IoT no epicentro do mundo conectado

  • ECO + PT EMPRESAS
  • 13 Dezembro 2017

É um conceito que irá dotar as empresas de informação a um nível sem precedentes e que, quando devidamente transformada em conhecimento, pode ser vital na tomada de decisão.

Está mais do que visto que a Internet das Coisas (do inglês Internet of Things – IoT) é um assunto incontornável no mundo empresarial. Isto porque dizer que é um tema ligado às tecnologias é, segundo a própria indústria, bastante redutor. Mais do que tudo, é um conceito que irá dotar as empresas de informação a um nível sem precedentes e que, quando devidamente transformada em conhecimento, pode ser vital na tomada de decisão.

Basicamente, é uma abordagem que quer tirar partido da capacidade de ligar cada vez mais dispositivos à Internet, beneficiando da recolha de informação em tempo real e da transformação destes dados em conhecimento e, consequentemente, na tal capacidade de decisão. Aliás, a análise de Big Data – ou seja, o processo de transformar dados em conhecimento –, é hoje considerada crucial em qualquer organização. E já são vários os especialistas e líderes de opinião a dizer que os dados são o “novo petróleo”. A Capgemini diz que as empresas com as melhores estratégias de Big Data são 26% mais eficientes e a Forbes garante que são cinco vezes mais rápidas na hora de tomar decisões estratégicas.

Por tudo isto, é fácil deduzir que o IoT não é característico de apenas uma atividade ou setor. É transversal, apesar de efetivamente haver algumas áreas que estão mais avançadas e que até já concretizam modelos de negócio onde a Internet das Coisas está a fazer a diferença no dia-a-dia, com resultados na competitividade e na criação de valor.

Elevados níveis de crescimento

Exemplos claros disso são a indústria automóvel e o retalho. Ou a aviação e a gestão das cidades. O mercado está mais do que entusiasmado com este conceito e as várias consultoras profetizam elevados níveis de crescimento. A IDC, por exemplo, aponta a Internet das Coisas como um dos principais impulsionadores da próxima “onda de crescimento” do mercado TIC mundial, com o investimento global a ultrapassar os 5,5 biliões de dólares já em 2020.

A Ericsson, por outro lado, estima que até 2022 existam cerca de 28 mil milhões de dispositivos ligados à internet e, destes, 18 mil milhões façam parte da Internet das Coisas, com sensores, terminais de venda, dispositivos de eletrónica de consumo, wearables, mas também carros e outras máquinas. E contadores de eletricidade e água instalados em casa dos consumidores, sensores instalados nas estradas para fornecer informação sobre a circulação automóvel, passando por câmaras de videovigilância, dispositivos médicos e equipamentos industriais. Futurista? Já não.

Os exemplos

A Volvo, por exemplo, é uma das grandes marcas que já começou a investir na IoT há vários anos e entre as várias aplicações da tecnologia está a usar a informação para tornar a condução mais segura, desenhando o carro à volta das necessidades dos utilizadores com a utilização da informação recolhida pelos sensores.

Em Portugal, a indústria de IoT está já preparada para fazer face a toda esta nova realidade interconectada. Um dos casos de implementação da IoT, entre outras tecnologias para a denominada Indústria 4.0, é a PSA de Mangualde. A empresa que produz veículos comerciais ligeiros das marcas Peugeot e Citroën desenvolveu uma plataforma mundial de programação da IoT automóvel, que permite a organização e o domínio da segurança dos dados do veículo, área fundamental desta revolução digital no mundo automóvel.

Outro exemplo nacional é o da EDP Distribuição que já está a apostar em smart meters para medir mais eficazmente a utilização de energia por parte dos clientes. Até ao final do ano, está prevista a instalação de 1,3 milhões de contadores inteligentes, sendo o objetivo chegar a dois milhões de casas até final de 2018, e 100% dos lares até 2022.

No ano passado, o Rock in Rio de Lisboa instalou uma rede alargada de sensores de IoT para monitorizar a disponibilidade das casas de banho ou o abastecimento de água. Questões mais do que relevantes para a logística de um evento que recebe 90 mil pessoas. Ou seja, a IoT está longe de ser futurista, apesar de ser verdade que ainda há um longo caminho a percorrer. A Cisco admite que cerca de 75% dos projetos de IoT falham porque não foi planeada uma infraestrutura adequada, sendo preciso compreender efetivamente o potencial da tecnologia para tirar o máximo partido dos seus benefícios, evitando os riscos.

A PT Empresas é um dos players nacionais que mais tem anunciado o reforço da sua oferta de Internet das Coisas, nomeadamente o IoT Place. Esta solução foi apresentada como tendo por grande objetivo permitir às empresas conectar os seus dispositivos e desenvolver aplicações IoT de forma escalável, segura e flexível. Basicamente, a empresa diz tratar-se de uma solução ‘chave na mão’, disponibilizada em ambiente cloud, que não requer a aquisição de infraestruturas e que disponibiliza um ambiente intuitivo e módulos pré-configurados. Ou seja, a PT Empresas garante a conectividade, as infraestruturas e plataformas cloud e disponibiliza a solução, em interligação com o seu ecossistema de parceiros. Mais do que tudo, o fornecedor diz que o IoT Place é um novo ativo nas organizações, pelo facto de permitir o foco na inovação. A empresa assume a importância de os clientes não terem necessidade de pensarem em infraestrutura e em protocolos de conectividade, mas antes de se focarem no seu core business.

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