Netflix ultrapassa, pela primeira vez, os 100 mil milhões de dólares de capitalização bolsista

  • ECO
  • 23 Janeiro 2018

Netflix fechou quarto trimestre de 2017 com 8,34 milhões de novos subscritores, superando a expectativa de Wall Street em dois milhões de clientes. Resultado: capitalização do serviço atingiu recorde.

Depois de ter fechado 2017 com chave de ouro, a Netflix acaba de dar mais um passo na direção do domínio da indústria televisão, em todo o mundo. No último trimestre do ano passado, o serviço de streaming superou as expectativas dos investidores, arrecadando mais dois milhões de subscritores do que o previsto e triplicando os seus lucros. Na sessão da bolsa de Wall Street, desta segunda-feira, esses resultados fizeram os títulos da gigante do entretenimento valorizar 9% para 248 dólares. A Netflix atingiu, assim, pela primeira, uma capitalização de mercado de 100 mil milhões de dólares (pouco menos de 81,7 mil milhões de euros).

De outubro a dezembro de 2017, o serviço ganhou 6,36 milhões de subscritores nos 190 mercados internacionais em que opera, ultrapassando largamente a previsão de 5,1 milhões de novos subscritores avançada por Wall Street. Com a conquista de 1,98 mil milhões de subscritores nos Estados Unidos, a Netflix fechou o ano com um total de 117,58 milhões de subscritores. O lançamento das novas temporadas das séries consagradas “Stranger Things” e “The Crown”, bem como do filme de ação “Bright” terão justificado essa expansão, avança a Reuters.

“A Netflix está a investir mais e mais dinheiro na produção de conteúdo e isso traduz-se diretamente no aumento do número de subscritores”, explica Richard Greenfield, analista da BTIG. “[O serviço] viu uma grande oportunidade e está a mover-se o mais rápido que consegue no ataque”, sublinha.

Netflix planeia investir na criação de conteúdos próprios para se distanciar dos seus concorrentes.Matthew Keys/Flickr

Manter os concorrentes à distância

Este ano, a Netflix pretende gastar quase oito mil milhões de dólares (6,5 mil milhões de euros) na criação de programas de televisão e filmes próprios, para se distanciar dos seus concorrentes: a Hulu, a Amazon e, em breve, a Disney. De facto, a gigante do entretenimento infantil planeia retirar os seus conteúdos da Netflix, no próximo ano, e investir numa plataforma de streaming própria.

“Acreditamos que os nossos grandes investimentos em conteúdos estão a dar resultados”, anunciou a Netflix, numa carta enviada aos acionistas. Em 2017, este serviço arrecadou pela primeira vez lucros durante todo o ano, nos mercados internacionais.

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