Chiado é a zona mais cara para abrir uma loja

  • Lusa
  • 15 Novembro 2017

Um estudo revelado esta quarta-feira conclui que as rendas de comércio no Chiado em Lisboa subiram 15% e são as mais caras do país.

A zona do Chiado, em Lisboa, concentra as rendas de comércio mais caras do país, situando-se nos 1.380 euros anuais por metro quadrado, após uma valorização de 15% este ano, revela um estudo divulgado esta quarta-feira.

No estudo Main Streets Across the World 2017, publicado anualmente e que nesta edição atentou em 68 locais de retalho em todo o mundo, a consultora Cushman & Wakefield concluiu que, em Portugal, “a localização mais cara é o Chiado em Lisboa”, que registou uma valorização de 15% na sua renda de referência para 1.380 euros anuais por metro quadrado.

Ainda assim, esta localização “manteve a sua posição no ‘ranking’ face a 2016, ocupando o 33.º lugar” a nível mundial, acrescenta. O ‘ranking’ é liderado pela 5.ª Avenida, em Nova Iorque (Estados Unidos), que continua a ter a renda de comércio mais alta do mundo, chegando aos 28.262 euros anuais por metro quadrado.

Segue-se a Causeway Bay, em Hong Kong (China), onde o valor ronda os 25.673 euros anuais, e a New Bond Street, em Londres (Reino Unido), que registou rendas de comércio de 16.200 euros anuais por metro quadrado. Ainda nos primeiros cinco lugares surgem a Via Montenapoleone, em Milão (Itália), e os Campos Elísios, em Paris (França), onde os valores ascendem aos 13.500 euros anuais por metro quadrado e aos 13.255 euros anuais por metro quadrado, respetivamente. De acordo com o estudo, o maior aumento das rendas este ano registou-se na New Bond Street, onde subiram 37,5%.

Focando-se na parte do estudo que se refere a Portugal, a diretora do departamento de pesquisa e consultoria da Cushman & Wakefield, Marta Esteves Costa, observa que “o forte crescimento do formato de rua em todo o mundo justifica a estabilidade de Lisboa no ‘ranking’”.

A responsável sublinha também que “o dinamismo e atratividade do comércio de rua”, não só em Lisboa, como também no Porto, “se mantiveram ao longo de 2017, fruto do crescimento do turismo e do aumento muito significativo dos projetos de reabilitação urbana que trouxeram […] quantidade e sobretudo uma maior qualidade da oferta de retalho neste formato”.

Dados da Cushman & Wakefield revelam que os valores de mercado nas restantes zonas de Lisboa e também na cidade do Porto têm tido uma evolução positiva desde 2013. Destacam-se localizações como a Avenida Liberdade (1.140 euros anuais por metro quadrado) e a Baixa (960 anuais por metro quadrado), em Lisboa, e a Rua de Santa Catarina (690 anuais por metro quadrado), no Porto.

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