CaixaBank tem lucros recorde. Banco agradece ao BPI

O dono do BPI, o banco espanhol Caixabank, atribui também os bons resultados às "tendências operacionais positivas no BPI à medida que se consolidam as sinergias".

O CaixaBank alcançou lucros de 1,6 mil milhões de euros no último ano. Foram “os melhores de sempre”, refere a instituição que controla o BPI, destacando a evolução positiva do banco português “à medida que se consolidam as sinergias”.

O banco liderado por Gonzalo Gortázar fechou 2017 com lucros de 1,684 milhões de euros, um crescimento de 61% comparativamente ao verificado no ano anterior, quando ainda não era dono do BPI. “A avaliação que fazemos do exercício é muito favorável, não só em Espanha mas no conjunto da Península Ibérica“, com lucros recorde acompanhados de solidez, afirma Jordi Gual, o presidente do banco, na apresentação de resultados. O desempenho do banco fica contudo abaixo das expetativas dos analistas consultados pela Reuters, que estimavam um resultado líquido de 1.842 milhões de euros.

Ao banco português, liderado por Pablo Forero, é atribuído um contributo de 176 milhões de euros, no período de fevereiro a dezembro, sendo que em 2017 o BPI registou lucros de pouco mais de de dez milhões de euros. Esta é “uma quarta parte da subida”, comenta Gonzala Gortázar, o CEO. Contabilizada apenas a operação em Espanha, o crescimento dos resultados do CaixaBank é de apenas 44,1%.

A margem financeira, a diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos, situou-se nos 4,746 milhões de euros, 14,2% acima do ano anterior. “Quero destacar a contribuição do BPI“, diz o presidente, apontado os 377 milhões com os quais o banco contribuiu para esta margem. O CEO, Gonzalo Gortazar, aponta que sem o banco português, “a margem financeira teria subido apenas 5,1%”.

O CEO sublinha ainda a “redução de ativos problemáticos”, que caiu 9,4%. O malparado contribuiu para a diminuição, reduzindo dos 14,754 milhões em 2016, antes da integração do BPI, para os 14,305 milhões em 2017, incluindo já a fatia de 1,219 milhões do banco português. Sem o BPI, o CaixaBank teria reduzido esta alínea para os 13,086 milhões. É uma redução de 6% apoiada na venda de carteiras, que gerou 440 milhões no quarto trimestre. A queda de 28,8% nas provisões também impulsionou os bons resultados. Estão agora nos 1,547 milhões.

O produto bancário, que acelerou 5,1% para os 8,2 mil milhões de euros, “reflete o crescimento das receitas core” e “a incorporação do BPI”. As comissões ascenderam a 2,499 mil milhões. Já o crédito concedido ascende aos 223,951 milhões, mais 9,3% que em 2016.

O rácio de Core Tier 1, fully loaded, que afere a robustez de uma instituição, coloca-se nos 11,7%. O CaixaBank sublinha que este rácio respeita a margem definida no Plano Estratégico e fica, assim, “quase três pontos percentuais acima dos requerimentos do supervisor, de 8,75%”. Jordi Gual nota um “sistema bancário cada vez mais reforçado para dar crédito à economia”, tanto em Espanha como em Portugal.

A jornalista viajou a Valência a convite do CaixaBank.

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