Emprego sobe. Wall Street cai

Dados acima do esperado sobre o emprego nos EUA levam os analistas a apostarem em quatro subidas de juros em 2018. Os investidores não apreciam e as ações caem.

As ações norte-americanas entraram com o pé esquerdo na última sessão da semana. Os principais índices bolsistas dos EUA abriram no vermelho, condicionados pelos bons números sobre o emprego e os salários na maior economia do mundo. Números que sustentam futuras subidas dos juros.

O S&P 500 arrancou a perder 0,63%, para os 2.804,34 pontos, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq recuavam 0,78% e 0,55%, respetivamente, para os 25.981,83 pontos e 7.345,37 pontos.

Esse deslize acontece depois de um relatório do Departamento do Trabalho dos EUA ter revelado que foram criados em janeiro 200 mil postos de trabalho, acima dos 180 mil previstos numa sondagem da Reuters. Já a taxa de desemprego manteve-se em mínimos de 17 anos, nos 4,1%. Nos salários também houve um incremento ao ritmo anual mais acentuado desde junho de 2009.

Estes dados atestam a saúde da economia norte-americana e reforçam a possibilidade de em breve a Reserva Federal dos EUA avançar com mais uma subida dos juros, podendo tal acontecer em março. O mercado espera para este ano pelo menos três aumentos do preço do dinheiro na maior economia do mundo.

“O mercado rondava em torno da expectativa de três aumentos das taxas este ano. Comentários ligeiramente conservadores e a subida dos salários farão quatro. O que é bom para o trabalhador médio americano acaba por ser negativo para as ações, já que aumentam as apostas de aumentos adicionais de taxas“, justificou Michael Antonelli, trader da Robert W. Baird, citado pela Reuters.

Entre os títulos que se destacam em terreno negativo, referência para a Alphabet, mãe da Google, que desliza perto de 4%, depois de ter apresentado contas abaixo das estimativas dos analista. No mesmo sentido segue também a Apple, mais abaixo de 1%, condicionada por dados desapontantes sobre as vendas do iPhone.

Em contraciclo, a Amazon valoriza acima de 5%, após revelar lucros recorde de quase 2 mil milhões de dólares na quinta-feira.

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