Comissão Juncker diz que vai “trabalhar muito bem” com eleito
A Comissão Europeia não comenta os candidatos à liderança do Eurogrupo. A escolha do novo presidente “é um assunto de governos e a Comissão não interfere”.
A Comissão Europeia escusou-se hoje a fazer comentários sobre os quatro candidatos ao cargo de presidente do Eurogrupo, entre os quais Mário Centeno, limitando-se a garantir que irá “trabalhar muito bem” com quem for eleito.
Questionado durante a conferência de imprensa diária da Comissão sobre se o presidente do executivo comunitário, Jean-Claude Juncker, tinha alguma preferência entre os quatro candidatos – Mário Centeno, Peter Kazimir (Eslováquia), Dana Reizniece-Ozola (Letónia) e Pierre Gramegna (Luxemburgo)-, até porque o último é seu compatriota, o porta-voz Alexander Winterstein sublinhou que “se trata de uma decisão que cabe ao Eurogrupo tomar” e a Comissão nada tem a comentar.
“Trabalhámos muito bem com o presidente atual (Jeroen Dijsselbloem), vamos trabalhar muito bem com o próximo”, afirmou o porta-voz.
Winterstein reconheceu que “é verdade que o presidente Juncker já foi ele próprio presidente dessa formação (2005-2013) e conhece-a extremamente bem”, mas reforçou que, tal como o presidente da Comissão já sublinhou numa entrevista recente, a escolha do novo presidente “é um assunto de governos e a Comissão não interfere”.
O Eurogrupo, fórum informal de ministros das Finanças da zona euro, prepara-se para eleger, na próxima segunda-feira, o terceiro presidente da história, tendo quatro ministros apresentado as suas candidaturas até ao prazo limite para o efeito, 12h00 de quinta-feira em Bruxelas.
Numa eleição por maioria simples, os 19 países da área do euro escolherão entre Centeno, Kazimir, Ozola e Gramegna como sucessor do holandês Jeroen Dijsselbloem, que em janeiro de 2013 sucedeu àquele que foi o primeiro presidente do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro, o agora presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que quando assumiu funções (2005) era primeiro-ministro e ministro das Finanças do Luxemburgo.
A generalidade da imprensa internacional e muitos analistas em Bruxelas apontam Centeno como o favorito, e referem que Gramegna tem contra si designadamente o facto de o Luxemburgo, um dos mais pequenos Estados-membros da União, já ter a presidência da Comissão Europeia (Juncker).
A eleição realizar-se-á na segunda-feira à tarde, naquele que será o último encontro do Eurogrupo presidido por Dijsselbloem, que deixou de ser ministro das Finanças da Holanda na sequência das eleições legislativas deste ano naquele país.
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