Centeno no Eurogrupo? Há apoios, mas “não está decidido”, diz Mourinho Félix

  • Rita Atalaia
  • 29 Novembro 2017

Ricardo Mourinho Félix diz que se houver entendimento de parte de um conjunto abrangente de países, há uma ponderação que tem de ser feita não só pelo ministro das Finanças".

Mário Centeno mantém o silêncio. E os restantes membros do Governo de António Costa também não confirmam que o ministro das Finanças de Portugal será candidato à liderança do Eurogrupo, apesar da disponibilidade para o fazer. Mourinho Félix diz que ainda nada está decidido, mas reconhece que “se houver entendimento de parte de um conjunto abrangente de países, há uma ponderação que tem de ser feita” por Centeno.

“O ministro das Finanças português manifestou disponibilidade para ser candidato caso seja um fator de união e um fator de promoção da discussão do aprofundamento da União Económica e Monetária, uma parte essencial do trabalho do próximo líder do Eurogrupo”, disse Mourinho Félix à margem do Fórum Banca, promovido pelo Jornal Económico e PwC.

A candidatura só avança se estiverem reunidos dois pressupostos: um apoio abrangente que não quer dizer a certeza de que se ganhe e uma ponderação sobre as implicações que isso tem sobre a condução da política económica em dois fora: na República portuguesa e na presidência do Eurogrupo. Existe uma probabilidade de concretização desses dois pressupostos.

Ricardo Mourinho Félix

Secretário de Estado das Finanças

“O Governo e o ministro das Finanças estão envolvidos num conjunto de contactos a nível europeu”, por causa da eleição do próximo presidente do Eurogrupo. “As discussões estão a acontecer”, afirmou o secretário de Estado das Finanças. “Se houver esse entendimento de parte de um conjunto abrangente de países, há uma ponderação que tem de ser feita“. “Se estiverem reunidas as condições a nível europeu e a nível nacional, a seu tempo será dito o que acontecerá”, disse Mourinho Félix.

“Ainda não está decidido”, acrescentou, sendo que o prazo para apresentação das candidaturas termina esta quinta-feira, sendo eleito o próximo presidente do Eurogrupo no dia 4 de dezembro. “A candidatura só avança se estiverem reunidos dois pressupostos: um apoio abrangente que não quer dizer a certeza de que se ganhe e uma ponderação sobre as implicações que isso tem sobre a condução da política económica em dois fora: na República portuguesa e na presidência do Eurogrupo”. E remata: “existe uma probabilidade de concretização desses dois pressupostos“.

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