Banco de investimento Natixis quer duplicar trabalhadores no Porto até 2019
O banco de investimento Natixis quer reforçar na cidade invicta. Estão a ser implementadas funções de suporte do banco a nível mundial, afirmou a responsável da Natixis para Portugal.
O banco de investimento Natixis pretende reforçar até final de 2019 dos atuais 300 para 640 o número de trabalhadores no centro tecnológico que inaugurou formalmente no Porto, mas “não tem planos” para abrir atividade comercial em Portugal.
“Por agora só temos aqui o setor de IT [Information Technologies/tecnologias de informação]. O banco Natixis tem alguma atividade em Portugal, mas normalmente opera a partir dos escritórios de Madrid ou de Paris. O que estamos a implementar no Porto são funções de suporte do banco a nível mundial e não há planos para termos atividade comercial de banca de investimento em Portugal”, afirmou a responsável da Natixis para Portugal.
A Natixis é a divisão internacional de banca empresarial e de investimento, gestão de ativos, seguros e serviços financeiros do Groupe BPCE – Banque Populaire & Caisse d’Epargne, atualmente o segundo maior grupo bancário em França, com presença em 38 países.
Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia de inauguração do centro de competências do Porto – que está em operação há cerca de um ano e recebeu a visita do primeiro-ministro, António Costa – Nathalie Risacher assegurou, contudo, que a Natixis “continuará a fazer negócios em Portugal, como tem feito nos últimos anos”. Como exemplo apontou a conclusão, no passado mês de janeiro, do negócio de aquisição pelo fundo de investimento do grupo – o Mirova Core Infrastructure – de 35% da Vialitoral e 23% da Via Expresso, as duas concessionárias rodoviárias do arquipélago
"Portugal foi uma escolha óbvia para criar um centro de ‘expertise’ e tecnologias de informação.”
da Madeira.
Atualmente com “pouco mais de 300 trabalhadores” no centro tecnológico que abriu há cerca de um ano no Porto, “a maioria” dos quais portugueses e com uma idade média de 32 anos, a Natixis pretende chegar até final de 2019 com 640 funcionários naquele centro, que ocupa três pisos de escritórios no centro da cidade.
Neste sentido, o banco está à procura de diversos perfis na área das tecnologias de informação – “desde posições juniores até seniores, para muitas áreas e tecnologias” – essencialmente nas áreas de desenvolvimento, análise de negócio, ‘business intelligence’, controlo de qualidade/ teste de ‘software’, infraestrutura e segurança.
No seu discurso, o presidente do Conselho de Administração da empresa, Laurent Mignon, assegurou que “Portugal foi uma escolha óbvia para criar um centro de ‘expertise’ e tecnologias de informação” da Natixis, dado o “ambiente de inovação e empreendedorismo”, que “encaixa no DNA” da empresa. “Há aqui uma cultura óbvia de ajustamento [a diferentes culturas e nacionalidades], o que é importante para nós porque somos uma companhia verdadeiramente internacional”, salientou, destacando que outro fator de atratividade foi a elevada qualificação dos quadros do país.
Apresentada como um “centro de excelência em IT”, a unidade do Porto fornece “soluções inovadoras de suporte às operações da Natixis em todo o mundo” e, conforme Laurent Mignon, “resultou de uma estratégia da empresa para internalizar as suas competências tecnológicas”. A equipa de profissionais do Porto trabalha “de forma totalmente integrada com o negócio global da Natixis”, apoiando quatro unidades principais: banca empresarial e de investimento, banca de retalho, infraestrutura e segurança e funções de apoio.
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