao Governo as sugestões relativas ao documento, Francisco Calheiros apelou também a “um desagravamento fiscal”.

“Estamos a ter agravamento fiscal nos últimos anos e, portanto, é fundamental que haja desagravamento fiscal, nomeadamente ao nível do IRC [Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas]”, notou.

Esta redução do IRC foi também defendida hoje, noutras audiências, por responsáveis da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

Além disso, a Confederação do Turismo solicitou melhorias na “questão pontual dos custos de contexto, que é algo que assola o turismo há muito tempo”.

“Este Governo tem feito o Simplex +, que nós saudámos e aplaudimos, mas ainda muita coisa há para fazer além deste Simplex. É algo com que as nossas empresas se debatem todos os dias e que, de facto, nós gostaríamos que fosse bastante mais simplificado”, acrescentou. Para o responsável, o OE2018 também deve ainda contar com medidas de incentivo ao investimento, “que é o índice que pior performance tem tido” no setor. Também vulnerável, a seu ver, é a questão do aeroporto.

“O aeroporto é o nosso calcanhar de Aquiles neste momento e é aquilo que mais nos preocupa a curto e médio prazo”, assinalou, adiantando que esta foi outra das preocupações levadas a Marcelo Rebelo Sousa.

O chefe de Estado começou hoje a receber os parceiros económicos e sociais sobre o Orçamento do Estado para 2018, depois de ter ouvido os sete partidos com assento parlamentar.

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Louis Vuitton lança ténis de running inovadores

  • ECO + BONS RAPAZES
  • 6 Outubro 2017

A Louis Vuitton anunciou recentemente o lançamento dos New Runner – os primeiros ténis em malha da marca, produzidos em Itália.

Depois de um ano de pesquisa e desenvolvimento, o resultado é um par de ténis com design clássico e elegante mas tecnicamente inovadores. Como já seria de esperar da maison francesa, a preocupação com os detalhes é visível – não há de ser ao acaso que cada par demora três horas a ser feito.

O artesanato e a excelência da Louis Vuitton juntaram-se, pela primeira vez, num sneaker que, apesar de desportivo, é também pensado para o uso diário. O grande segredo está na malha (com apenas 60 gramas) que envolve e adapta-se ao pé, como se fosse uma meia, originando uns runners leves, flexíveis e confortáveis.

A sola, também feita com materiais maleáveis, destaca-se pelo efeito degradé, pintado à mão, uma técnica que se vê muito na indústria automóvel, por exemplo. Depois, no calcanhar, atenção ao painel em couro e ao “V” a lembrar os patches militares. Por falar nisso, há ainda um triplo “V” (“Vole, Voguez, Voyagez”) destacado na língua dos ténis, em alusão à herança da Luis Vuitton. Ténis pioneiros, por um lado, com respeito pelo legado da marca, por outro. Para já, contem com três cores: laranja, verde caqui e preto. Mais tarde, serão introduzidas outras.

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Diploma que elimina cortes nas pensões antecipadas de carreiras muito longas foi publicado

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 6 Outubro 2017

O diploma só entra em vigor amanhã, mas produz efeitos a 1 de outubro e os serviços da Segurança Social já tinham indicações para tratar os pedidos recentes de acordo com as novas regras.

É oficial: o diploma que elimina cortes nas futuras reformas antecipadas ligadas a carreiras contributivas muito longas foi publicado esta sexta-feira em Diário da República. As novas regras estavam prometidas para 1 de outubro e o Ministério do Trabalho já tinha indicado que este atraso não colocaria problemas, acrescentando até que os serviços da Segurança Social já tinham indicações para analisarem os pedidos recentes à luz das novas regras.

O diploma publicado dá corpo à primeira fase das mudanças e produz efeitos a 1 de outubro. Assim, ficará protegido de qualquer corte quem pedir a reforma antecipada numa das seguintes situações:

  • Tenha 60 ou mais anos de idade e, pelo menos, 48 anos de carreira contributiva;
  • Tenha 60 ou mais anos de idade e, pelo menos, 46 anos de carreira contributiva, tendo iniciado a descontar para a Segurança Social ou para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) com 14 ou menos anos de idade.

Em qualquer um destes casos, as futuras pensões antecipadas não serão abrangidas pelo fator de sustentabilidade (que ditaria este ano um corte de 13,88%) nem pela redução de 0,5% por cada mês de antecipação. As regras abrangem o regime geral da Segurança Social e o regime de proteção social convergente (CGA).

Porém, o diploma também esclarece que, na Segurança Social, para o cálculo daqueles 46 ou 48 anos, “não relevam” as “contagens especiais de períodos de atividade” previstas em “diplomas que definem os estatutos profissionais de certas atividades”. E na CGA, este nova forma de “aposentação por carreira longa” — agora introduzida no Estatuto da Aposentação — exclui “regimes especiais em matéria de condições de aposentação ou reforma ou em matéria de regras de cálculo ou atualização da pensão”, como é o caso de magistrados, embaixadores, Forças Armadas, GNR, PSP e outros.

Quem descontou para dois regimes ganha direitos

O diploma também vem alterar as regras de totalização de períodos contributivos, alargando os direitos de quem descontou para mais do que um regime ao longo da sua vida. Até agora, a totalização dos períodos contributivos servia apenas para verificar se estava cumprido o prazo de garantia, ou seja, o período mínimo de anos de desconto que dá acesso a uma pensão. Mas com as novas regras, passa a contar também para as condições de acesso à pensão antecipada, incluindo no âmbito do desemprego, bem como para o cálculo de redução ou bonificação a aplicar à pensão, por exemplo.

Por fim, também há mudanças no corte aplicado à pensão de invalidez. Atualmente, as pensões de invalidez são sujeitas a um fator de sustentabilidade, com regras próprias, quando passam a ser consideradas pensões de velhice. O diploma elimina este corte (atualmente de 7,09%) e também estabelece que a convolação (passagem de pensão de invalidez a pensão de velhice) ocorre no mês seguinte ao da idade de reforma (que aumenta todos os anos) e não aos 65 anos como até aqui — porém, esta mudança só entra em vigor em outubro de 2018. O ECO quis conhecer o impacto desta mudança junto do Ministério do Trabalho mas ainda aguarda resposta.

Estando implementada a primeira fase das mudanças, falta agora alterar as regras para os restantes trabalhadores. O Governo chegou a falar em três fases de reforma mas aponta agora apenas para uma segunda etapa, que permitirá alterar o regime para trabalhadores com 60 anos de idade e 40 de carreira.

Estas mudanças ainda estão em negociação mas o Governo já indicou que quer eliminar o fator de sustentabilidade e ajustar a idade de reforma à carreira contributiva, o que permitirá reduzir ou até eliminar cortes. Mas, por outro lado, o acesso à reforma antecipada também deverá ser mais restrito.

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Moody’s melhora rating do crédito do Novo Banco

  • Lusa
  • 6 Outubro 2017

A agência de notação financeira reviu em alta o rating do Novo Banco, depois de a instituição ter concluído com sucesso a operação de compra de dívida.

A agência de notação financeira Moody’s melhorou esta sexta-feira o rating de crédito do Novo Banco e colocou a dívida sénior da instituição financeira com perspetiva positiva, depois de concluir com sucesso operação de compra de dívida própria.

Numa nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novo Banco informa que a decisão de rating é tomada na sequência do resultado “do exercício de gestão de passivos sobre as obrigações sénior do banco”, da passada quarta-feira.

Nesse sentido, a Moody’s melhorou o perfil intrínseco de risco de crédito (Baseline Credit Assessment) do Novo Banco de ‘ca’ para ‘caa2’ enquanto a perspetiva para os ratings da dívida sénior de longo prazo foi alterada de ‘sob revisão’ para ‘positiva’.

A agência norte-americana confirmou também o rating da dívida sénior de longo prazo em ‘Caa2’ e confirmou a avaliação do risco de contraparte a longo prazo (Counterparty Risk Assessment) em ‘B3(cr)’.

Já o rating de depósitos de longo prazo do Novo Banco de ‘Caa1’ mantém-se em ‘review for downgrade’, ou seja, pode ser revisto em baixa.

A 4 de outubro de 2017 o Novo Banco anunciou o resultado do exercício de gestão de passivos sobre a dívida sénior: o banco cumpriu o objetivo de aumentar o capital no valor de 500 milhões de euros.

A ação de rating também reflete a conclusão da aquisição pela empresa de ‘private equity’ Lone Star de 75% do capital do Novo Banco, que ainda está sujeita à autorização formal da Comissão Europeia.

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Samsung vai lucrar 14 mil milhões de dólares com o iPhone X

A marca coreana é responsável por dois componentes do novo iPhone X e vai lucrar 110 dólares por cada equipamento vendido. Apple está a tentar tornar-se independente da Samsung e já investiu na LG.

Ainda não chegou ao mercado mas a Apple não é a única a torcer para que seja um sucesso de vendas. O mais recente iPhone X é um grande motivo de orações para a Samsung, que vai lucrar com cada equipamento topo de gama vendido.

O iPhone X é o mais recente telemóvel lançado pela marca da maçã e promete uma revolução no mundo da tecnologia. Só vai estar disponível a 27 de outubro mas a Samsung já “esfrega as mãos” a pensar nos dólares que vai lucrar com cada iPhone vendido – mais precisamente, 110 dólares (cerca de 94 euros).

Se o normal seria esperar que a Apple lucrasse com este negócio, o engraçado é que uma das suas maiores concorrentes também vai sair desta história a rir. Estima-se que sejam vendidas cerca de 130 milhões de unidades, algo que para a Samsung significará cerca de 14,3 mil milhões de dólares (cerca de 12 mil milhões de euros).

A empresa coreana é responsável por dois componentes do iPhone X – o ecrã OLED e as memórias NAND, o que lhe garante uma posição de relevo neste negócio. Um estudo realizado pela empresa Counterpoint Technology revelou que, comparando os componentes presentes no iPhone X e no Galaxy Note 8, a marca fundada por Lee Byung-chull lucra mais 4 mil milhões de euros com a venda do equipamento da Apple. Isto porque, com os componentes do Note 8, a própria marca lucra 202 dólares (172 euros) por cada telemóvel vendido, no entanto, o número de telemóveis vendidos é bastante inferior aos da Apple.

A marca de Steve Jobs tem estado a tentar tornar-se independente da Samsung, no que toca à produção desses componentes. Por isso, investiu recentemente na marca LG e nos seus ecrãs.

O iPhone X não vai ser vendido em Portugal, mas nos Estados Unidos custará mais de 999 dólares (840 euros). No entanto, estima-se que sejam fabricados em muito menor número do que os modelos anteriores. Comparando com os cerca de 10 mil iPhones que a Apple fabrica por dia, só conseguirão ser postos à venda um milhão de unidades por trimestre, de acordo com o Business Insider.

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OE2018: Governo disponível para alterar cortes nas horas extra

  • Lusa
  • 6 Outubro 2017

FESAP está confiante de que o Governo venha a dar resposta a algumas das suas reivindicações, como é o caso do trabalho suplementar. A estrutura sindical que o pagamento integral das horas extra.

O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) disse esta sexta-feira que o Governo mostrou abertura para alterar os cortes nas horas extraordinárias para todos os trabalhadores do Estado.

À saída de uma reunião no Ministério das Finanças, o líder da FESAP, José Abraão, disse aos jornalistas que a proposta do Governo poderá vir a dar resposta a algumas das expectativas da federação sindical, como é “o caso em concreto do trabalho suplementar”.

A proposta do Governo que está em discussão mantém cortes, ainda que menores, nos valores das horas extra, que passam a corresponder a 17,5% na primeira hora (contra 12,5% atuais) e a 25% nas horas ou frações subsequentes (contra os atuais 18,75%).

"Quero acreditar que a partir do dia 1 de janeiro o Governo vai acomodar [o pagamento integral das horas extra] para todos os trabalhadores.”

José Abraão

Secretário-geral da FESAP

José Abraão recusa que possa haver “discriminação” entre trabalhadores, uma vez que está prevista a reposição integral das horas extra para todos os trabalhadores da saúde até ao final deste ano.

“Quero acreditar que a partir do dia 1 de janeiro o Governo vai acomodar [o pagamento integral das horas extra] para todos os trabalhadores”, sublinhou o sindicalista.

Quanto ao descongelamento das progressões nas carreiras, José Abraão disse que o Governo “mantém a ideia de faseamento” mas “está a estudar compactar o prazo previsto no Programa de Estabilidade”, de quatro anos.

Também a presidente do Sindicatos dos Quadros Técnicos do Estado (STE) tinha deixado a mesma ideia à saída do encontro no Ministério das Finanças, afirmando que o Governo manifestou intenção de reduzir o prazo.

Os sindicatos da administração pública estão esta tarde a ser novamente ouvidos pela equipa do Ministério das Finanças.

A próxima reunião está marcada para quinta-feira.

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Proporções, o que são e como se calculam?

  • ECO
  • 6 Outubro 2017

Calcular proporções - partes de um todo - é fácil. Basta seguir o manual, em vídeo.

As proporções representam uma parte do todo. Como calculá-las e como representá-las? Siga a explicação.

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